Vamos imaginar...
Vamos imaginar que, um dia, um grande líder de uma grande potência mundial, procurando reunificar essa potência com algumas parcelas há muito afastadas, criava uma teoria político-administrativa completamente nova.
Vamos imaginar que essa reunificação existia, pelo menos com algumas das parcelas, e da teoria se passava à prática já depois da morte de quem a imaginou.
Vamos imaginar que essa prática se revelava um sucesso durante vários anos.
Vamos imaginar que a conjugação de dois factores primordiais – garotos mal comportados e um regime mais musculado – começava a influir negativamente no que até então era visto como um exemplo da tão ansiada harmonia.
Vamos imaginar que a teoria político-administrativa começava até a ser ameaçada por quem tinha o dever primordial de a proteger.
Vamos imaginar, por exemplo, que, contrariando o disposto na lei, uma sentença desrespeitava o uso das línguas oficiais e só era apresentada às partes litigantes e seus advogados numa das línguas oficiais.
Vamos imaginar que nem todos dominavam a língua oficial na qual fora lavrada, em dezenas de páginas, uma sentença fundamental para o presente e futuro da concretização da tal teoria político-administrativa única.
Vamos imaginar que, com esse comportamento, a Justiça, o exercício do contraditório e do direito de recurso, reconhecidos nas leis fundamentais e nos pactos internacionais, ficavam comprometidos.
Vamos imaginar que ficava até comprometida, em última análise e no limite, a implementação do tal princípio político-administrativo único na História da Humanidade.
Não, não pode haver semelhança com a realidade.
Deve ser mesmo só imaginação.
ResponderEliminarPEDRO COIMBRA,
muito sutil, muita habilidade para explorar o tema com a máxima capacidade de usando uma certa dose de sarcasmo, você poder finalmente, conseguir dar o seu recado.
Ótimo!
Lá no nosso blog FALANDO SERIO desta semana publiquei: OS DOENTES VESTEM LONDRES.
É polêmico e acho que vai gostar.
Um abração carioca.
Paulo Tamburro,
EliminarQualquer semelhança entre a imaginação e realidade não terá sido mera coincidência :))
Um abração macaense
Imaginacao ou pesadelo.
ResponderEliminarÉ muito real, Catarina.
EliminarOxalá fosse só imaginação.
testing...
ResponderEliminarPeço desculpa mas só agora vi os comentários.
EliminarSaudações imaginativas.
ResponderEliminarAqui a imaginação é só para passar a texto uma situação muito real, Amigo João Paulo de Oliveira.
Eliminar... e quando a realidade nos traz desenlaces que nem fomos capazes (enquanto Homem) de imaginar...
ResponderEliminarEstamos a caminha um bocado nesse sentido, Boop.
EliminarOxalá esteja enganado.
Estou de acordo com a Catarina "imaginação ou pesadelo".
ResponderEliminarUm abraço e continuação de boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Não é imaginação, Francisco, é bem real.
EliminarAquele abraço
...Nem quero imaginar!
ResponderEliminar=)
Encontrar respostas que o coração precisa.
Bjinhos
Está a acontecer, Daniela :(
EliminarBjinhos
Há realidades que apagam imaginações, como há sonhos que se concretizam!
ResponderEliminarAquele abraço Pedro.
Eu só peço que o sonho não vire pesadelo, António Querido.
EliminarAquele abraço
Imaginar tudo isso causa calafrios. Oxalá não passe disso mesmo. Imaginação.
ResponderEliminarUm abraço
Está a ser muito real, Elvira Carvalho.
EliminarE eu não estou a achar piada nenhuma.
Um abraço
Uma imaginação de pesadelo... :(
ResponderEliminarHoje:- Sou uma gota de água no teu oceano .
Bjos
Votos de uma óptima Quinta-Feira
Uma imaginação muito baseada na realidade, Larissa Santos :(
EliminarBjs, votos de óptima quinta-feira também
i already live in my Utopia through my imagination
ResponderEliminarBut this is very real, baili :(
EliminarExercício difícil o que aqui é proposto.
ResponderEliminarImagino que o Pedro concorda.
Um abraço
Muito local, política local, António.
EliminarAquele abraço
Presumo que é mais um exercício de triste realidade do que de imaginação....
ResponderEliminarÉ isso mesmo São :(
EliminarNeste caso, a imaginação tem o tempo e o poder para fazer quase tudo o que quer... Portanto, é bastante provável que tudo se torne realidade. Mas talvez não, nem precisam disso.
ResponderEliminarBom fim de semana, caro Pedro.
Um abraço.
Já é realidade, Jaime Portela :(
EliminarAquele abraço, bfds
Bravíssimo Pedro!
ResponderEliminarUma excelente forma de
expor uma questão.
Adoro "inteligência"
a serviço da "palavra".
Bjins
CatiahoAlc.
Obrigado pelo elogio, CatiahoAlc.
EliminarBjins, bfds
Vamos imaginar que as pessoas perderam o bom senso e o respeito pelos outros ...
ResponderEliminarMais uma vez a realidade ultrapassa a imaginação, Magui:(
EliminarMais vale ficar pela imaginação.
ResponderEliminarJá passou a imaginação e já é muito real :(
EliminarSerá mesmo imaginação, Pedro? Era bom que fosse, mas não é...
ResponderEliminarDemasiado real, demasiado concreto, Carlos :(
EliminarQue visão terrível.
ResponderEliminarE é uma visão demasiado real, Teresa :(
EliminarQuando a imaginação nada mais é que a pura realidade
ResponderEliminarAbraço Pedro
Na mouche, Kique.
EliminarAquele abraço.
P.S. Não tem sido possível comentar no blogue. Vamos ver se hoje já é possível.
Seria muito grave que a língua, além de lhe ser negado o seu estatuto, negociado e aprovado, de coesão cultural, possa, ainda, funcionar como entrave à aplicação da justiça.
ResponderEliminarMedo.
Saudações, Pedro.
Quando se faz uma coisa destas é isso que acontece, Célia
EliminarSeja ou não essa a intenção.
Bjs, bfds
Que mundo...
ResponderEliminarMundo cão, João Menéres :(
EliminarImaginação, não raro, tornada triste/macabra realidade!
ResponderEliminarAbraço
Como é o caso, Victor Barão :(
EliminarAquele abraço
Deduzo que o Pedro esteja a falar de Macau e da China, e que sente na pele aquilo que está a acontecer.
ResponderEliminarLamento.
Abraço
E deduz muito bem, AC.
EliminarHá gente com muita pressa de perder aquilo que tem de único.
Uns coitados que nem sabem o que fazem.
Aquele abraço
Lamento muito, mesmo muito, por Macau.
ResponderEliminarBeijinho.
~~~~
Também eu, Majo.
EliminarPor isso é que é preciso denunciar estas situações.
Se não o fazemos passamos a ser cúmplices.
Beijinho