Os dois mais frustrantes empregos da actualidade

Detesto ter pena de alguém, fico sempre com a sensação que quem diz isso sofre de um sentimento de superioridade em relação ao seu semelhante, não de solidariedade.

Dito isto, tenho que confessar pena de duas pessoas – Anthony Stephen Fauci e Luiz Henrique Mandetta.

O primeiro, director do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas nos Estados Unidos; o segundo, Ministro da Saúde no Brasil.

Ambos médicos, com profundos conhecimentos técnicos e experiência profissional, terão ingenuamente pensado ter alcançado o topo das respectivas carreiras.

Afinal tinham a aguardá-los o maior de todos os testes, a maior de todas as provações.

Não bastasse o terem que estar na primeira linha de combate à terrível pandemia que assola todo o Mundo, debaixo do escrutínio público diariamente, têm ainda que lidar com dois líderes que não só não os auxiliam como não param de lhes colocar minas num caminho já muito minado.

O que pareciam cargos apetecíveis, consagração de carreiras, afinal revelam-se os dois mais frustrantes empregos da actualidade.

Tenho pena de Fauci e Mandetta.