Sinais contraditórios

 


Não consigo perceber a política da Direcção Geral de Saúde de Portugal no combate à pandemia provocada pelo Covid-19.
Parece tudo feito aos repelões, sem um fio condutor que seja facilmente inteligível e consequentemente facilmente aceite e seguido pelos cidadãos.
Ouvir a Directora Geral falar em combate colectivo, responsabilidade social, depois de um fim-de-semana em que milhares de pessoas se juntaram para assistir ao Grande Prémio de Portugal não faz sentido nenhum, soa a hipocrisia.
Num momento como o que todos vivemos o pior que se pode fazer é enviar sinais públicos contraditórios.
A Direcção Geral de Saúde não foi ouvida acerca da realização do Grande Prémio de Portugal?
Ou foi, e não foram seguidas as suas orientações, ou, se deu orientações que permitiram aquela concentração de pessoas, a irresponsabilidade é muitíssimo grave e incompreensível.
Nem quero colocar a hipótese de não ter sido tida nem achada neste processo…
Como seria de esperar, os protestos fizeram ouvir-se imediatamente, o apelo à excepção foi comum, o ruído tomou conta do que devia ser paz e sossego.
De uma vez por todas é preciso agir com firmeza, sem excepções, sem espaço para dúvidas, sem hesitações.
Sobretudo quando os números de infectados teimam em crescer e a época é considerada de alto risco por toda a comunidade científica.

 

Comentários

  1. Ninguém entende amigo. E há os campos de futebol vazio porque segundo eles os adeptos são muito exuberantes nas manifestações de regozijo , e podem em caso de golo misturar-se.
    Abraço e saúde.
    À margem :
    Os meus parabéns pelo recente aniversário de casamento. Longos e felizes anos a dois.

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    1. Não dá mesmo para entender.
      Quando se começa a falar em excepções é uma chatice.
      Vinte e três anos de casados, vinte e quatro de vida em comum.
      O meu tesouro, a minha família é o meu tesouro.

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  2. Deves ter lido o meu comentário que deixei no blogue VIDAS do nosso amigo António.
    A DGS para além de ter cortado bastante o número pedido pela a organização do evento, reuniu-se várias vezes e deu as diretrizes de saúde pública para dentro e fora do Autódromo. Quem esteve mal e bem mal foi uma grande parte dos que foram assistir que obrigaram uma vez mais uma intervenção musculada das forças de segurança.

    Um aglomerado de pessoas têm comportamentos diferentes conforme certos eventos e todos sabemos quais são. Num dos jogos de futebol houve adeptos poucos e mesmo assim três marmanjos foram levados para fora do estádio. Num teatro, cinema, restaurantes etc. há comportamentos distintos.

    Voltando à Fórmula1 os culpados deveriam ser chamados (há imensas fotos) a pagarem uma multa revertendo para o SNS.

    Não queria estar na pele de quem tudo faz para enfrentarmos esta pandemia e em vez de cumprir ainda atiram pedras a quem não merece.

    Fui ao Modelo fazer as compras do mês e coitado do vigilante que foi cercado por dois casais octogenários que teimavam em não pôr a máscara também no nariz. Meti-me educadamente e o certo é que o fizeram.

    Esta é a minha análise e sem entrar em paranoias culpo o público em geral que não cumpre o que para BEM DE TODOS nos dizem.

    Irei estar atenta aos adeptos do FCP julgo que no jogo de hoje que fora do estádio é o que se sabe.

    Beijos e um bom dia

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    1. Sou radical nestas coisas, Fatyly - não há excepções!!!
      Até podermos debelar a epidemia não há excepções.
      Para não dar trampa.
      Beijos

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  3. E no futebol é que é perigoso amigo Pedro, há coisas que não se percebem.
    Um abraço e boa semana.

    Andarilhar
    Dedais de Francisco e Idalisa
    O prazer dos livros


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    1. Juntar pessoas nestas circunstâncias é sempre perigoso, Francisco.
      Seja onde for, em que circunstâncias for.
      Aquele abraço

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  4. Não há bom senso... nem de quem governa nem de quem é governado.

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  5. Parece-me estúpida tal atitude. E sopas de pois de almoço caem mal. Não há explicação que explique. A atitude do governo português tem sido a de uma no cravo e outra na ferradura. Um bocadinho como a paródia de Ricardo Araújo Pereira sobre a teoria de Marcelo Rebelo de Sousa na questão do aborto. Com a agravante do caso ter consequências imediatas, muito mais sérias, que envolvem mais gente e são péssimo exemplo para o país acerca de quem nos manda.

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    1. Nestas situações há que dar sinais muito concretos e nada dúbios.
      E saber recebê-los e segui-los.

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  6. Hola pedro!!
    Siendo las autoridades; si quieren cuidar realmente a las personas; deben tomar medidas responsables y actuar con coherencia.
    Espero que todo mejore en tu pais!
    Saludos!!

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    1. Em Macau não há casos de COVID-19, Gra.
      Há já largos meses.
      Mas as medidas de prevenção continuam todas a ser seguidas religiosamente.

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  7. É de lamentar a forma como as autoridades estão a gerir esta pandemia. Isto está a ficar muito perigoso.
    Isabel Sá  
    Brilhos da Moda

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  8. Concordo com tudo o que aqui está escrito, Pedro.
    Já fiz eco do desagrado, lá no meu sítio, mas parece que não fui bem recebido por algumas pessoas.
    Um abraço

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    1. Sabe quem me merece mais solidariedade, António?
      Médicos, enfermeiros, bombeiros, esses que todos os dias têm que arriscar as vidas deles e das famílias para socorrer irresponsáveis.
      Porra que até o egoísmo tem que ter limites!
      Aquele abraço

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  9. Bom dia
    Não é dificil de entender que houve interesses politicos e financeiros para que tal acontecesse .

    JR

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    1. Quando está em causa a saúde não se pode pensar em economia e política.

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  10. Há um desnorte total sobre este assunto.
    Agora dizem que vão analisar o que realmente se passou.
    Enfim, em Portimão e em todo o país há abusos, excessos de zelo nalguns lugares e noutros é tudo à "vontadinha"
    Beijos Pedro

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    1. Lembro o Chefe do Executivo aqui - não vos estou a dar férias, quero-vos em casa!
      Mais directo que isto é impossível.
      Excepções?
      Ir ao supermercado buscar comida.
      Beijos

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  11. Alguém entende??

    E, já agora, onde estão os veementes críticos da festa do "Avante"?!

    O futebol não tem público, mas a Fórmula 1 é diferente, porquê? Como é possível bilhetes a mais de quinhentos euros num país em dificuldade e à beira de uma tragédia social tremenda??

    Muito triste, muito furisoa com toda esta linha de actuação.


    Boa semana

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    1. Avante, Fátima, automobilismo, bola.
      Chega de excepções.
      Que tal esperar por uma vacina para retomar a vida normal?
      É o que estamos a fazer aqui desde Fevereiro.
      E tem corrido bem.
      Boa semana

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  12. Puro interesse económico, que está em primeiro lugar que as pessoas.

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    1. Lá volto eu ao Chefe do Executivo de Macau - a saúde em primeiro lugar.
      E ele é o primeiro a dar o exemplo.
      Desde o início da pandemia raramente apareceu em público.

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  13. Eu penso que a culpa daquela desorganização, foi de todos aqueles que não souberam ou não quiseram respeitar as regras do distanciamento. As pessoas cultas não precisam de andarem com elas pela mão, indicando os lugares onde se deviam sentar. Porque os lugares onde não se deviam sentar sentariam sinalizados?

    Continuação de boa semana. Um abraço.

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    1. Mas alguém de bom senso acredita que numa circunstância daquelas as pessoas TODAS vão seguir as regras?
      Santa ingenuidade, amigo Eduardo.
      Aquele abraço

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  14. Ah ah ah O Pedro Coimbra já vive há tantos anos em Macau que se esqueceu da linha-mestra da (des)governação 'tuga': as regras e os sacrifícios são só para os pequeninos e impotentes! As grandes festarolas que dão de comer aos compadres dos (des)governantes nunca podem parar! O portuguesito médio, se for apanhado sem máscara na rua, vai levar uma grande multa, que é para aprender o seu lugar! Mas, como já tínhamos visto aquando da Festa do Avante!, os donos disto tudo podem fazer praticamente tudo o que bem lhes apetecer, nunca lhes acontece nada!

    E depois ainda ficam muito admirados por haver tanto ‘populismo’ e ‘falta de respeito‘. Gozam com a cara das pessoas à força toda, mas esperam que fiquemos caladinhos e resignados…

    25 de Abril, sempre, hã! Fascismo, nunca mais!!!

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    1. Mas olhe que também há cagadas aqui em Macau, Afonso de Portugal.
      Andamos todos de máscara há longos meses mas vão realizar-se o Grande Prémio (uma versão MUITO diminuta e MUITO cara) e o festival de gastronomia.
      O vírus não frequenta os dois???
      Essa coisa de uns mais iguais que os outros definitivamente não entra comigo.

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  15. É uma irresponsabilidade e ao mesmo tempo uma enorme falta de respeito! Bjinho

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    1. Hipocrisia e desrespeito.
      É isso mesmo, Daniela Silva.
      Beijinho

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  16. Também penso que as pessoas que não respeitam devem ser responsabilizadas
    porque não falta informação, tudo explicado a toda a hora, folhetos por toda a parte, toda a gente sabe que se não respeitar o porte da máscara e o distanciamento
    põe em perigo as pessoas mais frágeis, acarreta custos enormes para o país,
    põe em perigo os profissionais de saúde que estão na linha da frente a lidar com os
    doentes e que também têm família,
    põe em perigo o número de profissionais de saúde disponíveis nos hospitais quando os obriga a ficar em quarentena,
    põe em perigo a saúde de tanta gente...
    portanto se as pessoas têm oportunidade de assistir a um espetáculo, já é um privilégio muito grande em tempo de pandemia, e mais um motivo para se portarem como cidadãos responsáveis e com maturidade suficiente
    pelo que as pessoas que não cumprem deveriam ser chamados à atenção
    e pagar ( adequadamente) pela sua irresponsabilidade danosa para não dizer
    criminosa

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    1. Claro que a responsabilidade individual é fundamental, Angela.
      Mas o sinal e o exemplo têm que vir de cima.
      Até dá mais legitimidade a quem sanciona quando é assim.

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  17. Não tenho base suficiente para me pronunciar sobre o assunto. Sei o que leio nos blogues sobre esse evento e sei de uma amiga de Portugal (na área da saúde) que me diz o contrário, nas boas regras/normas concebidas e implementadas.
    Fico sem saber quem tem razão.

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    1. Eu não inventei aquela imagem, Catarina...
      Regras existiam.
      Mas só quem é ingénuo podia pensar que iam ser todas cumpridas.

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  18. No geral sinto-me muito desapontada com o que é a realidade e os duplos critérios não só em Portugal, como em grande parte da Europa. Apetece-me chorar de frustração. Esta pandemia não vai embora se todos não colaborarem juntos e as medidas não forem exemplares e rigorosas. Uma europa... à deriva no mar do Covid.

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    1. E com a minha filha virtualmente trancada em casa em Londres por causa disso.

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  19. Não é fácil conseguir um equilíbrio entre cuidar da saúde e manter a economia a funcionar. E a culpa do que corre mal não é só deste ou daquele. Provavelmente todos têm alguma culpa: DGS, organização do evento, público...

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    1. A DGS tem que dar critérios claros, luisa.
      E, sobretudo, tem que dar o exemplo.

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  20. Completamente de acordo, Pedro.
    Foi um método muito incompetente e inconsequente de salvar
    a economia, com os comunistas a deitarem lenha na fogueira,
    negando a existência de uma pandemia... (!!!??🙄)
    Bom dia! Beijinhos
    ~~~~

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    1. Salva-se a economia e matam-se uns quantos?
      Não é essa a teoria do Trump??
      Beijinhos

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  21. Olá, Pedro, mas aqui também está assim, muitos irresponsáveis com olho na economia e politicagem e negando uma pandemia que está matando muito, mas tenho ficado indignada com pessoas próximas que acham que a coisa não é bem assim. Já estou nem falando mais para não discutir, pois isso não tem solução. As pessoas assim não mudam!
    Beijo, uma boa semana!

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    1. Nem perante milhões de infectados e mortos mudam de opinião.
      Quando se é mais fiel a uma ideologia que à ciência, às provas, não há remédio.
      Beijo

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  22. Não entendes tu, nem entendo eu.
    Pressão económica. Só pode!
    Vergonhoso!
    Bjs

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