Mario Soares-Livro de Joaquim Vieira/Por Catarina Falcão e Luís Rosa, Jornal i, 28 Mar 2013
Vale a pena perder um pouco de tempo para ler esta entrevista
Joaquim Vieira recebeu o i
em sua casa como se recebesse meros colegas de profissão, sem formalidades
nem protocolo. Mas o precursor do jornalismo de investigação e antigo
director-adjunto do “Expresso” está há já algum tempo afastado das redacções,
embora continue a ter uma intervenção activa no jornalismo como presidente do
Observatório de Imprensa. Desde 2006 Joaquim Vieira concentrou-se em reconstruir
a vida de Mário Soares e contá-la de forma independente através de 16
entrevistas com o próprio, mas falando também com os seus amigos e inimigos.
Apresenta-nos um Soares burguês,
mimado, intuitivo, corajoso, egocêntrico, contraditório, pragmático, mas sempre
um passo à frente dos restantes políticos. Soares nasceu para ser político? É o
animal político por excelência?
Sim. Não sei se nasceu para ser, mas foi
educado para ser. Teve uma educação de príncipe tendo em vista o futuro
exercício de cargos políticos, sendo o seu pai oposicionista e tendo sempre
acreditado que as coisas dessem a volta. Acreditava que o filho teria um futuro
num regime republicano aberto. E o que não educou ele, pediu a outros tutores
(Álvaro Salema, Agostinho da Silva e Álvaro Cunhal) que educassem - tinha esse
privilégio por ser proprietário do Colégio Moderno. Escolheu a dedo aqueles que
achava importantes para a formação extracurricular do filho. Não para ter
melhores notas, até porque Soares não era um aluno brilhante, mas sim para lhe
dar uma formação humanística, com os elementos da filosofia, da ciência
política, da sociologia - tudo o que fosse culturalmente válido para formar um
político.
Trata-se de uma biografia não
autorizada, mas ao lermos o livro facilmente nos deparamos com técnicas de
jornalismo de investigação. Pretendeu escrutinar Mário Soares?
Sim. Das
suas autobiografias, tanto “Portugal Amordaçado”, correspondente ao período
anterior ao 25 de Abril, à mais recente, “Um Político Assume-se”, passando pelas
entrevistas que deu à Maria João Avillez (e que leu antes da publicação, tendo
oportunidade de corrigir tudo o que lá estava), temos uma narrativa sobre Mário
Soares contada pelo próprio. Assim, para fazer uma coisa diferente, tive de
seguir uma via diferente. A figura maior do regime democrático ainda não tinha
sido alvo de um trabalho independente e aceitei o desafio. Não diria que é uma
biografia não autorizada, como aquelas a que estamos habituados, porque
normalmente neste género o autor não fala com o biografado, vai por caminhos
autónomos. Neste caso tive o privilégio de conversar com Mário Soares, só que
ele não leu o trabalho final antes da publicação - recebeu o livro já impresso,
como qualquer leitor.
O papel político de Soares é historicamente mais
relevante no pós-25 de Abril. Tornou-se o primeiro chefe do governo eleito em
eleições livres e o primeiro Presidente da República civil. A democracia
portuguesa teria tido mais dificuldade em consolidar-se sem Mário Soares?
Provavelmente sim, até porque Mário Soares teve um papel decisivo em
1975, na fase em que o país estava muito indeciso na definição do regime. Sem
desprimor de quem interveio na altura, Soares foi fundamental como ministro dos
Negócios Estrangeiros para estabelecer a ligação com os líderes estrangeiros e
para organizar a resistência civil à deriva do regime - coisa que nem PSD nem
CDS fizeram, por várias razões históricas.
Quando é confrontado com o
facto de criticar as actuais medidas impostas pela troika quando teve de aplicar
medidas semelhantes em 1979 e 1984 como primeiro-ministro, Soares frisa que “são
situações muito diferentes”. São mesmo?
Vista à lupa, a carreira de
Mário Soares está cheia de contradições. Ele costuma dizer que não mudou, que
manteve sempre os mesmos princípios, o que mudou foi a realidade à volta dele,
mas isso é uma versão muito bondosa dos acontecimentos. Soares tem tido uma
carreira sinuosa e tem sido um pragmático em todos os momentos para atingir os
seus objectivos. Um caso muito concreto e de que se tem falado bastante na
actualidade é o da Venezuela. Mário Soares era um grande apoiante de Carlos
Andrés Pérez (que representava um regime corrupto e que deu bastantes ajudas ao
PS) e, no entanto, também se tornou um grande apoiante de Hugo Chávez, que o
tirou do poder. Mário Soares foi desde 1975 até ao final do seu último mandato
presidencial um acérrimo defensor da democracia representativa. Depois de sair
da presidência passou a ser um apreciador da democracia de base, derivando para
movimentos alternativos. Isto mostra muitas das suas atitudes contraditórias
tendo em conta o desígnio da democracia, da defesa da União Europeia e do
socialismo democrático - um conceito que o próprio nunca definiu muito bem.
Hoje em dia vemos uma grande parte da geração de Mário Soares a
contradizer as opções políticas que tomaram no princípio dos anos 90 com a
adesão ao euro. Soares não defende a saída do euro, mas tem tecido críticas
muito fortes à política seguida pela Europa…
Ele, no fundo, está a tomar
uma posição contra si próprio, mas provavelmente nem tem consciência disso.
Naquela altura, ele não tinha consciência das consequências da opção pela
moeda única?
Não, de maneira nenhuma. Soares não tem qualquer formação
económica nem se interessa por estudar a fundo a questão. Apanha as ideias pelo
ar. Daí aquela frase célebre que ele diz: “Mandem-me as coisas numa frase
resumida, ou, no máximo, numa folha A4, mas não me mandem dossiês e estudos que
não vou ler.” É curioso do ponto de vista histórico que tenhamos tido três
resgates internacionais em pouco mais de 30 anos - uma coisa dramática para este
país - e os dois primeiros foram negociados por governos de Mário Soares. Para
ele, na altura, era muito fácil porque se tratava de desvalorizar a moeda e isso
agora não existe.
Tem causado polémica a sua opção por falar das
infidelidades de Mário Soares. É comum em Inglaterra, Estados Unidos ou França
que esse tipo de questões sejam abordadas em estudos biográficos.
Sim,
durante as nossas conversas até falei com ele sobre o livro de Mitterrand - em
que foi denunciado que ele teria tido uma filha fora do casamento - e outras
questões relacionadas com a sua vida privada. Soares disse-me logo: “Olhe que eu
nunca tive uma filha fora do casamento, pode procurar à vontade que não
encontra.” Eu expliquei-lhe que, como figura pública, tem de se sujeitar a esse
escrutínio. Ele não apreciou isto. Confrontei Maria Barroso com o facto de o
marido ser um galanteador e ela considerou a pergunta normal. Respondeu e
admitiu implicitamente. Disse que o marido em Paris fez a vida que quis. Que bem
lhe diziam que vendesse o Colégio Moderno e fosse também para lá, mas que ela
sempre quis manter uma vida em Portugal. Mais tarde vim a perceber que era o
próprio Mário Soares que não queria que isso acontecesse e ela até queria ir
para lá. Ninguém ficou chocado com as perguntas que fui fazendo, nem a família
nem os amigos. Se eu quero fazer um livro e tenho a preocupação de que seja um
livro de referência, tenho de dar o retrato da vida de corpo inteiro, incluindo
a parte pessoal.
Essa faceta de Soares, tal como acontecia em França com
Mitterrand, era do conhecimento dos jornalistas que os acompanhavam. Acha que
Soares foi protegido pelos media?
Sim, em vários aspectos. Soares sempre
teve boa imprensa. Não sei explicar porquê. É uma figura simpática e ele próprio
sempre disse que se deve seduzir os jornalistas como político - e os jornalistas
embarcaram nisso. Se compararmos Cavaco com Soares, Cavaco sempre teve má
imprensa. Depois Cavaco disse que nunca lia jornais e isso criou logo
anticorpos. Por isso o tipo de linguagem que Soares utiliza em privado nunca
transpareceu, e certas ligações afectivas também não. No caso de Macau e no
livro de Rui Mateus, a imprensa reagiu com distância porque era Mário Soares. A
comunicação social absolveu-o. O mesmo não aconteceria se fosse com Cavaco.
Nas transcrições das conversas com Soares optou por não “amaciar” o tom
coloquial. Queria que as pessoas, nalguns pontos, sentissem que era uma história
na primeira pessoa?
Não compete ao entrevistador alterar ou polir as
palavras do entrevistado. Se eu tiro uma palavra o que é que ponho lá a
substituir? Seria eu a inventar. Eu pedi--lhe autorização não só para falar com
ele, mas também para gravar as conversas, e ele sabia que estava a falar para
prestar declarações para um livro. Até lhe dei a oportunidade de ler as
transcrições que usei no livro antes da publicação. Sobre os três primeiros
capítulos mandou dizer pela secretária que estava tudo bem, em relação aos
outros nunca mais me respondeu até o ter encontrado na Fundação Mário Soares.
Disse--lhe que estava à espera da resposta dele para avançar no livro e ele
disse-me que já tinha percebido que eu era rigoroso. Na véspera do Natal passado
ele ligou- -me e disse-me que não queria ter nada a ver com o texto e que a
edição ficava totalmente por minha conta. Neste caso publiquei tal como ele me
tinha dito as coisas. Esta mudança de atitude talvez tenha sido por causa da
nossa última conversa, que foi complicada porque discutimos as questões de
Macau, e aí terá ficado de pé atrás em relação ao que ia sair.
O caso
Emaudio (empresa fundada por dirigentes do PS próximos de Soares para antecipar
a onda de privatizações da comunicação social nos primeiros anos da década de
90) pode comparar-se com a tentativa de controlo da comunicação social por parte
de José Sócrates que foi revelada no processo Face Oculta?
Segue a mesma
filosofia. No PS sempre houve esta relação difícil com a comunicação social.
Sempre tentaram ter órgãos próprios: caso da “República”, da “Luta”, do
“Portugal Hoje”. Como tudo isso falhou, tentaram alternativas como a Emaudio,
era uma dessas alternativas. Nessa altura percebeu-se que não era possível criar
de raiz um grupo de comunicação social e por isso passou a tentar--se
influenciar os grupos já existentes.
A Emaudio foi criada parcialmente
com dinheiro recolhido para financiar as campanhas eleitorais do PS. A forma
como se financiavam partidos nos anos 80 era muito diferente da de agora. A
circulação de malas de dinheiro era muito comum…
Eu próprio assisti a
isso… Numa viagem de regresso a Portugal depois de ter estado em reportagem em
Macau vim sentado no avião ao lado de um dirigente do CDS que trouxe todo o
tempo entre as pernas uma mala que ele me confessou estar cheia de dinheiro
recolhido naquele território e doado ao seu partido por um conhecido empresário
local (cujo nome me revelou). Ele vinha até com um certo receio de ser revistado
pelos funcionários da alfândega na Portela, mas mostrou passaporte diplomático e
passou sem ser incomodado. Também fui eu quem noticiou em primeira mão no
“Expresso” uma cena algo rocambolesca em que um dirigente socialista foi
interceptado no aeroporto de Hong-Kong por outro socialista, membro do governo
de Macau, no momento em que se preparava para embarcar para a Europa com uma
mala cheia de dinheiro que tinha recolhido de empresários do território
alegadamente como donativos ao seu partido. Parece que havia divergências sobre
o destino daquele dinheiro e o governante de Macau impediu o outro de seguir
viagem com a mala.
Na altura do caso do faxe de Macau (caso em que o
governador de Macau, Carlos Melancia, foi julgado e absolvido por corrupção
passiva) a própria Polícia Judiciária ponderou investigar Mário Soares, mas o
procurador-geral da República, Cunha Rodrigues, acabou por não autorizar a
investigação. Soares foi beneficiado?
Tive oportunidade de discutir essa
questão com Cunha Rodrigues para escrever o livro. Tenho uma visão muito crítica
disso porque acho que o Ministério Público podia e tinha a obrigação de ter ido
mais longe. Não quis porque houve receio na altura do faxe de Macau de que as
eleições presidenciais fossem perturbadas de alguma forma, numa altura em que
estava em causa a reeleição de Soares. Com a saída do livro de Rui Mateus em
1996, que contém matéria complicadíssima em relação ao sistema de financiamento
dos partidos em Portugal e que podia motivar a abertura de um processo judicial,
Cunha Rodrigues foi muito timorato. Já em relação ao caso do faxe se punha a
questão de interrogar Mário Soares no processo e foi decidido não o fazer. Uma
decisão polémica sobre um interrogatório que a PJ acha que devia ser feito. Há
uma fonte de Belém que me contou que em 1996, na primeira audiência entre Jorge
Sampaio (então eleito Presidente da República) e o procurador-geral Cunha
Rodrigues, este terá dito que não mandou abrir o inquérito porque podia pôr em
causa o funcionamento do regime. Cunha Rodrigues não confirma isto. Com a
filosofia actual com que se encara estas coisas a nível judicial, a investigação
teria ido mais longe.
Aborda de forma
desenvolvida a circulação de dinheiro entre as diferentes fundações do PS, as
campanhas presidenciais de Soares e a própria criação da Fundação Mário Soares.
Considera que existem indícios de que Soares e a sua família beneficiaram
ilegitimamente do dinheiro angariado para campanhas políticas?
Não. Para
benefício pessoal não tenho nenhum indício disso. A família sempre teve uma vida
confortável com o Colégio Moderno, que é uma fonte própria de rendimento. A
verdade é que Soares é uma pessoa que nunca ligou muito ao dinheiro e não há uma
fronteira entre dinheiro que é de um e o que do outro. Em termos de dinheiro,
Soares é generoso. Como nunca lhe faltou dinheiro desde a juventude, Soares
habituou-se a esbanjar, a pagar as rodadas nos cafés aos amigos. Como
Presidente, Soares pagava do seu próprio ordenado uma espécie de subvenção a
artistas em dificuldades. Nunca deu importância ao dinheiro e por isso fica
chocado com este tipo de questões. Ele acha que é generoso e que nunca
beneficiou desses movimentos. Considera uma ofensa que se levante alguma questão
sobre isso. Também é um facto que nunca houve um controlo rigoroso da circulação
do dinheiro.
Nos casos do faxe de Macau
e da Emaudio sempre houve dúvidas sobre o grau de conhecimento que ele tinha do
que os amigos faziam…
Para mim, ele teve conhecimento de tudo. Era o
supervisor. Estava lá em cima no topo da pirâmide e nada era feito sem o seu
conhecimento. Não intervinha, deixava as coisas correr. Por vezes podia intervir
para corrigir algumas coisas e Rui Mateus narra algumas conversas no seu livro
em que se discutia onde e como aplicar o dinheiro. Hoje em dia seria
completamente impensável que um Presidente da República convidasse empresários
de gabarito internacional como Berlusconi, Murdoch e Maxwell para fazer negócios
com uma empresa a que estava ligado o Presidente. Curiosamente, ele não se
lembrava dos encontros com Murdoch e Maxwell, só com Berlusconi.
Compreende como é possível que o livro de Rui Mateus tenha sido
apresentado pelos media como um livro de um traidor na altura em que saiu?
É a tal boa imprensa de que Soares sempre beneficiou. Se alguma coisa
põe em causa Soares, quem é o culpado? Não é Soares, mas quem pôs em causa
Soares. Não consigo explicar o que sucedeu em 1996. De facto, Soares teve essa
capacidade de seduzir os jornalistas. Eu percebi isso pessoalmente, depois de
fazer a cobertura da campanha presidencial de 1986. Os jornalistas nunca puseram
em causa Soares.
Soares teve grandes duelos com Cunhal, Ramalho Eanes e
Cavaco Silva, descrevendo-os como uma antítese de si próprio: personagens frias,
previsíveis, que não gostam dos prazeres da vida. As gerações futuras vão
guardar melhor memória de Soares que das restantes figuras políticas?
Independentemente das questões políticas, podemos dividir os políticos
em dois grupos: os hedonistas, que fazem da política uma actividade lúdica, e o
grupo mais espartano que faz da política uma obrigação e um dever. Aí há um
choque entre uma visão e outra e Soares assume esse lado lúdico da política. E
desconfia dos políticos que estão desse lado mais severo. Ao mesmo tempo dava-se
muito bem com políticos de outras áreas que também tinham uma atitude idêntica à
dele. Por exemplo, Mota Pinto. Era uma relação de grande amizade apesar de um
ser do PS e outro do PSD. O Bloco Central viveu muito desta relação pessoal
entre os dois. Há uma assessora do Soares que diz que em relação às mulheres não
eram festas bunga-bunga, mas era uma coisa desse género.
Mário Soares foi
um Presidente da República muito interventivo, particularmente no segundo
mandato. Considera que foi o Presidente que levou mais longe os poderes
presidenciais?
Aí há várias questões. Para já, foi ele que definiu a
fórmula da magistratura de influência - Alfredo Barros, chefe da Casa Civil,
reclama o termo - e aplicou-a de uma forma próxima da perfeição. Pelo menos,
teve sempre grande empatia e compreensão por parte do eleitorado. O contrapeso
ao governo foi muito bem aceite pelas pessoas. Temos a imagem de Ramalho Eanes
como um Presidente conflituoso, Sampaio também teve algumas dificuldades na fase
de transição Durão Barroso-Santana Lopes, e as pessoas não compreenderam muito
bem essa atitude. Soares dissolveu a Assembleia uma vez mas isso foi
completamente compreendido pelo eleitorado porque foi a favor do governo que
estava na altura em funções. De seguida, Soares foi reeleito com mais de 70%.
Foi também Soares quem inventou a história das presidências abertas, iniciativa
que foi bem recebida pela população: viam o presidente, conviviam com ele. À
distância parece-me ter havido um certo exagero como opositor - ele considerava
que não havia uma verdadeira oposição do PS. A opinião pública de uma forma
geral sempre aceitou a forma como Soares exerceu os seus mandatos. Aliás, nunca
houve um Presidente com as quotas de aprovação que ele teve.
Já falou com
Mário Soares sobre o produto final?
Tivemos duas conversas telefónicas
no dia em que lhe enviei o livro. Nesse dia fui à editora, os livros tinham
acabado de chegar e fiz questão que o primeiro livro fosse para ele. Logo a
seguir, recebi uma chamada sua a dizer que ainda não tinha recebido o livro e
estava furioso por coisas que lhe contaram que o livro tinha. A conversa foi tão
intempestiva que nem houve oportunidade para explicar nada, pedi-lhe apenas para
esperar até receber o livro e depois voltávamos a falar. Nessa tarde voltou a
ligar-me, depois de já ter recebido a obra, bastante mais calmo e cordato -
Soares tem um tom muito contrastante; pode estar aos gritos com uma pessoa e 30
segundos depois está a rir para ela - tinha acabado de ver o livro, viu as
partes que mais o preocupavam e viu que não era bem aquilo que lhe tinham dito.
Disse que ia ler, “se tivesse paciência” e admitiu que me podia dar a opinião.
Mas não voltámos a falar depois disso.
Peço-lhe desculpa, Pedro, mas tudo o que diga respeito a Mário Soares há muito deixou de me interessar.
ResponderEliminarSe a entrevista fosse mais curta, talvez "eu tivesse paciência" para a ler na integra!
Assim, li algumas partes na diagonal. Sorry!
Um beijo.
Não peça desculpa, Janita.
EliminarComo eu a compreendo!!
Um beijo