Imunidade de grupo

Em plena era Covid o Sporting Clube de Portugal acaba de dar novo significado ao conceito imunidade de grupo.

O leão foi imune a pressões, imune a um começo titubeante, imune a dúvidas acerca do valor do treinador e do plantel.

Com um balneário blindado graças à forte liderança de Frederico Varandas e Rúben Amorim, os grandes obreiros deste título, o Sporting concentrou toda a atenção na disputa das provas em que estava inserido.

Começou mal, com incertezas, sem grandes nomes ou contratações, mas soube unir as tropas, misto de juventude irreverente com velhos generais, para ir ganhando batalhas e no final a guerra.

Este Sporting Clube de Portugal, comandado superiormente pelo treinador sem diploma que insiste na tarefa de descobrir talentos e dar-lhes oportunidade de brilhar, é um justíssimo campeão.

Sem nunca ser brilhante, espectacular, foi sempre confiante, regular, confiável.

Olho para a equipa e vejo todas as semelhanças com a personalidade e estilo de Rúben Amorim, Frederico Varandas, a forma de jogar de  Palhinha, o centro de gravidade dentro do campo.

Há ali equilíbrio, trabalho, esforço, crença.

Sustentados num balneário coeso, solidário e imune.

O rugido do leão ecoou em tempos de Covid.