A minha avó, a minha mãe e as minhas tias nunca seguiram estas regras salazaristas. Nunca vi a minha tia Maria com uma saia. Usou sempre calças e não era lésbica. Era sim, a mãe de dois filhos, uma mulher emancipada. Uma mulher de negócios.
Curiosamente ainda ontem, numa acção de formação, o formador lembrava os tempos em era permitido às raparigas entrarem no liceu de mini saia, mas não de calças, Teresa (anos 60, em Coimbra).
boas ainda gostava de ver estas leis serem obrigatórias neste seculo pelo menos meio ano. qual seria a reação destas novas gerações. curiusidade !!!!!! JAFR
Ontem falava mais uma vez no meu avô materno, Graça. Um tipo extraordinário que morreu no dia 26 de Abril de 1974. E que já não teve sequer consciência daquilo que estava a acontecer. Algo que ele tanto ansiava e que não conseguiu sequer perceber que se estava a passar. Beijinhos
No liceu onde andei de 62 a 69 muita moça usava calças, bem sabendo que era proibido. todavia havia o alibi da bata (que tinha que estar ao nível do joelho) era vê-las a arregaçar as calças á boca de sino uns largos metros antes da portaria. Se a vice-reitora via ou não a manobra, ninguém denunciava nem era advertida e o mundo rolava como sempre, sem grandes percalços e com nenhuma droga e pouca violência comparado com os tempos de hoje. Educação e civilidade, boas maneira e respeito pelos professores e contínuos nem sequer tem comparação com os dias de hoje. Se era bom ou mau? Era seguramente diferente.
Respeito ou medo, Agostinho? É que são realidades bem diferentes. E também havia fome, miséria, atraso cultural. Será que também têm saudades disso?? Aquele abraço
Pedro, deixo o meu testemunho aqui com o caso da minha tia. Ela conta-nos muitas histórias dessa altura, e uma delas vem ao encontro dessa lei "casamento de professoras"; ela que era professora primária, para poder casar teve de deixar de leccionar durante uns anos até o marido ter um vencimento equiparado ao dela. E só depois,já com dois filhos pequenos retomou a sua profissão.
Muito se lutou pelos direitos da mulher até hoje e, ainda assim, na sociedade portuguesa, para trabalhos iguais, salários diferentes. A luta continua.
Hoje em dia custa crer que isto era a mais pura e dura realidade, mz. Até por isso, e para evitar o negacionismo, é bom de quando em vez relembrar que era mesmo muito real.
A minha avó, a minha mãe e as minhas tias nunca seguiram estas regras salazaristas.
ResponderEliminarNunca vi a minha tia Maria com uma saia. Usou sempre calças e não era lésbica. Era sim, a mãe de dois filhos, uma mulher emancipada. Uma mulher de negócios.
Curiosamente ainda ontem, numa acção de formação, o formador lembrava os tempos em era permitido às raparigas entrarem no liceu de mini saia, mas não de calças, Teresa (anos 60, em Coimbra).
Eliminarboas
ResponderEliminarainda gostava de ver estas leis serem obrigatórias neste seculo pelo menos meio ano.
qual seria a reação destas novas gerações.
curiusidade !!!!!!
JAFR
A reacção das novas gerações seria, e ainda bem, muito má, Joaquim Rosário.
EliminarIrreal!!! ahahah
ResponderEliminarEsta última lição de educação é fantástica, custa a acreditar!
Foi giro ler tudo e verificar que estamos cheias de sorte :)))
bjs
Não é sorte, papoila.
EliminarÉ a mais básica dignidade a que qualquer ser humano deve ter direito.
Bjs
Olá Pedro, se formos ver, não há assim tanto tempo que isso aconteceu!
ResponderEliminarpassamos para o excesso que é, penso eu, também "violento", do 8 para o 800...
Os excessos actuais incomodam-me muito menos que estes, Angela.
EliminarE tantos dislates mais... e bem mais graves...
ResponderEliminarBeijinho, Pedro.
Ontem falava mais uma vez no meu avô materno, Graça.
EliminarUm tipo extraordinário que morreu no dia 26 de Abril de 1974.
E que já não teve sequer consciência daquilo que estava a acontecer.
Algo que ele tanto ansiava e que não conseguiu sequer perceber que se estava a passar.
Beijinhos
Fantástico. Não resisto a partilhar. Obrigado
ResponderEliminarPor favor, Corvo Negro.
EliminarAté para muito boa gente ter consciência do que era a realidade.
No liceu onde andei de 62 a 69 muita moça usava calças, bem sabendo que era proibido. todavia havia o alibi da bata (que tinha que estar ao nível do joelho) era vê-las a arregaçar as calças á boca de sino uns largos metros antes da portaria. Se a vice-reitora via ou não a manobra, ninguém denunciava nem era advertida e o mundo rolava como sempre, sem grandes percalços e com nenhuma droga e pouca violência comparado com os tempos de hoje. Educação e civilidade, boas maneira e respeito pelos professores e contínuos nem sequer tem comparação com os dias de hoje. Se era bom ou mau? Era seguramente diferente.
ResponderEliminarEsse respeito pelos professores realmente desgastou-se, se é que não se perdeu, álvaro silva.
EliminarPassou-se do oitenta para o oito.
Caro Coimbramigo
ResponderEliminar... Tenho a impressão que já vi estas fotos...
Triqjs e abraço para tu do te amigo
Henrique, o Leãozão
Recebi de dois habituais colaboradores, FerreirAmigo - tu e a minha prima.
EliminarAbraços para ti, beijinhos para a Raquel
Por incrível que pareça há gente a dizer: ai que saudades, naquele tempo é que era bom, havia respeito...
ResponderEliminarAbraço.
Respeito ou medo, Agostinho?
EliminarÉ que são realidades bem diferentes.
E também havia fome, miséria, atraso cultural.
Será que também têm saudades disso??
Aquele abraço
Pedro, deixo o meu testemunho aqui com o caso da minha tia. Ela conta-nos muitas histórias dessa altura, e uma delas vem ao encontro dessa lei "casamento de professoras"; ela que era professora primária, para poder casar teve de deixar de leccionar durante uns anos até o marido ter um vencimento equiparado ao dela. E só depois,já com dois filhos pequenos retomou a sua profissão.
ResponderEliminarMuito se lutou pelos direitos da mulher até hoje e, ainda assim, na sociedade portuguesa, para trabalhos iguais, salários diferentes. A luta continua.
Bjs
Hoje em dia custa crer que isto era a mais pura e dura realidade, mz.
EliminarAté por isso, e para evitar o negacionismo, é bom de quando em vez relembrar que era mesmo muito real.