Zelensky não perdoa falhas




Volodimir Zelensky não perdoa falhas.
A recente remodelação ministerial demonstra isso mesmo.
O gatilho para esta tomada de decisão radical foi o ataque a Poltava.
A excelente capacidade russa para identificar e atingir os chamados alvos de oportunidade, face à total impreparação ucraniana para antecipar e prevenir esses ataques.
Poltava, centro de preparação militar ucraniana, foi apanhada totalmente de surpresa por um ataque massivo da força aérea russa.
E Zelensky não perdoou o que tem de ser imperdoável.
Se é certo que a Ucrânia já está à partida em desvantagem perante a Rússia (desproporcionalidade de meios e de utilização daqueles que possui), a única vantagem que pode ter no conflito é antecipar cenários e defender-se dos mesmos.
Poltava foi o oposto.
E Zelensky reagiu.
Mas aproveitou a oportunidade para fazer uma remodelação mais profunda no intuito de conseguir uma maior unidade política dentro do seu governo e para colocar técnicos à frente de áreas que serão fundamentais nos próximos tempos.
Zelensky estará a pensar já em mais um rigoroso Inverno que se aproxima, na necessidade de racionar energia e de comunicar esse facto eficazmente à população.
Mas, ainda mais à frente, nas eleições americanas e alemãs que estão no horizonte.
E num necessário apaziguamento político interno porque mesmo em guerra a luta política não pára.
O palhaço deu mesmo lugar ao político.
E a um político hábil, decidido, corajoso. 

Comentários

  1. Subscrevo tudo o que dizes e como defines muito bem este grande homem!
    Beijos e um bom dia

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    1. Transformou-se num político muito hábil, num líder, Fatyly.
      Um tipo que começou a carreira pública como humorista.
      Beijos

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  2. Também eu partilho essa opinião. Que Deus lhe dê força e saúde para resistir ao ditador russo!

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    1. Quem diria que Zelensky tinha esta coragem e esta capacidade de liderança!!

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  3. As recentes reuniões com lideres da extrema direita em Itália, deixou-me a pensar que Zelensky não é muito diferente de Putin, infelizmente, Pedro.
    Aquele abraço.

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    1. Tirano?
      Só poderei ter a certeza acerca disso quando a guerra acabar, Ricardo.
      Agora compreendo que Zelensky não possa excluir ninguém.
      Depois de haver paz é que vamos ver exactamente se é ou não democrata.
      Aquele abraço

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  4. Pedramigo
    A guerra russo-ucraniana é conduzida por recuos e avanços na frente da batalha. Os russos (que têm a supremacia aérea) contra os ucranianos que já não sabem como defender-se tais são os desaires que estão sofrendo. Apetece dizer que venha o Diabo e escolha, pois ambos os lados têm cometido atrocidades e a «troca» de prisioneiros não é mais do que uma encenação dum drama cujo fim não tem... fim.
    Se os aliados autorizarem Zelensky - como ele repetidas vezes tem mendigando - a usar mísseis de longo alcance está o caldo definitivamente entornado. O Kremlin ataca Kiev e continua a ameaçar com as armas nucleares. Pode ser que seja apenas uma ameaça, mas do filho da Putina há que esperar tudo.
    A aproximação do Inverno será um inferno para a Ucrânia e uma júbilo para Moscovo. Veremos no que isto vai dar. E muita atenção ao debate Kamala - Trump.
    擁抱
    亨利

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    1. As ameaças de Putin não passam disso mesmo, FerreirAmigo.
      Ameaças.
      Se ele procurasse um conflito global só necessitava alterar a semântica.
      E falar em guerra e não em operação especial
      Se fosse uma guerra, e com a tomada de Kursk, a aliança militar a Leste tinha que intervir.
      O que provocaria a intervenção da NATO.
      Putin anda no toca e foge há mais de dois anos.
      Abração

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  5. Um presidente que ficará na história da Ucrânia ( e do mundo - menos da Rússia) pelos MAIORES E MAIS BELOS MOTIVOS. Um homem que aplaudo e elogio, de PÉ.
    .
    Saudações amigas.
    .

    .

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  6. Veremos o desenrolar da guerra ne Europa e também o do genocídio dos palestinianos em Gaza e na Cisjordânia.

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    1. Em cenários de guerra é complicado fazer grandes julgamentos, São.
      Nunca vivi uma guerra.
      Mas acredito que se faça TUDO para sobreviver.
      O instinto fala sempre mais alto.

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  7. Teresa Palmira HOFFBAUER

    A Alemanha fornece oubizes blindados e tanques ao país invadido.
    Mas o “pedincha” nunca fica satisfeito.
    O semáforo mostra sinais de fadiga em sua ajuda.
    O chanceler quer que os refugiados ucranianos sejam úteis e aceitem trabalhar e não continuem a viver à custa do estado.

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    1. Obrigam os ucranianos a combater num combate de boxe com uma mão atrás das costas o que é que espera, Teresa?
      Agradeçam o sacrifício dos ucranianos para não terem os russos aí à porta um destes dias.

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    2. Teresa Palmira HOFFBAUER
      Pelo contrário, se continuamos a ceder às exigências do “pedincha” o Wladimir envia um míssil até Berlim.
      Até o governo polaco está a ficar farto do Volodimir Zelensky.
      E o povo ucraniano também não gosta dele.

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    3. Putin está a testar o Ocidente, Teresa.
      Se não o travarem agora, se se amedrontarem, ninguém o pára.

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  8. Grande Presidente. Que nunca lhe falte a força e coragem que tem .
    Continuação de boa semana

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    1. Se lhe falta a coragem não é só a Ucrânia a sofrer, Amélia...

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  9. Um guerreiro, valente e inteligente! Abraço , Pedro!

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    1. David a fazer frente a Golias há já quase três anos, Betonicou.
      Abraço

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  10. Olá, amigo Pedro, como todos os invernos na Ucrânia são rigorosos, esse não deverá deixar por menos. A Ucrânia deve estar tensa quanto à eleição Presidencial nos Estados Unidos. Pelo que ouvi, o Trump se eleito, não ajudará a Ucrânia.
    Uma ótima semana para a família,
    grande abraço.

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    1. Trump é um imbecil, Pedro Luso.
      Que, quando resolveu tirar fundos à NATO, ajudou Putin a avançar na Ucrânia.
      Grande abraço, óptima semana

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