Regularidade, meus senhores, regularidade

 

O Benfica é campeão nacional de futebol.

E é campeão simplesmente porque foi o mais regular ao longo da época.

Não há grandes segredos, não há fórmulas mágicas, o final é sempre igual - o mais regular ganha.

Numa época em que a violência verbal, dentro e fora do campo, foi rainha, em que a desconfiança em relação ao vizinho foi presença diária na imprensa, ganhou quem foi mais regular.

E quem é mais regular é mais competente.

Uma primeira volta toda do Benfica, uma segunda volta toda do Porto.

Mas com uma fundamental diferença - o Benfica foi melhor nos jogos teoricamente mais acessíveis.

Aqueles em que o Porto escorregou.

Não serve de nada ser o “campeão dos grandes” se depois se perdem pontos onde não se pode perder.

Se ainda havia dúvidas dessa realidade, este campeonato dissipou-as.

Depois da final da Taça de Portugal adivinha-se um defeso agitado.

Com muitas saídas, algumas já confirmadas, e muitas entradas.

E muitas conversas de café e taberna.

Antes do campeonato e durante.

Para, no final, como sempre, ganhar o mais regular.

É assim tão complicado?