O povo é quem mais ordena

 

Celebrámos mais um aniversário do Dia da Liberdade.

E esse é, e deverá ser sempre, o maior significado do dia 25 de Abril de 1974.

O dia em que verdadeiramente se celebra o facto de haver liberdade de escolha, o dia em que se pôde finalmente dizer “o povo é quem mais ordena”.

O povo, todos nós, podemos escolher quem e como nos vai dirigir.

E, se não gostarmos da escolha, podemos protestar com quem escolhemos e depois escolher outro(s).

Um bem precioso, liberdade de escolha, de expressão.

Numa era em que parece crescer o fascínio por figuras autocráticas e regimes autoritários, devemos sobretudo ter sempre presente esta fundamental conquista do dia 25 de Abril de 1974.

Eu posso escolher livremente quem quero.

Ler o que quero, informar-me com quem quero, dizer o que quero, no fim escolher quem quero que me dirija.

Essas escolhas podem não agradar a todos, pode haver erros de casting, mas a liberdade de escolher estará lá sempre, é uma garantia.

Abril não está completo.

Nunca estará.

Paz, pão, saúde, educação.

Para além da sempre necessária e fundamental liberdade, estes são os bens essenciais a que qualquer cidadão deverá poder aspirar.

E esse é um processo dinâmico, contínuo, alimentado por diferentes ideologias e visões de modelo societário.

Mas sempre, sempre, numa sociedade de homens livres, em democracia, sempre com o povo a ser quem mais ordena dentro da Cidade.