O triunfo dos porcos

George Orwell estava efectivamente muito à frente do seu tempo.

Só essa qualidade lhe permitiu perceber que, na quinta dos animais, dos irracionais, os porcos ganham sempre.

Sobretudo aqueles que são mais iguais que os outros.

Os grunhidos de uma série de besuntos nos jogos da Selecção Nacional são disso prova irrefutável.

Primeiro foi João Mário em Alvalade, agora Otávio na Luz, no futuro outro qualquer jogador em outro qualquer campo.

Porque os besuntos não conseguem diferenciar um jogo da Selecção Nacional de um jogo do clube que apoiam.

Roberto Martinez comentava no final, com um ar algo atónito, que se estava perante um comportamento doentio.

Não me afectaria nada se estes actos, reveladores de uma qualquer insondável patologia, não se reflectissem na imagem de todo um povo, de todo um país.

Reflectem-se e reflectem-se muito negativamente.

Aos que insistem em tomar a nuvem por Juno digo que, se é verdade que os porcos triunfaram, há mesmo alguns mais iguais que os outros.

Aos besuntos que insistem neste constante grunhido não digo nada.

Para porcos nem pérolas nem discursos. 

Abocanham toda a porcaria que lhes aparece à frente.

Empanturrem-se.