O passaporte de vacinação poderá distorcer a concorrência

O Mundo enfrenta uma nova fase no combate à pandemia causada pelo Covid-19.

Agora a fase da vacinação.

Que se quer global, inclusiva, mais atenta à vertente sanitária que à vertente comercial.

O negócio das vacinas que poderão combater o Covid-19 é um daqueles negócios de lucro garantido.

Mais a mais se, como se prevê, as vacinas tiverem que ser tomadas com uma certa periodicidade e forem indispensáveis à mobilidade das pessoas no futuro.

E é aqui que se levantam várias questões.

A maior das quais o reconhecimento a nível dos Estados das várias vacinas disponíveis no mercado.

No futuro, a inoculação com todas as vacinas dará acesso a todos os países?

Parece não ser assim e parece que as vacinas poderão ser utilizadas como meio para distorcer o mercado, a concorrência.

Será aqui necessária a intervenção regulatória de entidades supranacionais, desde logo a Organização Mundial de Saúde, para evitar que as vacinas sejam uma nova barreira comercial.

E que a mobilidade das pessoas se veja cerceada pela obrigatoriedade de estar inoculado com determinada vacina para ter acesso a determinado espaço.

Uma possibilidade injusta e potencialmente perigosa para a saúde e liberdade das pessoas.