Comunidade Económica da ASEAN
22 de Novembro de 2015 - reunidos em cimeira em Kuala Lumpur, os líderes dos países que compõem a ASEAN (Indonésia, Malásia, Filipinas, Singapura, Tailândia, Brunei, Vietname, Laos, Birmânia e Cambodja) acordam formalmente a criação da Comunidade Económica da ASEAN.
Inserida no movimento de crescente integração regional que se pode constatar a nível mundial, esta decisão vem dar corpo ao que era a visão estratégica das nações do sudeste asiático para o novo milénio.
A abolição de barreiras alfandegárias e a maior integração e interpenetração económica serão progressivas e deverão ser acompanhadas também de movimentos similares nas áreas da segurança e da cultura.
O horizonte de médio prazo que fica acordado para aprofundar estes laços é agora 2025.
Será curioso seguir a evolução deste mercado de mais de 620 milhões de pessoas, e cerca de 2.6 triliões de dólares, sobretudo sabendo-se que tal integração não poderá pôr em causa a soberania interna dos países integrantes, em oposição ao que acontece com a visão supranacional europeia.
Com mecanismos de decisão extremamente complexos, sendo o consenso entre os membros ainda incontornável, mesmo que baseado no que é comummente designado por menor denominador comum, a ASEAN necessitará de uma reformulação institucional e dos processos decisórios para atingir os objectivos a que se propõe - ser um dos espaços economicamente mais vibrantes e de maior peso a nível global.
A extraordinária dimensão populacional, e o potencial económico, se não forem acompanhados dessa reforma institucional e do processo decisório, não serão por certo suficientes para atingir os objectivos propostos.
Haverá vontade política, acompanhada de suficiente integração também a nível político, para conseguir alcançar as metas definidas para 2025?
Um processo para acompanhar com atenção nos próximos anos.
Vai ser um mercado que vai dar que falar devido ao seu desenvolvimento e poder de compra.
ResponderEliminarUm abraço e continuação de uma boa semana.
Este mercado, alargado a outras parcerias (ASEAN+3 com a China, o Japão e a Coreia, por exemplo) e à APEC, será o grande motor de desenvolvimento neste século, Francisco.
EliminarO tema é-me particularmente caro porque foi o meu tema de tese de mestrado - comparação entre os modelos de integração da ASEAN e da UE.
E poderá bem vir a ser tema de um futuro doutoramento.
Um abraço, continuação de boa semana também
Pedro, questiono-me sobre se haverá vontade política para se fazerem as reformas.
ResponderEliminarAquele abraço, meu caro amigo.
O mindset asiático é muito peculiar, muito diferente do europeu, Ricardo.
EliminarAssim como o é a noção de tempo.
Estou convicto que a integração económica irá obrigar a uma maior integração política.
Nunca nos moldes europeus mas uma inevitável aproximação política entre países que têm história de conflitos e que ainda nos dias de hoje alimentam disputas territoriais.
Aquele abraço
Concordo, é algo para acompanhar com atenção.
ResponderEliminarTudo de bom
Impressão minha ou também passou ao lado da comunicação social portuguesa, São??
EliminarPenso que passou, pois eu sou atenta e só através deste seu post é que tomei conhecimento.
EliminarPedro, o jornalismo em Portugal está uma pobreza franciscana...
Pois...não entendo do assunto o suficiente para um comentário válido.
ResponderEliminarUm abraço
É um tema que me interessa particularmente, Elvira Carvalho.
EliminarE ao qual vale a pena estar atento.
Um abraço
Acredito que sim, mas eu nada sabia sobre o assunto
EliminarUm abraço
Foi tema de tese de mestrado, está pensado como possível tema numa tese de doutoramento que ando a adiar sucessivamente, Elvira carvalho.
EliminarEsta zona do Mundo está com uma dinâmica tremenda.
Um abraço
Uma coisa implica a outra, Pedro.
ResponderEliminarIsso anda tudo ligado.
Abraço
A integração política, se é complicada na Europa, na Ásia é tremendamente difícil, António.
EliminarA noção de soberania é muito próxima com aquilo que nos ensinavam acerca do direito de propriedade - plena re potestas.
Aquele abraço
Um projecto sem dúvida muito interessante e importante.
ResponderEliminarQue se venha a concretizar totalmente.
Abraço, amigo.
Irene Alves
Será muito provavelmente o motor económico a nível mundial, Irene Alves.
EliminarUm abraço
Na verdade o assunto foi abordado só muito ligeiramente pela comunicação social e muito "por tabela" com o recente acto terrorista de Paris, o que alertou a Malásia para outros também ataques terroristas nesta cimeira !
ResponderEliminarTambém é um facto que a ASEAN se encontra bastante "longe dos olhos" dos portugueses, o que quer dizer, também "longe dos corações", pese embora toda a sua importância !
Não fosse o facto de Obama ter seguido do Forum da APEC, para lá e do ataque terrorista de Paris, talvez nem se tivesse falado no assunto (?).
E creio que ao fim e ao cabo, foi esse tema o do terrorismo o mais discutido, mesmo talvez mais que o Económico ! :(
Um Abraço, Pedro ! :)
A vertente da cooperação em matéria de segurança foi reforçado com a ameaça terrorista, Rui.
EliminarTambém é importante.
Mas esquecer a vertente económica, a região economicamente mais vibrante a nível mundial, é pura ignorância.
Aquele abraço