Sem civismo não há máscara que resulte

Vive-se um período muito negro em Macau.

O que se temia, e que em surdina se anunciava como inevitável, aconteceu – um surto da maldita Covid na comunidade.

Não vale a pena estar a chover no molhado e a repetir as medidas que ouvimos e sentimos à exaustão todos os dias.

A estratégia inicial, o objectivo sempre assumido, falhou.

E falhou porque o civismo não acompanhou a boa vontade.

Desde a aversão às vacinas, passando pela tendência do ser humano de pisar o risco, a estratégia falhou.

Não me inspirei para este escrito ao fazer mais um teste caseiro hoje.

Foi antes quando saí de casa.

E deparei com um badalhoco que interrompeu a sua caminhada para assoar o nariz aos dedos e limpar os mesmos na cerca ali existente.

Bem se pode apelar à utilização massiva das insuportáveis máscaras KN95, fazer testes em massa, caseiros, a mesma lengalenga diária.

Sem civismo não há máscara que resulte.