Responsabilidade política
As monarquias absolutistas regiam-se por um princípio muito simples – The King can do no wrong.
Suzerano dos suzeranos, educado desde o berço para ser o rosto do poder, o Rei não falhava, não errava.
Os regimes democráticos são tributários de uma visão do poder diametralmente oposta.
Os titulares do poder são responsáveis perante os cidadãos que lhes delegam temporariamente a responsabilidade de gerir o Estado.
O exercício do poder é limitado temporalmente e por um sistema de responsabilização (checks and balances) totalmente estranhos às monarquias absolutistas.
A evolução dos sistemas representativos e das democracias veio a estabelecer uma outra forma de responsabilização.
Não já uma responsabilidade directa, por acção ou omissão, mas uma responsabilidade política decorrente do exercício da função, da titularidade do cargo.
Chame-se o titular do cargo Francisca Van Dunem ou outra coisa qualquer.
O imbróglio com o currículo do procurador José Guerra, que envergonha o Estado português, não pode ser varrido para debaixo do tapete.
Se há ou não responsabilidade criminal não sabemos e terão que ser as instâncias judiciais a apurar esses factos.
Mas há, tem que haver, responsabilidade política.
Um pedido de desculpas não chega.
Afinal o Rei também erra e tem que ser responsabilizado por esses erros.
Como o Pedro diz, terão que ser os tribunais a dizer algo.
ResponderEliminarJulgamentos na praça pública, não.
Responsabilidade política? É coisa para ser muito bem analisada.
Um abraço
Tribunais para a parte criminal, António (falsificação de documentos e falsificação de depoimento).
EliminarA borrada é óbvia e indesmentível.
Vem sempre à memória o Jorge Coelho.
Ele era o Ministro, assumiu a responsabilidade.
Política.
Aquele abraço
Quando se trata de políticos ou a culpa morre solteira, ou é do eletricista.
ResponderEliminarAbraço e saúde
E essa mania não tem cor nem partido, Elvira.
EliminarOcupar estes lugares exige essa responsabilidade política.
Abraço e saúde, também
Concordo com a Elvira e quem paga se não é o eletricista é o porteiro.
ResponderEliminarUm Excelente Ano de 2021.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
A versão moderna do mate-se o mensageiro, Francisco.
EliminarAquele abraço, Feliz Ano Novo
Não gosto de julgamentos em praça pública e aguardo pelo que esta ministra irá dizer no parlamento.
ResponderEliminarBeijos e um bom dia
Não é julgamento na praça pública.
EliminarÉ um facto.
Um currículo errado.
Inadmissível.
Se há algo mais que isto já é a Justiça que deve verificar.
Beijos
José Guerra já se devia demitir !
ResponderEliminarSeria o mínimo.
EliminarTriste figura.
Francisca Van Dunem, sem caminho alternativo caíu na embustada que lhe foi montada pela nomeação do procurador José Guerra.
ResponderEliminarTambém poderá ser por outros motivos que alguns politicos não se cansam de exigir a sua demissão. Talvez a senhora em questão, seja para esses politicos uma espinha atravessada nas suas gargantas?
Boa semana caro amigo Pedro. Um abraço.
Seja o que for, a verdade é que houve um erro que envergonha o Estado português.
EliminarE ela é a máxima representante do Estado naquela tutela.
e tem o Pedro a minha absoluta concordância no que escreveu.
ResponderEliminarNada me move contra a ministra ou o Governo.
EliminarMas a dignidade não tem cor, partido.
Quase tudo está errado por cá.
ResponderEliminarNeste caso há um erro crasso.
EliminarE inadmissível.
A ministra da Justiça cometeu, parece, um erro e tem que assumir isso.
ResponderEliminarE como a extrema-direita não olha a meios para atingir os seus objectivos, os membros de um Governo como o actual têm que ter muito mais cuidado do que aquele que têm demonstrado.
O exercício do poder público é complicado.
EliminarE cheio de ratoeiras.
Nos tempos que correm, erram Reis , Papas e seus acólitos...
ResponderEliminar( olhe pra mim que nem sou dada a metáforas)
Concordo consigo, Pedro. Que se apurem responsabilidades e se aclarem os pormenores. Veremos o que a Ministra dirá que justifique tal 'borrada'.
Assim, não se chega a lado nenhum.
PS- Pensei que o Pedro fosse falar no Trump...Esse também tem de ser responsabilizado pelo que aconteceu no Capitólio.
Beijinhos
A loira americana vai enfrentar segundo impeachment no mesmo mandato.
EliminarMais um recorde.
Mas isso não chega - tem que ser responsabilizado criminalmente.
Beijinhos
Esta senhora tem o apoio do 1º ministro, daí que acredite que todo este caso fique em águas de bacalhau.
ResponderEliminarSe tivesse um pingo de vergonha era José Guerra que devia demitir-se.
Beijos Pedro
Os dois, Manu.
EliminarOs dois já deviam ter saído pelo próprio pé.
Beijos
Acompanhei a audição da Ministra da Justiça em direto e que acabou há minutos.
ResponderEliminarA minha opinião é que isto não é nenhum caso, porque:
a) Quem colocou em 1º lugar o José Guerra foi o Conselho Superior do Ministério Público após concurso (de acordo com a legislação em vigor é este órgão que deve fazer a escolha);
b) Pelos regulamentos do novo órgão europeu, a classificação deste não é vinculativa; e, de acordo com o seu parecer, qualquer um dos três candidatos reunia condições para ocupar o lugar (a classificação dos 3 propostos era diferente da portuguesa - o 1º passou para 2º e o 3º para primeiro);
c) A Ministra, dada a discrepância e ouvido de novo o Conselho Superior do Ministério Público, manteve a classificação portuguesa e deu instruções a esse Conselho para elaborar e enviar uma nota ao órgão europeu; essa nota, elaborada pelos serviços, continha 2 ou 3 erros, mas os mesmos eram irrelevantes, já que eram repetições (e portanto até desnecessárias) do que estava no currículo (embora com erros).
CONCLUSÂO: a menos que se ache que o Ministério Público e o seu Conselho Superior são manipulados pelo Governo ou pela Ministra, este caso é um flop da oposição, que não sabe mais o que fazer para subir nas sondagens.
Continuação de boa semana, caro Pedro.
Um abraço.
Não sou da oposição, Jaime Portela.
EliminarE mantenho a mesma ideia.
A Ministra é um mero carimbo em todo este processo?
Essa coisa de passar responsabilidades para Conselho e Comissão é velha.
E universal.
Aquele abraço, bom fim de semana
É a legislação que assim o determina.
EliminarVejo tanto esse filme por aqui...
EliminarUma vergonha a todos os níveis! E logo na Europa - foi o exemplo perfeito para aos altos quadros e opinião europeia saberem o que passa em Portugal e os vícios que por aqui andam (compadrios, troca de influência, falsificação de CV,...).
ResponderEliminarFicámos com a cara borrada.
EliminarQuerer dizer o contrário é querer ser cego.
Discutir e analisar poliita é como chover no molhado. Não seca nem deixa de secar. Fazem o que querem e sobra-lhes tempo. Já dei para esse peditório
ResponderEliminarAbraço