Aprender com os sábios

Albert Einstein ensinou-nos que “insanidade é esperar resultados diferentes fazendo tudo igual”. 

Sou um dos muitos, cada vez mais, que não consegue compreender o raciocínio do Executivo de Macau no combate à COVID-19.

Macau continua teimosamente a trilhar um caminho diametralmente oposto ao resto do Mundo.

Com uma taxa de vacinação superior a 90 por cento (a fazer fé nos números oficiais); quando nos tinha sido repetidamente dito que depois de se atingir a meta dos oitenta por cento da população vacinada se abriria a sociedade; o que se verifica é exactamente o oposto.

Macau basicamente parou.

Quase três anos depois do início da pandemia, Macau basicamente parou.

O único movimento que se vê é o de uma população em constante correria para os supermercados e para os postos de testagem em massa.

Economia parada, sociedade parada, nervos em franja.

Klalil Gilbran, poeta, filósofo, ensaísta de origem libanesa, ensinava que “o óbvio é algo que ninguém vê até que alguém o expresse com simplicidade”. 

Talvez seja o momento de ser explicado com simplicidade à população de Macau o porquê de tantos sacrifícios e até quando terão de ser estendidos.

Até pode ser óbvio.

Mas tem sido muito mal expresso.

Aprender com os sábios é essencial. 

Especialmente nos momentos de maior dificuldade.