Gaiolas douradas e momentos de diversão
Eu tenho um passarinho chamado Artur.
O Artur vive numa gaiola, sempre viveu numa gaiola.
E está tão habituado a isso que mesmo que lhe deixemos a porta da gaiola aberta ele recusa sair.
Medo do desconhecido? Memória do susto que apanhou na única vez que tentou sair?
Mesmo vivendo na gaiola, o Artur precisa de momentos de diversão, de quebrar a rotina.
E ao fim-de-semana eu levo-o para a varanda.
Canta, fica feliz, vem à minha mão.
Quando não é assim ele fica triste, canta menos, acaba a dar bicadas e recusa vir à minha mão.
Fica zangado porque não lhe permitiram ter os seus momentos de felicidade, a sua pequena mas necessária liberdade.
Todos os animais, racionais e irracionais, se assim os podemos dividir, precisam de momentos de liberdade, de quebrar rotinas.
Num momento ou noutro todos somos um bocadinho Artur.
Está mais que na altura de o Executivo de Macau perceber essa realidade.
E deixar os seus cidadãos ter um fim-de-semana à varanda.
Para não corrermos o risco de ficarem tristes e em vez de cantarem e virem à mão, começarem a dar bicadas.
Olá, Pedro, faço esse comentário por dois motivos: 1º , para dizer que achei muito interessante a história do Artur e a vida dele junto à família, impondo a sua personalidade, cantando onde lhe aprouver.
ResponderEliminarEm 2º, para lhe dizer que estou comentando de meu outro espaço, blog Veredas, onde terei o prazer de recebê-lo.
Grande abraço e uma boa semana.
Irei visitar mais logo, Pedro Luso.
EliminarUm abraço
Nenhum animal – racional ou irracional – deve viver em gaiolas sejam elas de que tipo for. Todos eles necessitam, não apenas de alguns momentos de liberdade, mas uma vida de liberdade plena.
ResponderEliminarMas estamos a viver uma época atípica, sem precedente, ainda com algumas incertezas... e lá diz o velho ditado: o seguro morreu de velho.
Mas convém não morrer da cura para evitar a doença, Catarina.
EliminarFinalmente fiquei a conhecer um pouco do seu tão falado Artur! :)
ResponderEliminarVivemos momentos em que estamos livres dentro de uma gaiola.
Estranho modo de vida :(
Beijos
Há que ter a arte e o engenho para deixar arejar um bocado, Manu.
EliminarBeijos
Boa metáfora.
ResponderEliminarHá coisas tão simples, que não se percebe , como não são entendidas...
Bom resto de semana
Fechar tudo e todos, São.
EliminarVai dar asneira.
Cedo ou tarde dá asneira.
Bom resto de semana
Tudo o que seja prisão incomoda. A uns mais que a outros.
ResponderEliminarUma delícia, a história do Artur.
Um alerta perfeito, o que apela ao bom senso de Macau.
Abraço
Tem faltado muito bom senso por aqui, António.
EliminarExageros nunca dão bom resultado...
Abraço
Todos precisamos de um pouco de liberdade!
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Há gente que parece que ainda não percebeu isso, Isa Sá
EliminarMuito bem ao casso ! Ja nos habitusmos tanto a estar na gaiola, que nos da medo voar. A repreçáo fai que nos conformemos com pouco para ser felices. Os ermitans também eram felices com pouco e eu tenho algo disso.
ResponderEliminarGostei dista postagem que encerra uma leção .
Também gostei do seu comentario.
Sabe que eu descubrí a Mike Oldfield em Porto, apos uma semana do 25 de Abril? Foram amigos portugueses quem me mostraram a súa música.
Boa fin de semana fora do balçao, rsrs
Mike Oldfield caiu numa fase mais comercial e não tão atractiva com Meggy Reilly, Beatriz.
EliminarMas ainda hoje se ouve bem.
Grandola Vila Morena e Tubullar Bells sempre os terei adociados a aquila experencia revoluçonaria! Beijo.
ResponderEliminarA minha tia materna era o par de dança do Zeca Afonso nos bailaricos em Coimbra :))
Eliminar:-))
EliminarPor certo, a primeira foto da minha pistagem foi feita naquil día de viaje a Portugal, façendo boleia e ticando a Vila Morena ca flauta, rsrs
ResponderEliminarVamos treinando o Espanhol e o Português um com o outro, Beatriz .
EliminarA Beatriz é fã da Joan Baez?
Sim, gostaba dela na minha primeira juventude, ( estou na segunda, :-))
EliminarSorry about my mistakes!
ResponderEliminarQuais, Beatriz?
EliminarIsso não é para nós.
Sobre tudo as que fazo trocando letras, quando escrevo no celular, nem con òculos vejo bem!!!
EliminarO portugués, pouco a pouco, coa ajuda de ler muito nessa sua/minha lingua
Os chineses chamam a isso lou fa, visão de velhote.
EliminarSofro do mesmo mal há alguns anos :))))
Bom dia
ResponderEliminarAproveitando a liberdade do "Artur " para dar uma bicada.
Acabei por aceitar .
JR
Faz agora três anos que o meu sogro mo ofereceu como prenda de aniversário.
EliminarE faz parte da casa.
Que bom o Artur ter esses momentos de libertação com vista alargada. Quando fui a Macau, quase todos os meus colegas de viagem trouxeram a sua gaiola. Nas lojas eram tantas que era impossível não prenderem o olhar.
ResponderEliminarAbraço e um dia feliz em liberdade.
Gaiolas de bambu que são utilizadas para levar os passarinhos a passear.
EliminarUm amigo faz colecção (ENORME!!!) de comedouros e bebedouros.
Abraço
Subscrevo inteiramente porque todos agimos como o teu Artur.
ResponderEliminarBeijocas e um bom dia
Mas há quem teime em não entender isso, Fatyly.
EliminarBeijocas
Suponho que os pássaros de gaiola não se adaptem à liberdade plena. Deixam-se apanhar, são comidos por gatos e outras desgraças. O seu é um pássaro especial que, está visto, gosta do banhito de ar livre fora da gaiola. As pessoas não são pássaros e têm estratagemas de liberdade, lêem, passeiam, conversam com gente de seus afectos ou apenas com gente simples em livres patamares de entendimento, meditam, tratam dos jardins, festejam um animal doméstico, escrevem....e sei lá que mais.
ResponderEliminarPresumo que o fim-de-semana à varanda seja uma figura de estilo, dado que nos dá conta que aos fins-de-semana aí leva o seu passarito. De todo o modo, se mantêm o confinamento rigoroso, já é tempo do alívio.
Bom dia, Pedro.
Não, bea, mesmo ao fim-de-semana ele não sai da gaiola.
EliminarEu é que chego lá com a mão e ele vem para a minha mão.
Só saiu da gaiola uma vez.
Ficou muito assustado às voltas na sala e voltou disparado para dentro da gaiola imediatamente.
Ao fim-de-semana posso tomar o pequeno-almoço calmamente na minha varanda e levo-o comigo.
Durante a semana está no escritório para evitar acidentes com os nossos dois gatos.
Mas precisa da ida à varanda.
Todos precisamos.
Sou claustrofóbica, fechada nunca!!!
ResponderEliminarPedro, neste texto deliciosamente divertido começas falando docemente do Artur e terminas dando tu uma boa e merecida bicada .
Viva o Artur! Abaixo o Executivo de Macau!
Beijo
O Artur foi a minha prenda de anos faz agora três anos.
EliminarUm pândego, teresa.
Gosta de ouvir música.
E de ter companhia.
Beijo
Conselho sábio esse seu, Pedro! Quem dera que todos entendessem - incluindo o Executivo de Macau - a verdadeira dimensão de que, nem na gaiola mais bela e confortável, se pode viver eternamente...Há que haver sabedoria no equilíbrio da liberdade...Bela metáfora, ainda que seja real o que diz sobre o seu pássaro: o feliz Rei Artur... :)
ResponderEliminarBeijinhos!
Rei Artur foi precisamente o nome que a Catarina inventou para ele, Janita.
EliminarBeijinhos
Uma critica muito bem montada numa historia muito interessante.
ResponderEliminarAbraço e saúde
Abraço e saúde, Elvira
EliminarAcho que os pássaros devem andar livres.
ResponderEliminarDigo o mesmo para a minha gata que, um dia, saiu doa porta de casa e andava perdida a miar pelas escadas.
Em casa, deixo a porta da varanda aberta para ela arejar.
Gostei da comparação.
Beijinhos
Se eu o libertar ele não dura cinco minutos.
EliminarNão se sabe alimentar, não tem autonomia de voo.
Beijinhos
oh this is such a lovely story of your bird dear Pedro !
ResponderEliminari loved it thoroughly!
i totally agree that relationships are like Living things ,Love and care is like oxygen and water to them ,really essential for their life ,warmth of care of loved ones set us free from all cages at once :)
more blessings to you and family!
My bird was a birthday gift, baili.
EliminarThere are also two cats, Oscar and Monica :))
Tive um pássaro em que abria a porta da gaiola e punha-o à janela e ele nunca se foi embora , nunca fugiu e assim viveu longos anos.
ResponderEliminarUm abraço e continuação de uma boa semana amigo Pedro.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
O periquito que o meu pai tinha lá em casa, Francisco.
EliminarAté ao dia que resolveu arejar.
Apareceu morto em casa do vizinho.
Um abraço
Tive um piriquito que era uma meiguice. Carinhoso. Até parecia falar. Um dia, ao dar-lhe de comer, deixei a porta da gaiola aberta. Por azar a janela também estava. Já passaram anos. Nunca mais o vi.
ResponderEliminar.
Cumprimentos poéticos
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
Quando é assim o melhor é deixar a gaiola cá fora com a porta aberta.
EliminarEles têm tendência para voltar.
Não se sabem alimentar, não têm autonomia de voo, acabam por ceder ao instinto de sobrevivência.
Um abraço
Fabulous post
ResponderEliminarThank you
EliminarGostei da publicação :))
ResponderEliminar-
Encantamento das estrelas...
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Beijo e um excelente dia
Beijo, Cidália Ferreira
EliminarOi Pedro. Acho que vivemos ultimamente como o Artur, numa gaiola e doido para voar sem restrições de novo.
ResponderEliminarE nunca mais saímos da gaiola, Luiz Gomes.
EliminarTive um casal de canários que era o meu despertador , na hora de ver as notícias na televisão tinha que mudar a gaiola para a varanda que não deixavam ouvir nada com tanto cantar.
ResponderEliminarUm certo dia o meu filho deixou a porta da gaiola aberta e fugiram , nunca mais os vi, fiquei tão triste que nunca mais tive pássaros , mas tenho saudades.
Continuação de boa semana
Como são pássaros de gaiola, incapazes de procurar comida e com muito pouca autonomia de voo, tornam-se presas fáceis para qualquer predador.
EliminarQue beleza de texto, Pedro, você fez -me lembrar de um passarinho que entrou pela janela de nossa casa e não havia jeito de ir embora, escreverei uma crônica em homenagem ao teu Artur, aliás, que belo nome para aves e outros animais. Comecei a gostar de nome de gente nos animais, dado ao cachorro do Jô Soares que chamava-se Nelson, nunca esqueci do Nelson.
ResponderEliminarGostei das façanhas do Artur.
Beijo, bons dias pela frente!
Os gatinhos lá de casa chamam-se Oscar e Monica.
EliminarSão nomes bilingues, funcionam em Português e Inglês.
Beijo
Pedro, é facto que não podemos estar engaiolados, mas a "abertura" da "gaiola" tem que ser feita com cuidado, e já tivemos a prova de que se não for assim as coisas podem complicar-se. A escolha é penosa, mas tem que ser consciente, logo, ajuntamentos NÃO, andar sem máscara, NÃO, não manter as distâncias também não é aconselhável. Se todos fizermos isto, o Artur que somos todos nós poderá voar livremente a curto prazo, e sem nescessidade de haver bicadas. :)
ResponderEliminarAbraço amigo, Família.w
Quando se abre a gaiola com descuido ou depressa demais o passarinho não volta mais, GL.
EliminarOu muito raramente volta.
É pura sorte, roleta russa.
Abraço amigo