Isolar o agressor

A Cimeira de Paz na Suíça teve uma mensagem clara - condenar e isolar o agressor.

Putin ousou testar o impensável - rasgar unilateralmente o acordo conseguido depois do final da II Guerra Mundial que previa preservar a inviolabilidade das fronteiras consolidadas.

E dar este passo na Europa, um Continente onde ainda há muitos sobreviventes do conflito mundial, alguns até antigos combatentes.

A par desta manobra tresloucada no terreno, o tirano russo intensificou uma campanha de falsa propaganda na imprensa e nas redes sociais a nível global.

Enquanto manobrava na sombra para manter e até agravar uma conflitualidade a nível global que alimentava a sua narrativa e evitava a reacção concertada à sua agressão.

A Cimeira na Suíça é a resposta a este cenário político que o urso russo criou e fomentou.

A Cimeira na Suíça simboliza a divisão clara e real entre agressor e agredido, e entre aqueles que apoiam cada um dos lados.

Putin ficou definitivamente a saber com quem poderá contar como aliado na sua cruzada maléfica, e quem terá que enfrentar.

Reagiu falando em paz, manifestando a sua total disponibilidade para falar de paz.

Com a condição de anexar de jure os territórios que invadiu.

E enquanto as suas marionetas alimentavam publicamente a narrativa nuclear.

Bush recordado, o eixo do mal em todo o seu esplendor exposto aos olhos do Planeta na neutra Suíça.

Onde já se falou no pós conflito, na integração da Ucrânia na nova ordem mundial.

Uma ordem mundial onde não há lugar para a Rússia de Putin, mas onde poderá haver lugar para uma Rússia sem Putin.

A escolha, como sempre, deve ser feita pelo povo, neste caso o martirizado povo russo.