Mário Soares - as voltas que o mundo dá!!!!
Tivemos 3 resgates desde o 25 de Abril:
Um em 1977, outro em 1983 e o
actual.
Em 1977 e em 1983 quem estava no governo era o PS e Mário Soares
chefe do governo.
É curioso ver o que dizia na altura o então líder dos
socialistas e primeiro ministro do país e as críticas que agora faz.
Melhor se perceberá porque é que o próprio Mário Soares defende o
relativismo em absoluto e muda de opinião conforme a conjuntura (ele próprio o
diz).
EM AGOSTO DE 1983, O GOVERNO DO BLOCO CENTRAL,
ASSINOU UM MEMORANDO DE ENTENDIMENTO COM O FUNDO
MONETÁRIO INTERNACIONAL.
OS IMPOSTOS SUBIRAM, OS
PREÇOS DISPARARAM, A MOEDA DESVALORIZOU, O CRÉDITO
ACABOU, O DESEMPREGO E OS SALÁRIOS EM ATRASO
TORNARAM-SE NUMA CHAGA SOCIAL E HAVIA BOLSAS DE FOME
POR TODO O PAÍS.
O PRIMEIRO-MINISTRO ERA MÁRIO SOARES.
“Os problemas económicos em Portugal são fáceis de explicar e a
única coisa a fazer é apertar o cinto”.
DN, 27 de Maio de 1984
“Não se fazem omeletas sem ovos. Evidentemente teremos de
partir alguns”.
DN, 01 de Maio de 1984
“Quem vê, do estrangeiro, este esforço e a coragem com que
estamos a aplicar as medidas impopulares aprecia e louva o esforço
feito por este governo.”
JN, 28 de Abril de 1984
“Quando nos reunimos com os macroeconomistas, todos
reconhecem com gradações subtis ou simples nuances que a política
que está a ser seguida é a necessária para Portugal”
JN, 28 de Abril de 1984
“Fomos obrigados a fazer, sem contemplações, o diagnóstico dos
nossos males colectivos e a indicar a terapêutica possível”
RTP, 1 de Junho de 1984
"A terapêutica de choque não é diferente, aliás, da que estão a
aplicar outros países da Europa bem mais ricos do que nós”
RTP, 1 de Junho de 1984
“Portugal habituara-se a viver, demasiado tempo, acima dos seus
meios e recursos”.
RTP, 1 de Junho de 1984
“O importante é saber se invertemos ou não a corrida para o
abismo em que nos instalámos irresponsavelmente”.
RTP, 1 de Junho de 1984
“[O desemprego e os salários em atraso], isso é uma questão das
empresas e não do Estado. Isso é uma questão que faz parte do livre
jogo das empresas e dos trabalhadores (…). O Estado só deve
garantir o subsídio de desemprego”
JN, 28 de Abril de 1984
“O que sucede é que uma empresa quando entra em falência…
deve pura e simplesmente falir. (…) Só uma concepção estatal e
colectivista da sociedade é que atribui ao Estado essa
responsabilidade."
JN, 28 de Abril de 1984
“Anunciámos medidas de rigor e dissemos em que consistia a
política de austeridade, dura mas necessária, para readquirirmos o
controlo da situação financeira, reduzirmos os défices e nos pormos
ao abrigo de humilhantes dependências exteriores, sem que o país
caminharia, necessariamente para a bancarrota e o desastre”.
RTP, 1 de Junho de 1984
“Pedi que com imaginação e capacidade criadora o Ministério das
Finanças criasse um novo tipo de receitas, daí surgiram estes novos
impostos”.
1ª Página, 6 de Dezembro de 1983
“Posso garantir que não irá faltar aos portugueses nem trabalho
nem salários”.
DN, 19 de Fevereiro de 1984
“A CGTP concentra-se em reivindicações políticas com
menosprezo dos interesses dos trabalhadores que pretende
representar”
RTP, 1 de Junho de 1984
“A imprensa portuguesa ainda não se habituou suficientemente à
democracia e é completamente irresponsável. Ela dá uma imagem
completamente falsa.”
Der Spiegel, 21 de Abril de 1984
“Basta circular pelo País e atentar nas inscrições nas paredes. Uma
verdadeira agressão quotidiana que é intolerável que não seja
punida na lei. Sê-lo-á”.
RTP, 31 de Maio de 1984
“A Associação 25 de Abril é qualquer coisa que não devia ser
permitida a militares em serviço”
La Republica, 28 de Abril de 1984
“As finanças públicas são como uma manta que, puxada para a
cabeça deixa os pés de fora e, puxada para os pés deixa a cabeça
descoberta”.
Correio da Manhã, 29 de Outubro de 1984
“Não foi, de facto, com alegria no coração que aceitei ser primeiro-ministro.
Não é agradável para a imagem de um politico sê-lo nas
condições actuais”
JN, 28 de Abril de 1984
“Temos pronta a Lei das Rendas, já depois de submetida a discussão
pública, devidamente corrigida”.
RTP, 1 de Junho de 1984
E esta para terminar em grande:
“Dentro de seis meses o país vai considerar-me um herói”.
6 de Junho de 1984
O que terá António José Seguro a dizer sobre isto?
Gostava de ter a oportunidade de lhe fazer a pergunta.
Pode ser que um dia alguém se lembre de fazer um compêndio sobre os disparates verbais (e não só) dos políticos portugueses.
ResponderEliminarSoares sairá na 1ª capa.
Apoio a ideia a cem por cento Reporter :))
EliminarSaíu aqui, também, o Repórter que já não é.
EliminarJá conhecia este post, Pedro!
ResponderEliminarO "problema" é que a memória das pessoas é, normalmente, curta!
Abraço
E a gente está aqui para a reavivar, Ricardo.
EliminarAbraço
Uau! Não vou nem nunca fui à bola com este Senhor, ele é muito do tipo, se for eu a implementar, ou a dizer é óptimo, se forem outros, ainda que seja o mesmo é péssimo, já nem falo da insuportável petulância dele. No fundo não passa de um hipócrita...
ResponderEliminarAs coisas que ele disse aqui em Macau quando era Presidente, Poppy
EliminarDo mais reles!
Faço minhas as palavras da Poppy!!!
EliminarE quem ouve este tipo a falar ainda lhe fica a dever dinheiro, ematejoca.
EliminarSe não conhecer a peça.
Quem o conhece manda-o à fava!
Não sei se ficou guardado o meu comentário, que foi feito com uma raiva a este pulha...que fiquei sem luz hehehehehehehe mas já voltou:)
ResponderEliminarApareceu só este, Fatyly.
EliminarMs acho que diz tudo :))
Na altura tínhamos moeda própria e os problemas eram mitigados. Além disso, pouco tempo depois, começaram a chegar diariamente camiões carregados de paletes com dinheiro dos fundos comunitários. Se tivessem sido bem aproveitados, hoje não estaríamos nesta situação, Pedro.
ResponderEliminarDeu para tudo, Carlos.
EliminarAs coisas que eu próprio presenciei!