Valores inegociáveis

 

Depois de ler o número de execuções por enforcamento este ano no Irão, fiquei a pensar que nós, nascidos, criados e educados na civilização ocidental, saída do Iluminismo e do Renascimento, nos guiamos por valores que devem ser cada vez mais protegidos e inegociáveis.

Não gosto do politicamente correcto, não tenho paciência para hipocrisia e falsidade.

A nossa civilização é, em muitos aspectos, muito superior, afirmo-o sem rodeios nem rendilhado.

Sobretudo nos pilares fundamentais, aqueles em que assentam e se fundam os tais valores inegociáveis.

Separação entre Estado e Igreja; respeito pelas minorias; igualdade entre sexos; Estado de Direito; respeito pela vida humana; educação e saúde universais e tendencialmente gratuitas.

Valores inegociáveis.

Que, quem não entende e não respeita, terá de forçosamente respeitar se quer ser acolhido e viver nos países onde esses valores são essenciais.

Gosto de aculturação, gosto de convivência de culturas, gosto de conhecer e compreender o outro.

Mas se respeito a diferença exijo também ser respeitado.

O Ocidente viveu períodos de turbulência que nos ajudaram a chegar ao actual momento civilizacional.

Chamamos-lhe Dark Ages (Idade das Trevas).

E não queremos voltar atrás, não queremos regredir e voltar a viver nessa escuridão.

Inegociável.