Implosão europeia

 

Ficou célebre um sketch do magnífico Yes Minister no qual o impagável Sir Humphrey explicava como os britânicos iam fazer implodir a União Europeia.

Da sitcom para a realidade vai por vezes um curto passo.

Não são os britânicos, que esses tiveram a dignidade de sair quando achavam que estavam a mais.

São outros os povos que parecem apostados nesse movimento de implosão da União Europeia.

De entre todos, os húngaros, com Viktor Orban cada vez mais na pele de monarca absolutista, merecem especial atenção.

Ao contrário dos britânicos, Viktor Orban desconhece o significado da palavra dignidade.

E recusa o simpático convite de Mark Rutte, primeiro ministro holandês, para abandonar uma União Europeia cujos valores diariamente trai.

Não sejamos ingénuos.

Viktor Orban, mais um dos muitos que alinham nos movimentos ultra nacionalistas espalhados pelo Mundo, está na União Europeia para explorar os seus recursos financeiros enquanto sonha e trabalha para a destruir e tudo o que esta representa.

Os ultra nacionalistas não sabem fazer parte de organizações internacionais.

Muito menos de organizações internacionais que exigem dos seus membros a adesão a um conjunto de valores que lhes é estranho e a capacidade de prescindir de parte da sua soberania.

Viktor Orban é só mais um dos muitos hipócritas que sonham ser Sir Humphrey sem terem um pingo da capacidade e da fleuma daquele.

Viktor Orban é só um carroceiro, no que o termo tem de mais pejorativo.

Que envergonha a União Europeia.

Vale a pena seguir Mark Rutte e educadamente convidá-lo a sair.