Um ano depois e sem fim à vista
Primeiro aniversário do caos social em Hong Kong.
Um ano depois de os governos de Hong Kong e Pequim terem deitado lenha para a fogueira do descontentamento, Hong Kong anseia por dias de paz e harmonia.
Que tardam e que é de todo impossível afirmar se vão chegar, muito menos quando vão chegar.
Não pode haver meios termos, paninhos quentes, no que é óbvio – Pequim e Hong Kong são um casal completamente disfuncional.
Este casamento, que nunca poderá redundar em divórcio, é uma união muito complicada.
Porque os nubentes são em si mesmos muito complicados, muito teimosos, não sabem lidar um com o outro, não sabem dialogar, e não conseguem encontrar um conselheiro matrimonial sensato.
Sabia-se de antemão que esta era uma união muito difícil porque, mesmo na fase do namoro, o par olhava-se com desconfiança.
Uma desconfiança sempre alimentada por agitadores, coscuvilhice e boatos dos dois lados.
E o que devia ser o caminho para o entendimento rapidamente se percebeu que seria o oposto, o caminho para o confronto.
O sacerdote que celebrou o meu casamento disse-me nas vésperas da cerimónia que casamento era adeus aos pais, recomeço da vida, início de uma vida a dois.
Porque, quando assim não acontecia, inevitavelmente a união acabava por se esboroar.
Pequim e Hong nunca caminharam a dois, nunca deixaram o passado, não souberam iniciar uma nova etapa da vida.
E enquanto não forem capazes de o fazer este casamento só trará infelicidade a ambos.
Uma infelicidade agravada por se saber de antemão que o divórcio não será nunca uma possibilidade.
O conflito não é essencialmente gerado devido às diferenças económicas e culturais?
ResponderEliminarVai ser difícil as duas partes chegarem a um consenso ou a um meio-termo.
A essa social gap cada vez mais profundo mas também porque Pequim e Hong Kong sempre se olharam de soslaio, Catarina.
EliminarPequim sempre olhou para Hong Kong como se olha para o filho rebelde.
Hong Kong, com uma população marcada pela fuga ao PC chinês, sempre olhou para Pequim como o papão.
E é cada vez mais assim.
Um problema de difícil resolução.
ResponderEliminarAbraço e saúde
Não se percebe mesmo quando e como, Elvira.
EliminarHoje já cá ficaram os azulejos de Portugal.
Obrigado.
Abraço
O mundo não se entende....
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
E Hong Kong ainda menos...
EliminarComplicado e as convulsões irão continuar o que é mau.
ResponderEliminarBeijos e um bom dia
Não vejo fim, Fatyly.
EliminarBeijos
Pedro, e uma lua de mel longa e muitíssimo perturbada!
ResponderEliminarÉ mais lua de fel, Angela
EliminarLamentável ,essa situação.
ResponderEliminarTudo de bom
Never ending story, São
EliminarNão estou a ver como se irão entender. Desejo de liberdade e repressão não acabam bem.
ResponderEliminarUm abraço.
Bom resto de semana.
Dois teimosos e cabeçudos, Elisabete.
EliminarUm abraço
Bom dia, Pedro
ResponderEliminarPassando por aqui para conhecer o seu blog, gostei muito. Postagem interessante, abraços.
Abraços, Lucinalva.
EliminarFelizmente visitei Hong Kong em tempo de paz e alegria, hoje pelo que leio aqui e vejo na Tv. seria impossível.
ResponderEliminarPena este desentendimento sem hipótese de divórcio.
Beijos Pedro
Muitas zonas não é nada aconselhável, Manu.
EliminarSão 21.30 e há bofetada outra vez.
Beijos
Quando os casais são assim, e logo à partida, incompatíveis, porquê esse casamento que se sabe não resultar, logo ser desastroso? Faz sentido, isso? A quem aproveitaria?
ResponderEliminarSinceramente, não sei!
Só desejo que não sofra o " justo pelo pecador" como já é hábito.
Beijinho, Família.
Pequim nunca vai abdicar de Hong Kong, GL.
EliminarE não vejo como é que Hong Kong alguma vez aceitará a autoridade musculada de Pequim. Beijinho
A política dita as leis e pouco importa o resto. Só assim se percebe que " (...) o divórcio não será nunca uma possibilidade."
ResponderEliminarÉ pena que não haja um entendimento.
Abraço
Isso tenho a certeza, António.
EliminarAquele abraço
Uma otima exposição da questão...
ResponderEliminarGostei de ler, Pedro.
Por aí, dias de paz .
Beijinho
~~~~
Em Macau, sim, Majo.
EliminarMacau é paz e sossego.
Beijinho
Um casamento tem solução. Dissolve-se. Esse problema entre Pequim e Hong Kong será difícil, complicado, mau de viver, talvez para todo o sempre.
ResponderEliminar.
Tenha um dia feliz
Cumprimentos poéticos
Este nunca se dissolverá.
EliminarPor mais bofetada que haja, nunca se dissolverá
Ja la vai um ano? E nao se ve resolucao... Boa semana Pedro.
ResponderEliminarFaz hoje um ano.
EliminarBoa semana
Há casamentos assim!
ResponderEliminarAbraço
Anda tudo ao estalo outra vez.
EliminarAbraço
Tudo começou por causa da assinatura de uma lei de extradição entre Pequim e o governo de Hong-Kong. Diria que de início foi pacífica , embora ruidosa. Mas, com o tempo tornou-se violenta e dizem continuar até que Pequim e o governo de Hong-Kong os ouça... Não vejo um fim próximo à vista até porque são mundos e identidades diferentes. Aliás estes confrontos vão mostrando isso cada vez mais...
ResponderEliminarCumprimentos da Maria do Porto.
Repare que antes disso já havia descontentamento.
EliminarO célebre movimento dos guarda - chuvas, o Occupy.
Pequim, habituada a impor a sua vontade, auxiliada por mais um governo incompetente em Hong Kong, em vez de acalmar os ânimos veio exaltá-los com essa proposta absurda.
Cumprimentos macaenses
Hong Kong esticou muito a corda (ou estrategicamente alguém despoletou isso) e a China vai querer mostrar quem manda. Não auguro nada de bom.
ResponderEliminarUm abraço, Pedro
As duas coisas, AC - Hong Kong a esticar a corda impulsionado por terceiros que procuram a todo o custo dizer que o princípio "um país, dois sistemas" não funciona.
EliminarAquele abraço
Os opostos atraem-se. Mas se ninguém se entender nada feito!
ResponderEliminar-
Pele aveludada onde passeiam os sábios.
Beijos e um excelente dia... :)
Neste caso, como são tão iguais, andam à cabeçada.
EliminarBeijos
O que nasce torto tarde ou nunca se endireita.
ResponderEliminarBoa semana Pedro Coimbra!
Vanessa Casais
https://primeirolimao.blogspot.com/
Boa semana, Vanessa Casais
EliminarUm problema sem solução pacífica à vista.
ResponderEliminarE o mundo aguarda expectante.
Beijo.
Um escalar de desentendimento e violência que assusta, teresa.
EliminarBeijo
Ao olhar para essa selva de betão, onde imagino o ar se torne irrespirável, pergunto-me como é possível que alguém se sinta feliz a viver por lá...
ResponderEliminarPequim e Hong-Kong não devem conseguir oxigenar o cérebro, é o que é... e a coisa assim vai acabar mal, Pedro!
Beijinhos.
Não é muito fácil respirar ali.
EliminarAinda mais com a brutal humidade.
Beijinhos
Vou assistindo à distância e com preocupação porque não vejo como se poderá resolver bem o que se passa-
ResponderEliminarNinguém sabe. Gabi
EliminarTêm coisas, pessoas e cidades que nasceram para viverem separados, tenta uni-las e não dará certo.
ResponderEliminarBeijo, Pedro, boa semana!
Mas estas têm que ser unidas, Tais Luso.
EliminarPequim nem quer ouvir falar de outra hipótese.
Beijo, boa semana
É claro, eu sei, mas quero dizer que requer esforços dobrados, triplicados.
EliminarExpressei-me mal. rss
bjus
E cedências.
EliminarQue nem um nem outro lado fazem, Tais Luso.
Conhece algum casamento sem cedências, sem adaptações?
Pequim e Hong Kong.
Bjs