Oficialmente país de língua oficial portuguesa
É oficial, a Guiné Equatorial passa a fazer parte da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
Formalmente está tudo muito bem e certificado.
Mas sou dos que continua a preferir a substância em detrimento da forma.
E por isso mesmo não alinho no foguetório.
Não consigo concordar com a adesão da Guiné Equatorial a esta comunidade.
O que não significa que não perceba o porquê da adesão do país.
It’s the economy stupid, lema que James Carville criou para a campanha presidencial de Bill Clinton, continua a fazer todo o sentido, e, mais do que o sonho, a comandar a vida.
A Guiné Equatorial conquistou a sua independência da Espanha franquista em 1968.
Mas manteve o inglês (fang e Pidgin), para além de alguns crioulos e do espanhol, como línguas faladas no país.
O Francês e o Português são línguas oficiais por decreto apenas.
Com um registo na área dos direitos humanos longe do desejável (a abolição da pena de morte foi mais um formalismo), com problemas sérios na distribuição de riqueza, no tráfico de pessoas, com um governo autoritário resultante de um golpe de estado, a Guiné Equatorial é o maior produtor de petróleo do sub-Saara e o país africano com maior produto per capita.
Forma (maior produto per capita) que o conteúdo nega (só metade da população terá acesso a água potável e o índice de mortalidade infantil é muito alto).
A economia não pode justificar tudo, não se pode continuar a olhar só para o prato de lentilhas.
E ainda que a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa não tenha critérios de acessão, à semelhança por exemplo da União Europeia, não poderá também ter as portas escancaradas para qualquer um entrar.
It’s the economy stupid pode ser um bom lema de campanha eleitoral mas nunca será um bom lema de vida.
A afirmação de uma identidade específica de Portugal, noutro país, deve ser um orgulho para todos os portugueses.
ResponderEliminarA comunidade lusófona deve estar satisfeita e promover todos os esforços para a continuação da aprendizagem e expansão da nossa língua.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
O problema é que a Língua Portuguesa só é oficial na Guiné Equatorial por decreto.
EliminarNada mais.
Prefiro que seja utilizada, falada.
O estatuto em si mesmo pouco importa.
Abraço amigo
Se a lingua nao e falada, nem e parte de documentos, nada vale!
ResponderEliminarÉ oficial por decreto.
EliminarSó.
A não existência de critérios de selecção é mesmo uma vergonha. Infelizmente, não será a única.
ResponderEliminarNão celebro o que acho ser uma vergonha, bea.
EliminarSubscrevo inteiramente e mais a mais sendo um país em que não se respeita os direitos humanos.
ResponderEliminarBeijos e um bom dia
E com desigualdades brutais, Fatyly.
EliminarMuita riqueza concentrada nas mãos de poucos.
Beijos
Confesso que não tenho conhecimento para opinar sobre este assunto.
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Boa terça-feira, Isa Sá
EliminarConfesso que fico feliz por a Guiné Equatorial ter como oficial a língua portugresa
ResponderEliminar.
Cumprimentos poéticos
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
Se só é assim no papel não me dá satisfação nenhuma, confesso.
EliminarCumprimentos
Não concordo com isto.
ResponderEliminarÉ um subversão do valor excecional do Português como língua de cultura e de comunicação!
Somos duas!!
EliminarVender a mãe por um prato de lentilhas, não é?
EliminarO regime autoritário no poder na Guiné Equatorial tem um dos piores registos de direitos humanos no mundo, e consegue manter-se como o "pior do pior" no ranking da pesquisa anual da Freedom House de direitos políticos e civis. Repórteres classificam o presidente Teodoro Obiang Nguema Mbasogo um dos "predadores" da liberdade de imprensa. O tráfico de pessoas é um problema significativo, de acordo com o "US Trafficking in Persons Report", de 2012, que afirma que "a Guiné Equatorial é uma fonte e destino para mulheres e crianças vítimas de trabalho forçado e tráfico de sexo."
ResponderEliminarCom este cenário ... comemorar o quê?
Abraço
As reservas de petróleo, muito provavelmente…
EliminarAbraço
Hajam interesses económicos e abandone-se tudo o mais - é este o lema actual das relações internacionais.
ResponderEliminarPor isso me irrita o cinismo e a duplicidade de critérios e o hipócrita rasgar de vestes em praça pública!!
Boa tarde
Tenho valores muito definidos, São.
EliminarJulgo eu.
Pelo menos tento ter.
E esta comemoração passou-me ao lado (foi aqui no final da semana) e até me entristeceu, confesso.
Somos dois, Pedro!
Eliminarnão estou à altura p+ara comentar como o merece!:))
ResponderEliminar--
No silêncio do tempo...
Beijos e um excelente dia.
Beijos, Cidália Ferreira
EliminarObrigado pela excelente matéria.
ResponderEliminarOLÁ PEDRO
ResponderEliminarnão percebo nada do assunto
se é só oficial por decreto, o que adianta?
Para que serve?
HOJE li esta notícia:
Governo de Macau quer pagar água e luz à população para atenuar impacto da crise
é mesmo verdade?
Possas!
só cá em Portugal, quanto mais roubam mais feliz é o governo, caramba!
fiz agora mesmo um artigo novo neste blog:
http://orientevsocidente.blogspot.com/
espero que gostes!
Uma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
É verdade.
EliminarNo mês de Maio teremos uma nova roda de cartões de consumo.
Ainda não sabemos exactamente quando e quanto, mas já sabemos que poderemos também pagar as tarifas de água e electricidade com estes.
Este mês recebemos a habitual contribuição pecuniária.
Dez mil patacas para cada residente permanente e seis mil para cada residente não permanente,
Um beijo
Concordo plenamente com o que escreveu, foi certamente tido em conta para a aceitação o lado económico, pois se a Língua Portuguesa está presente só em decreto e é pouco ou nada utilizada, não faz sentido nenhum esta adesão.
ResponderEliminarBeijinhos
É que já nada mais me surpreende desde que até o Abramovich, se tornou português...
ResponderEliminarExcelente abordagem da matéria! A palavra petróleo... explica muita coisa... e para mais agora com Sines... a emergir para a Europa como ponto de passagem, muito em breve... e nós como futuro alvo, pois então... certamente para quem já tenha considerado ainda que ao de leve, uma Euroásia...
Enfim... há sempre um reverso da medalha... Lages e Sines, em pleno... e lá se vai tanto trabalhinho do Afonso Henriques pelos ares, qualquer dia...
Beijinhos
Ana
i agree with your finishing lines but oil money sounds appealing
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