Separação entre Estado e Igreja

 

Para quem ainda acha muito pitoresco o espetáculo público que os fanáticos religiosos montam, aconselho um olhar atento ao que vai acontecendo no Congresso nos Estados Unidos.

Não estou a pensar naquele fanatismo que conduz à morte dos infiéis, e esse não é exclusivo de uma qualquer religião, estou a pensar no fanatismo que confunde Estado e Igreja.

E aí entram essas figuras patéticas que são Mike Johnson, Lauren Boebert, Marjorie Taylor Greene e quejandos.

Membros do Congresso que não percebem sequer que o país onde vivem, e dizem servir, foi o primeiro a advogar e adoptar constitucionalmente a separação entre Estado e Igreja.

Gente deste calibre é muito perigosa, não é pitoresca.

Não sei se terão uma agenda ou se serão apenas absolutamente estúpidos.

Sei que são muito perigosos porque, conscientemente ou não, querem alterar as bases, os fundamentos, das civilizações ocidentais.

E porque lançam sementes ao vento que vão germinar noutros solos.

Não é um problema americano, é uma questão civilizacional.

Que tem de ser denunciada para ser travada antes que seja tarde demais.