Rastrear é preciso
Li com atenção a entrevista que Germano de Sousa concedeu ao jornal Público.
Médico patologista com larga experiência profissional, Germano de Sousa reafirma o que ao leigo se figura como óbvio – rastrear é preciso.
O acento tónico no combate à pandemia tem sido colocado demasiadamente no lado da testagem.
Os testes em massa são absolutamente fundamentais.
Mas não são o suficiente, longe disso.
Porque se se testa e não se acompanha os contactos próximos dos infectados a pandemia continua a alastrar.
Os números em Portugal são devastadores e assustadores.
Mas também incompreensíveis.
Porque se o aumento no número de óbitos era expectável (dos muitos doentes internados infelizmente alguns não sobreviverão), já o aumento no número de infecções, para além de brutal, é dificilmente compreensível e aceitável.
Numa população confinada, o número de novas infecções deveria estar a diminuir drasticamente.
A menos que o confinamento não seja respeitado…
Mas também não basta confinar.
Qualquer caso positivo tem que fazer disparar os alarmes, ser isolado, os seus contactos próximos rastreados e isolados, sujeitos a quarentenas.
É essa a experiência e a lição de quem melhor tem combatido a pandemia.
Uma fórmula que exige um esforço conjunto e contínuo de entidades públicas e cidadãos que parece estar ausente por estes dias em Portugal.
As medidas que Macau tem tomado desde o início estão a resultar bem afinal.
ResponderEliminarDraconianas mas com inegáveis excelentes resultados, Catarina.
EliminarE a colaboração de todos.
Bom dia
ResponderEliminarCom todo o respeito por todas as opiniões , acho que ainda ninguem sabe ao certo como combater esta peste que assolou todo o mundo , e nem sequer como ela surgiu na verdade.
JR
Até haver vacinas o segredo é testar, rastrear e isolar, Joaquim Rosario.
EliminarFoi isso que fizeram Macau, Taiwan, Japão, Coreia, a China antes de todso.
Mas isolar mesmo.
Não é a excepção, tem que ser a regra.
Concordo com Germano de Sousa e o que tem falhado em Portugal é apenas e tão só a falta de TUDO por parte da população que não respeita e sobretudo quando está infectado.
ResponderEliminarDou-te um exemplo: aqui na minha rua temos 4 casas de chineses e uma cabeleireira que estão fechados. Um dos chineses pôr uma campainha na porta com o número do telemóvel e volta e meia vende algumas coisas à revelia do que é recomendado. Houve três denuncias e a polícia andou aqui no domingo e passa de carro de vez em quando.
Bem os avisaram e julgas que cumpriram? A meu ver a culpa é dos clientes porque se cumprissem as regras eles não fariam negócio e seria outra coisa. Encerrados e nada ventilado entram compram e depois a culpa é do governo.
Se este chinês que é um rapaz bem novo casado e com uma filha de 5/6 anitos faria o que faz se estivesse no seu país?
Nunca entrei na cabeleireira mas no chinês sim, mas confinados jamais faria o que se vê fazer.
Não podemos ter polícias atrás de cada um... mas é por estas e por outras que Lisboa e Vale do Tejo está como está.
Enfim é que temos e vai lá tu dizer o quer que seja que terás uma resposta...
Beijocas e um bom dia
Se fizesse isso na China (nem lhe passava pela cabeça fazer!!!) estava bem lixado.
EliminarMulta, cadeia e quarentena para ele e família por um bom tempo.
De nada vale haver regras se não são cumpridas, se não há civismo nem sanção.
Beijocas
Aqui, na minha parvónia, cada vez há mais infectados (inclusivé família) e não me consta que tomem quaisquer medidas. Mandam-nos para casa e que tomem paracetamol.
ResponderEliminarCasa?
EliminarIsolamento, testagem regular, desinfeção.
Aqui agora são 21 dias.
Depois de estarem curados!!!
Confinamento? Aqui na minha rua é raro o dia em que não há aqui gritos, gargalhadas e vozes altas na minha rua , depois das 11 horas da noite.
ResponderEliminarAbraço e saúde
Esse é o problema, Elvira.
EliminarIsso não é confinamento.
Vejam a população de Wuhan.
Ficaram TODOS em casa.
E havia grupos de voluntários para entregar comida e medicamentos às pessoas.
São milhões de pessoas!!!
Com já uma vez aqui escrevi, tem havido falhas ( e algumas totalmente escusadas) por parte do Governo, porém com os comportamentos que se vêm a público e com o que qualquer pessoas pode ver quando vai à janela...não existem medidas, nem Governo, nem SNS que consigam levar a melhor.
ResponderEliminarO comportamento no primeiro confinamento foi exemplar, mas neste é uma desgraça :(
Se não há civismo nem sanções dissuasoras as regras são letra morta, papel estragado como dizem os chineses
EliminarNão sei como é noutros lugares; por aqui há silêncio atroador cortado de quando em vez por um rodado. Mas, segundo creio, há acompanhamento médico dos infectados; eles, como os familiares próximos, são sujeitos a quarentena. Se a cumprem ou não...
ResponderEliminarAs quarentenas, não podendo ser todas realizadas no mesmo local, ou numa meia dúzia, e rigorosamente vigiadas, dificilmente resultam.
EliminarAs falhas têm sido muitas em Portugal. O governo deixou andar e agora estamos nesta situação dramática e assustadora.
ResponderEliminarOs cidadãos também não se estão a portar bem, Isa Sá
EliminarEu sei o que nós podemos fazer; é cumprir o confinamento e as regras da GDS.
ResponderEliminarOs portugueses inventam trinta por uma linha, para culpar a DGS e o governo. Hoje, com este confinamento, propositadamente e, para criar confusão e politiquice barata, circulam frases das entidades de quando ainda não se sabia como agir perante este vírus.
É inadmissível quando sabemos que as medidas aos dias de hoje, estão mais do que explicadas e certas "perante o que sabemos da carga viral" do vírus e das novas estirpes (ainda pouco) a ele associado.
Viver na cidade em tempo de pandemia é muito mais doloroso do que na aldeia que tem quintais e espaço verde ao sair da soleira da porta.
Depois do trabalho , ainda existem jovens casais (e os mais velhos já reformados) que continuam a trabalhar os quintais, vizinhos que trocam hortaliças. Andam de máscara nas ruas, mesmo sem ninguém, andam de motorizada e de bicicleta de máscara no rosto...
O que eu vejo muitas vezes, é a máscara mal ajustada nos rostos das pessoas da aldeia e da cidade.
Na cidade é estar preso em casa.
EliminarFomos os primeiros a passar por isso.
Mas cumprimos rigorosamente.
Penso que tão eficaz quanto os meios práticos, ao alcance de todos, de modo a assegurar a saúde do ambiente, como os 3 R's, seria justamente a prática dos 3 R's que travariam o avanço desta pandemia:
ResponderEliminarRastrear - Reeestruturar (as medidas a tomar com os infectados) - Reestabelecer - a prática de evitar novos contágios. Como? Pois...usando de rigidez na educação cívica, talvez, e no aumento de meios sanitários.
O Pedro desculpe, se só disse asneiras, mas todos nos sentimos perdidos no mato e sem cachorro...
Beijinhos.
Esse é o caminho, Janita.
EliminarRastrear, testar, isolar.
Esse foi o segredo aqui, em Taiwan, na Coreia, no Japão...
Beijinhos
não sei se viram o médico que explicou que cuidaram de vigiar os lares onde existem cerca de 70.000 idosos com + 80 anos
ResponderEliminarmas fora dos lares existem cerca de 600.000 idosos com +80 anos que vivem nas suas casas, vilas, aldeias, campos, e esses foram altamente infetados durante a época natalícia pelas pessoas que foram das cidades, pelos familiares que os foram buscar ou visitar, e por todas as visitas da tradição natalícia, e com as suas poucas defesas, muitos desses idosos foram encher os hospitais sendo muito difícil dá-los como curados quando isso acontece
assim aldeias e vilas do interior que não tinham casos ou muito raros, ficaram com números altíssimos e contágios fora de controlo
Os meus pais estão no meio dessa tempestade, Angela
EliminarA salvo, mas no meio da tormenta.
Apontar as culpas ao governo ou à população é, muito, fácil. Fazer melhor é, mais, dificil. A comunicação social é um veículo que circula a alta velocidade espalhando confusão.
ResponderEliminarAgora muito se fala da vacinação indevida. Eu até gostava de poder acreditar na sinceridade dos políticos que vão à televisão dizer. Eu recuso ser vacinado, porquanto há pessoas com preoridade. Se calhar o médico amigo, enfermeiro ou até um familiar à socapa entrou pela porta do "cavalo" e já os vacinou. Sem provas não posso confirmar. Mas também ninguém me impede de suspeitar.
acaontinuação de boa semana caro amigo Pedro. Um abraço.
Macau vai seguir uma prática que já existe noutros países e regiões e vai oferecer um seguro aos cidadãos que forem vacinados e que venham a sofrer efeitos secundários da vacina.
EliminarA ideia é vacinar o máximo número de pessoas possível.
Obviamente com critérios de prioridade.
Aquele abraço
Por aqui o mal é não rastrear. Quanto ao confinamento ele tem sido respeitado e encontra-se polícia em muitos lados e somos obrigados a dizer onde fomos. Se eu for ao supermercado e me mandarem parar, tenho que mostrar a factura.
ResponderEliminarSei também que há muitos almoços entre amigos e soube que um deles hoje estava infectado.
Se vou a casa do meu filho, colocam-me bem no fundo da mesa.
Eu por aqui estou quase sempre em casa, todos os cuidados são poucos.
Beijos Pedro
Os polícias terão que estar também entre os primeiros a ser vacinados, Manu.
EliminarEsses não podem ficar em casa.
Beijos
Realmente. Rastrear é preciso para encontrarmos um solução.
ResponderEliminarBoa semana,
https://itslizzie.space/
Sobretudo para isolar os infectados e os contactos mais próximos, Lizzie
EliminarA eterna mania de 'passar a bola para o outro lado'. Nunca é nada connosco, os outros sim têm obrigação.
ResponderEliminarGermano de Sousa tem todas as razões para sugerir mais testes. Ou não seja ele o dono de uma empresa que lucra milhares (milhões?) com eles.
Um abraço
Eu sei que sim, António.
EliminarMas lá que tem razão, lá isso tem.
As empresas produtoras de vacinas vão lucrar biliões e não é por isso que não vamos ser vacinados.
Aquele abraço
Todo o cuidado é pouco, dizemos todos. Mas muitos estão-se nas tintas. Depois as coisas acontecem!
ResponderEliminarConcordo, rastrear é preciso. Mas tem de ser a povo ordeiro!
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Que a tempestade passe, o sol volte a brilhar
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Beijo e um dia feliz
Esforço conjunto, Cidália.
EliminarSó assim resulta.
Beijo
É verdade que há muito incumprimento por parte das pessoas.
ResponderEliminarTambém é verdade que o governo tem muita culpa. Até ao fecho das escolas, teimavam em dizer que o nível de contágio nas mesmas, era muito baixo.
Os transportes públicos nas grandes cidades abarrotavam de gente e em vez de colocarem mais meios ao serviço da população que tem que trabalhar e levar os filhos à escola, cortaram no número de transportes.
Assim, nunca mais daqui saímos...
A gestão da pandemia foi e continua a ser um desastre, Magui.
EliminarO governo foi incompetente, não há como esconder.
O povo está cansado. Descrente. A liderança vacila, desgastada e frágil. E a quebra da regra surge como escape.
ResponderEliminarNão estou a justificar. Apenas a tentar perceber.
O lema "Fica em casa" não está a ser integrado como na primeira vaga.
Liderança vacila.
EliminarEsse é um grande problema.
Há que ser confiante e determinado para transmitir confiança.
E o que se tem visto é precisamente o oposto.
Portugal está miseravelmente mal. Mortes, contagiados, irresponsabilidade de muitas pessoas. Enfim. Se Macau está bem, ofereço-lhe os meus parabéns
ResponderEliminarCumprimentos
Mas eu quero Portugal bem, Ryk@ardo.
EliminarEstá aí a família, os amigos, eu quero ir aí.
Portugal vinha tão bem, não é Pedro?
ResponderEliminarAliás, todo o mundo vinha melhorando
a cada dia, mas de repente vieram as tais
ondas para nos deixar à deriva.
Aqui também não vamos lá muito bem,
mesmo que a maioria faça o que pedem,
nós, os outros, continuamos reféns dessa
minoria.
Portugal começou bem, neste momento está um caos, silvioafonso.
EliminarDeixa os nervos em franja.
this is good that by the cooperation of countrymen your country is fighting back with virus successfully dear Pedro
ResponderEliminarhere despite of the threat and deaths in some areas everything has opened finally ,which feels good but danger is still there ,all we can do is to play our part in this to stay safe and to keep other safe too
The fight can only result if it's a joint effort, baili
EliminarO Pedro Coimbra está a ver isto pelo prisma errado. De acordo com as estatísticas da Direcção-Geral da Saúde, 88,4% dos que morreram tinham mais de 70 anos e 97,0% dos que morreram tinham mais de 60 anos! Isto agora pode parecer uma grande tragédia, mas pense só nas reformas que os futuros (des)governos do PS e do PSD não vão ter de pagar! Eles em frente às câmaras lamentam, mas em privado devem esfregar as mãos de contentes!
ResponderEliminarMas os contágios não escolhem idades.
EliminarE estão a espalhar-se cada vez mais a camadas mais jovens da população.
É vergonhoso o comportamento de alguns portugueses.
ResponderEliminarGozam com tudo e todos. Qual cansaço de confinamento, qual quê. É estupidez e desrespeito pelo próximo.
E agora o que se passa com o desvio de vacinas é surreal.
O governo anda tão atarantado que mete dó.
Enfim, aguardemos.
Beijo
Assisto ao longe com o coração apertado, teresa.
EliminarE ralhando com os meus pais.
Hoje será assim outra vez.
Beijo