Pontos nos is

Não sei ficar calado e quieto face a injustiças.

Tenho lido e ouvido, vindos de muitos quadrantes, comentários perfeitamente desajustados, do meu ponto de vista, acerca do que se passa em Hong Kong.

Atacar a actuação das forças de segurança em Hong Kong, e até uma hipotética interferência do Governo Central, representa uma visão unilateral e enviesada que não consigo aceitar.

As forças de segurança em Hong estão há mais de dois meses apertadas por um torniquete que não sei como suportam.

Agredidos por alguns manifestantes que não passam de selvagens, obrigados a cumprir ordens e a sua missão, afectados pelos mesmos problemas económicos e sociais que estão na origem dos distúrbios em Hong Kong, os agentes das forças de segurança têm sido dos mais atormentados pelo caos que é o dia-a-dia naquela Região Administrativa Especial.

Há elementos violentos e excessos entre os agentes?

Claro que sim.

Mas são a excepção, não são a regra.

E muitos estão já a ser responsabilizados pelos seus actos.

Interferência do Governo Central?

É bem possível.

Mas será possível imaginar o que está a acontecer em Hong Kong noutro qualquer local?

Uma cidade a viver em constante turbulência, insegurança, ingovernável, há mais de dois meses?!

Os protestos em Hong Kong começaram muito bem, com muito boa intenção e ideias, perderam todo o sentido quando descambaram para a violência e a selvajaria.

Intoleráveis em qualquer sociedade civilizada.