Sinais de uma nova ordem mundial
Washington recebeu muito mal a notícia da adesão ao Banco Asiático de Investimentos em Infraestruturas (BAII) por parte do Reino Unido (o primeiro país europeu a formalizar essa intenção), da Alemanha, da França e da Itália.
O que era suposto ser um Banco que teria como objectivo promover o investimento nos sectores dos transportes, energia, telecomunicações e outras infraestruturas nos países em desenvolvimento na região asiática, formado por países asiáticos, com a adesão de países europeus tão fortes em termos económicos e geopolíticos como o são o Reino Unido, a Alemanha, a França e a Itália, passa a ser um centro de poder económico e político que vai rivalizar com os todo poderosos Banco Mundial e Banco Asiático de Desenvolvimento, dominados pelos Estados Unidos e Japão, respectivamente.
Um BAII, fundado e dominado pela China, com um capital inicial de 50 mil milhões de dólares, põe obviamente em causa a ordem mundial estabelecida, desloca ainda mais o eixo do poder económico e político para a zona da Ásia, com a China a assumir-se literalmente como o reino do centro - Zhongguo (中國).
Conscientes dessa realidade os políticos americanos saíram a terreiro com o argumento estafado e hipócrita da desconfiança na governança e na transparência da instituição (como se as instituições financeiras americanas fossem minimamente modelos nestas áreas...), apostando uma vez mais no trunfo do crescimento descontrolado do papão chinês.
Papão chinês que, longe de assustar, vai sendo mais e mais atractivo.
Por muito que se assista ao espernear americano (o Japão tem estado em silêncio) parece inevitável uma mudança nos centros de poder a nível mundial, o dealbar de uma nova ordem mundial.
Com epicentro na região asiática e com capital em Pequim.
Coimbramigo
ResponderEliminarDessas notícias gosto. Os gringos entraram no domínio do cagaço com a ameaça cada vez maior do "perigo amarelo"; são, cada vez, mais estúpidos e dunkies. No próprio território, segundo estatísticas mais ou menos credíveis, 48,5% da economia dos EUA pertence a... chineses. Lembra aquele ditado "trancas à porta"...
Nós em Portugal já somos muito chineses desde a electricidade & afins até às indústrias extractivas e ao imobiliário, facilitado pelos malvados "vistos Gold" do sôr PP (Paul Pane..., ups, Portas....)
As deslocalizações das finanças e da economia caem todinhas, ou quase, em Beijing. E se as reservas monetárias chineses forem aumentando (o que está a caminho de acontecer) um destes dias a Casa Branca acorda pintada de... Amarelo.
Isto porque, a China, tanto quanto sei, está a preparar invadir o mercado financeiro com uma nova moeda tão importante que $ % e o € ficarão em segundo lugar - ou desaparecerão...
E se as finanças serão assim - a economia (que já é florescente) irá por aí acima. E o poder, naturalmente, também. Esse é o motivo do cagaço tsunâmico dos gringos e dos japs. Digo eu...
Abç
FerreirAmigo,
EliminarEu também estou a achar um piadão ao cagaço dos gringos (os japoneses vão-se mantendo caladinhos por enquanto).
Os americanos, que devem um trilião de dólares aos chineses, mais coisa, menos coisa, que vêm o poder da grande China expandir-se, devem ter levado um valente murro nos to....no estômago quando viram britânicos, alemães, franceses e italianos aliarem-se aos chineses nesta instituição bancária que é o verdadeiro sinal do dragão.
Um dragão que está bem acordado e disposto a expelir fogo.
Estou a viver naquela que, em 2020 (só faltam cinco anos!!) será a zona economicamente mais dinâmica do Mundo - o Delta do Rio das Pérolas.
Com esses poderio económico, aliado a um poderio militar que já existe, vem naturalmente o poder político.
O eixo está a mudar.
E Washington a berrar porque não consegue contrariar esse movimento.
Grande abraço para ti!
Pedro, a cagufa por parte dos americanos é evidente, porém, nesta matéria e citando Bernard Shaw diria que «Se todos os economistas fossem postos lado a lado, nunca chegariam a uma conclusão.».
ResponderEliminarAquele abraço.
Diz-se o mesmo de nós, juristas, Ricardo.
EliminarTrês juristas têm, pelo menos!!, quatro opiniões :)))
Aquele abraço
Os EUA temem perder o poder que têm, compreende-se.
ResponderEliminarComeça, a ficar reduzidos sómente ao poderio militar, o que é mau -dada a tendência para a intervenção militar (assumida ou não) noutros países.
Estou preocuoada com a América do Sul: manifestações no Brsail demasiado semelhantes às que aconteceram no Chile antes do golpe que derrubou o democraticamente eleito Allende; declaração da Venezuela como perigosa para os interesses americanos, ...
Esperemos que nada de grave , ainda mais grave, aconteça!
Não há espaço para ditaduras militares naquela área do Globo, São.
EliminarOutros tempos, outras pessoas, outra mentalidade.
As diatribes de Maduro, como o fazia Chavez, aparecem sempre que o preço do petróleo cai e a economia interna se ressente.
Cortinas de fumo que depois desaparecem quando os preços do petróleo voltam a subir.
Um bocado o que faz o lunático da Coreia do Norte - sempre que precisa de dinheiro faz um teste balístico e convoca os parceiros para reunir e conver$ar.
~
ResponderEliminar~ ~ Muito interessante, além de muitas ilações, também podemos inferir que a frente de Taiwan, a formosa, deslocou-se para a Europa...
~ ~ ~ Um dia especialmente terno e amoroso. ~ ~ ~
~ ~ ~ ~ Beijinhos, ~ ~ ~ ~
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Taiwan vai exigir da RPC a paciência tão famosa dos chineses.
EliminarPorque os habitantes da Ilha não confiam em Pequim, não gostam de Pequim, não querem misturas.
Tive a oportunidade de ver isso perfeitamente quando lá estive.
Beijinhos
~ Conheço de uma forma geral as disputas que se originaram com Mao Tsé-Tung...
Eliminar~~~~~~~~~~Bj.~~~~~~~~~~~~~~~~~~
~ Ps ~
~ ~ ~ ~ Não tive direito a um ''mail' hoje'?!
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Só agora vi os mails, Majo.
EliminarPor isso só agora respondi.
Aquele vídeo era lindo, um poema que o meu pai me enviou ainda era mais.
Beijinhos
Não tenho dúvidas, Pedro. A China vai querer ter um papel mais activo na região e no mundo. Isso fatalmente acontecerá com o recuo dos EUA. A Europa não conta pois não tem peso militar nem modelo governativo capaz; continuará dependente dos americanos.
ResponderEliminarEsperemos que na hora da China lançar a "OPA" a certas regiões vizinhas o negócio se faça sem grandes sobressaltos.
O que é mais curioso, e foi o que deixou os americanos furibundos, é ver países europeus, aliados tradicionais dos americanos, aproximarem-se da China.
EliminarO poderio chinês não vai ser um poderio baseado na componente militar, bélica, Agostinho.
Os chineses querem dominar através da economia.
E vão consegui-lo.
Muito rapidamente, estaria capaz de arriscar.
Há tempos que venho alertando para essa possibilidade. Não porque seja perito na matéria, obviamente, mas pelo que tenho lido na imprensa estrangeira.
ResponderEliminarNão é preciso ser especialista, Carlos.
EliminarBasta estar atento ao que se passa à nossa volta.
Feliz dia do pai. Kis :>}
ResponderEliminarO Dia do Pai aqui comemora-se em Junho, AvoGi.
EliminarMas tive direito a uns beijinhos das minhas filhas que para mim é o mais importante.
Coimbramigo
ResponderEliminarReincido. Nem eram precisos os "prestimoso" apoios dos Grandes Patrões da (des)União Europeia. Bastava o anúncio de Beijing sobre a formação do novo Banco (por favor não confundir com o "Novo Banco") para acagaçar Washington. E mesmo que não mo permitas vou dar uma achega à Sãozitamiga...
Sãozitamiga
Os problemas da América do Sul são outros quinhentos mal réis. O continente sulista começa a não ter ponta por onde se lhe pegue. Bem têm tentado os nortistas (bananas Chiquita são só um exemplo...) continuar a mandar nela. Mas os sul-americanos já começaram a abrir os olhos. Ainda não estão Maduro/s... mas a baixa dos preços do petróleo está a originar uma revolta geral na Venezuela. Sem a venda do ouro negro não há comilança. Ai Maduro e outros maduros que se vão à vela...
Qjs
FerreirAmigo,
EliminarA estratégia do Kim da Coreia, sem tirar nem pôr.
Começa a ver a coisa mal parada, manda uns tiros de zagalote e anuncia que está disposto a conver$ar.
A sedução chinesa ($$$$) já chegou à Europa.
Ainda há alguma dúvida que money makes the world go round????
Aquele abraço
O poderio da China em termos económicos avança, avança e quem julga o contrário está errado. Deverá haver alianças/acordos...o que muitos mandantes não entendem e nem querem. Isto digo eu que não percebo nada!
ResponderEliminarBeijocas
E atrás do poderio económico virá o resto, Fatyly.
EliminarInevitável, inelutável.
Beijocas
já há várias escolas a ensinar mandarim Pedro! e arroz há muito tempo que já comemos muito por tradição e por ter culturas do dito :)
ResponderEliminarnum programa de televisão, um representante da comunidade chinesa de Lisboa explicava que as famílias chinesas que cá vivem, enviam os seus filhos para a China logo que atingem a puberdade para continuarem com o seu modo de vida mais "reservado" e agarrado ao rigor de um trabalho continuado, porque o estilo dos portugueses é, segundo eles, considerado demasiado descontraído (tento me lembrar de termos que transmitam o que ele dizia)!
fiquei surpreendida porque cada vez mais o pessoal daqui se queixa do "stress" que por cá anda
abraços e bom fim de semana
Angela
A China que está de olho nos países lusófonos, Angela.
EliminarCom Macau como base dessa cooperação, como plataforma e ponte para o relacionamento com esses países.
No que diz respeito à relação com o trabalho, os chineses têm uma ética muito própria, muito formiga da fábula da cigarra e da formiga.
Trabalham que nem loucos para poderem gozar uma velhice sem grandes preocupações.
Também porque os regimes de protecção social na velhice são incipientes ou inexistentes.
Abraços, votos de boa semana
Já se adivinhava. Uma nova ordem mundial baseada no poderio chinês que muito preocupa os Estados Unidos. Em vez de antagonismo deveria haver parcerias e colaboração, pois assim todos ganhariam. Digo eu!
ResponderEliminarAbraço
Enquanto os americanos não quiserem perceber isso os chineses vão crescendo, vão assumindo mais e mais importância, mais e mais poder, Carpe diem.
EliminarVamos ver se os americanos, quando acordarem, já não será demasiado tarde.
Abraço