Consultar a população acerca de critérios técnicos?


Os efeitos da passagem do tufão Nida em Macau ainda se fazem sentir.
Foram-se o vento e a chuva, ficaram as ondas de indignação e as consequências das mesmas.
Consequências que chegaram agora ao ponto de os Serviços de Meteorologia já admitirem o que tinham terminantemente negado num primeiro momento – a alteração dos critérios que presidem ao içar dos vários sinais de tufão.
Tudo isto não seria particularmente grave não fosse dar-se o caso de os Serviços se proporem consultar a população acerca dos novos critérios a seguir.
Confesso que, ao tomar conhecimento desta ideia completamente estapafúrdia, me lembrei de Herman José e do seu célebre Casino Royal.
A população de Macau já há muito que passou a ser uma espécie de Mari Cármen do Casino Royal, aquela personagem que todas as semanas mudava o seu título e a sua profissão.
Consultada a propósito de todas as políticas, por maior tecnicidade que envolva o tema em discussão, a população de Macau passou a ser o que o mesmo Herman José (agora o “boneco” José Severino) dizia acerca de Nuno Rogeiro – presumivelmente especialista em tudo, desde o pastel de nata ao míssil balístico.
Valha-nos que ainda há pessoas com discernimento (Melinda Chan, neste caso) para perceber o absurdo que seria consultar a população acerca de critérios eminentemente técnicos e científicos.
Consultar especialistas, fazer estudos comparativos, faz todo o sentido.
Consultar o Zé Povinho é pura perda de tempo.

Comentários

  1. Será isso uma proposta da dita democracia directa? rrrsss

    Que ideia mais tonta a de consultar pessoas que nada sabem do tema sobre critérios estritamente técnicos !!

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    1. Tem sido assim constantemente, São.
      E esta rapaziada acha que isto é transparência.
      O que é que eu sei de tufões?
      Está muito vento e chove imenso?
      Sinal 8 para ficarmos em casa.
      Não creio que seja isto que se procura....

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  2. Quase anedota...
    Seria risível,
    se não fosse um caso sério...
    Beijinhos.
    ~~~~

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    1. Já imaginou a lei do erro médico posta a consulta pública, Majo??
      Pois...
      Beijinhos

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  3. Será que apenas se lembram de pedir a opinião do povo em contextos que competem exclusivamente, ao poder (e aos técnicos)?
    Não percebo, Pedro.
    Abraço

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    1. Acho que isto nem é para perceber, António.
      E é constante.
      Perguntar às pessoas questões eminentemente técnicas tem algum sentido?
      Aquele abraço

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  4. Citando Herman José parece que ai reina a máxima ... "Eu é mais bolos, quer se dizer!!!".

    Aquele abraço, Pedro.

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    1. Mas é que é mesmo mais bolos, Ricardo.
      E se se ficarem pelos bolos a gente agradece.
      Está aí um bom tema para consultar a população - bolos!
      Aquele abraço

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  5. Quando os órgãos por direito não querem se responsabilizar...
    Então... eles pedem opinião do povo.
    Depois quem é que vão culpar...
    Então não terão que pagar indenização para ninguém k.

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    1. Se é isso que pensam são tontos, A Casa Madeira.
      Por mais consultas que promovam não serão, não poderão ser, desresponsabilizados.

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  6. Não faz sentido. Então não há especialistas para dar respostas!

    Beijinho Pedro.

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    1. Tanto há que os Serviços Meteorológicos de Macau já foram referência em toda a região, Adélia.
      E não foi assim há muitos anos...
      Beijinhos

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  7. Anda tudo doido. Acabei de chegar. Vai seguir e-mail.
    Um abraço

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  8. Realmente, que disparate! Faz lembrar aquelas entrevistas para encher chouriços, à populaça antes e depois de um jogo de futebol. Quem acha que vai ganhar? Que acha do resultado do jogo? Não há pachorra... ;)

    Beijocas

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    1. Consultara a população por exemplo acerca do nome a dar aos dois pandas que aqui nasceram faz todo o sentido.
      Em matérias que envolvem grande tecnicidade é só "encanar a perna à rã".
      Beijocas

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  9. Quando não se quer fazer nada, consulta-se o povo. Aprendi isso com sir Humphrey :-)

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    1. Duvido que esta malta tenha conhecimento do extraordinário sir Humphrey, Carlos.
      Aprenderam noutra cartilha.
      Mas asiática...

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  10. E a política continua brincando... ai ai

    abraço!

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