Diálogo impossível


Muito se tem dito e escrito acerca do que se passa em Hong Kong.
Muitos têm sido também os diagnósticos e as possibilidades de terapia que conduza à cura.
Todos estarão destinados ao fracasso enquanto se mantiver a profunda desconfiança mútua que facilmente se detecta no relacionamento sempre muito complicado entre Pequim e Hong Kong.
Pequim não sabe lidar com a rebeldia de Hong Kong, com as pretensões políticas da sociedade de Hong Kong.
E também não parece conseguir ter mão na oligarquia económica que domina a Região Administrativa Especial.
Um cocktail perfeito para uma revolta social que inevitavelmente teria que acontecer.
Sobretudo quando Hong Kong olha cada vez mais com profunda desconfiança para tudo o que vem de Pequim.
Neste ambiente nem um diálogo de surdos é possível.
Neste ambiente, com este ambiente, mantém-se o diálogo impossível e ninguém consegue prever como e quando se poderá desatar este verdadeiro nó górdio.

Comentários

  1. As imagens que passam deixam-me sem palavras.

    Beijocas

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    1. Estou a ficar muito apreensivo, Fatyly.
      Temo que estejamos a chegar ao ponto de não retorno.
      Beijocas

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  2. As coisas não estão nada bem. Ontem, as forças de segurança usaram da força e mostraram o que é viver num regime que de democracia ... nem o cheiro.
    Tem razão o Pedro ao mostrar-se apreensivo.
    Abraço

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    1. Excessos dos dois lados, António.
      Ontem alguns manifestantes agrediram e sequestraram pessoas que não tinham nada a ver com aquilo.
      Um deles jornalista.
      Aquele abraço

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  3. Todos os dias têm passado imagens sobre os desacatos em Hong kong.
    As coisas estão muito feias.
    Esperemos que em breve tudo se resolva.

    Beijos Pedro

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    1. Qual seja essa resolução é que é a grande questão, Manu.
      Beijos

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  4. Com as posições assim extremadas a solução nunca será encontrada e receio bem que a "paciência dos chineses" esteja no limite. Depois será a força bruta a ditar a lei.
    Akele abraço pah!

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    1. É o grande receio, Kok.
      E a brutalidade do regime chinês assusta.
      Aquele abraço

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  5. i just checked it on Wikipedia after reading this post dear Pedro

    situation seems really serious

    my best wishes for both countries

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  6. O caso tomou proporções imprevistas, mas, apesar de tudo, ainda não houve mortes. Como é que Pequim harmoniza e situação de Hong-Kong com a sua política interna? O exemplo da rebeldia presente poderá ser o rastilho que irá incendiar um país inteiro?
    Abraço.

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    1. Não, o país inteiro não incendeia.
      Mas o princípio um país, dois sistemas, e a aproximação a Taiwan estão cada vez mais longe.
      Aquele abraço

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  7. Esses dias eu estava no Twitter e vi diversos vídeos sobre que está acontecendo por lá e fiquei profundamente triste. É lamentável. Espero que isso se resolva logo e que as pessoas fiquem em paz pois há muitos inocentes que sofrem por isso :/

    https://itslizzie.space/

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    1. Está a afectar toda a gente.
      Directa ou indirectamente são todos afectados, Lizzie.

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  8. Tenho visto as imagens na TV, é assustador, assim como o é pensar como vai ser a resolução.

    Beijinho Pedro

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    1. Qual vai ser a resolução, Adélia.
      Talvez seja mais fácil adivinhar o Euromilhões.
      Beijinho

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  9. Duas realidades tão distintas, praticamente incompatíveis, como a de Hong Kong pré integração na Republica Popular da China e esta última pior si só; era mais ou menos de prever que tarde ou cedo algo do equivalente ao que se está a passar se passaria de facto. A resolução, entre múltiplas hipóteses minimamente imagináveis, na realidade não se pode antever de facto, só se pode esperar e desejar que não seja algo muito dramático!
    Abraço
    VB

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    1. Virtualmente impossível prever, Victor Barão.
      Aquele abraço

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  10. Enquanto me punha a par do andamento da greve dos camionistas de matérias perigosas, ouvi e vi, assim um pouco de raspão, um alto representante, não sei de que lado, dizer em conferência de Imprensa, que as divergências entre Macau e Hong-Kong iriam ser resolvidas entre eles, e que não admitiriam interferências exteriores.
    Pelo tom de voz, algo ameaçador, a coisa parece que é feia mesmo.

    Com a sua Catarina a estudar em Hong-Kong, o Pedro deve andar super preocupado. :(

    Beijinhos.

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    1. A Catarina é esperta e mantém-se longe da confusão, Janita.
      Mas confesso que não durmo muito tranquilo...
      Beijinhos

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  11. Oi Pedro! Passando para lhe desejar uma boa noite.

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  12. Amigo, são duas culturas. Mesmo que miscigenadas, são culturas orientais e ocidentais onde o ocidente preponderava... Antevejo que pela força querem impor o oriente. E irão impor pela força... Se a moda pega... Macau que se cuide! Abraço! Laerte.

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    1. Macau é o bem comportado, Laerte.
      Quem dera a Pequim que todos se comportassem como Macau!
      Aquele abraço

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  13. "um diálogo de surdos" - boa caricatura e adequada à situação.

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  14. Estou a ver uma reportagem, transmitida a partir de Hong Kong, da manifestação de professores, que se juntam outras de estudantes.

    Um mar de gente, e a ângústia de não sabermos como vai acabar um conflito sem fim à vista.

    A Catarina não está em Hong Kong? Um susto, Deus a guarde!:(

    Beijinho, Família.

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