União Europeia de teste em teste
Há razões para festejar os resultados eleitorais na Holanda (as sondagens à boca das urnas dão a vitória ao VVD do actual primeiro-ministro Mark Rutte que deverá conseguir 31 deputados contra os 19 do CDA, do PVV e do D66)?
Se o objectivo era apenas derrotar Geert Wilders e o seu PVV a resposta terá que ser positiva.
Mas se se pensar na votação expressiva que os populistas holandeses conseguiram o foguetório deverá dar lugar a alguma cautela, a alguma parcimónia.
Geert Wilders e o seu PVV subiram no número de votos, no número de mandatos, e isso deve-nos fazer parar os festejos por uns momentos para tentar perceber as razões que explicam o crescimento destes fenómenos de nacionalismo populista e demagogo.
Mais a mais quando estamos a pouco mais de um mês de novas eleições, de novo teste à União Europeia e aos movimentos populistas que a enxameiam.
Se uma vitória de Geert Wilders na Holanda seria perigosa, uma vitória de Marine Le Pen em França, um dos países fundadores das Comunidades e um dos motores da União Europeia, seria desastrosa.
E não se diga que essa é uma possibilidade remota porque não o é.
Os estudos sociológicos mais recentes mostram sem sombra de dúvida um crescimento eleitoral da Frente Nacional, sobretudo entre os eleitores mais jovens (França não é a América de Trump, ou a Inglaterra de Theresa May ), uma aceitação que antes era escondida ou pouco assumida e agora é clara, transparente, pública.
Enquanto jorra o champanhe que comemora a derrota de Wilders na Holanda é bom que não se chegue à embriaguez porque o maior perigo mora logo ali ao lado e a festa pode dar lugar a uma brutal ressaca já no dia 23 de Abril.
tenho grande receio das eleições francesas, dos seus resultados e consequências.
ResponderEliminarUm abraço
Bem mais complicadas que as eleições holandesas, Elvira Carvalho.
EliminarUm abraço
É triste para contestar que ainda poucas pessoas lembram-se o desastre que o nacionalisme provocou no século passado.
ResponderEliminarPois é alfacinha, sempre que a Europa caminhou no sentido dos nacionalismos e dos extremismos, os resultados foram catastróficos.
EliminarMas a memória dos homens é curta.
Os holandeses continuam, apesar de tudo, tolerantes e a aceitar outras culturas, o que já não é o caso dos franceses, que são nacionalistas até à medula. Le Pen está a caminhar para a vitória.
ResponderEliminarEspero bem que esteja enganada, Teresa.
EliminarE que Marine Le Pen saia também derrotada nas eleições em França.
Mas confesso que tenho receio do cenário oposto.
Nem tudo são más noticias na Europa, tivemos uma boa e surpreendente noticia nas eleições da Áustria agora na Holanda e esperemos que os outros países sigam o exemplo a bem da Europa.
ResponderEliminarUm abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
A Europa não pode dar-se ao luxo de arriscar em extremismos, Francisco.
EliminarBasta lembrar o que aconteceu sempre que se entrou por esses caminhos.
Aquele abraço
Não entendo esta preocupação toda, pedro! Se a Europa virar à direita ou pra extrema direita, qual é o problema? A "casa" tem de arrumar e isso tem de ser feito mais ano, menos ano, e tudo indica k essa arrumação não está assim tão longe. A velha Europa quer, precisa de sangue novo e deseja endireitar-se.
ResponderEliminarSer nazi é uma tragédia, pke Hitler, fez x, y e z. Então e Estaline? Comparando as situações, este foi o maior ditador da História (bem, temos de pensar no da Coreia do Norte, mas, as épocas são diferentes, é claro, e o homem tem Internet (risos) e bombas nucleares, diz ele e o seu staff). Resumindo, Comunismo=Fascismo.
O mundo é composto de mudança, já o poeta dizia.
Resto de boa semana.
CÉU,
EliminarNão gosto de extremismos.
Venham eles da direita ou da esquerda, são sempre terriveis e dão sempre origem a catástrofes.
Uma das grandes realizações da União Europeia é a manutenção de um espaço de paz e tolerância único no Mundo.
Não quero acreditar que os cidadãos europeus queiram desperdiçar uma das suas melhores qualidades, seria pura estupidez.
Resto de boa semana também
Pedro com maiúscula e não como escrevi no comentário anterior. As minhas desculpas, mas, há escritores, considerados grandes, em talento, que não escrevem os nomes próprios com maiúsculas, a seguir ao ponto final, não usam letra maiúscula e até não fazem pontuação, portanto, o meu erro não serve de desculpa.
EliminarLi, tudinho, tudinho! Está no seu direito, mas cada qual pensa como pensa e tem direito a ser aquilo k quiser ser, plebeia ou princesa.
A Europa não foi, não é e não será estúpida, aliás, tem sido a ponte e o abrigo de muitos continentes.
"A Europa não foi, não é e não será estúpida, aliás, tem sido a ponte e o abrigo de muitos continentes. "
EliminarNa mouche, CÉU!!
Sou um europeísta confesso e convicto.
E quanto mais vou conhecendo do resto do Mundo mais orgulho tenho em ser europeu.
A Europa (não é só a União Europeia) está a passar por uma crise complicada?
Está.
Mas já passou por outras e sempre se saiu bem.
Beijos
Exatamente, Pedro! A Europa já passou por fases bem complicadas, que conseguiu resolver ou atenuar e será sempre o velho continente, que com umas "fissuras", aqui ou ali, lá vai dando a volta por cima.
EliminarNão gosto de viajar e conheço pouco, mto pouco do mundo, e qdo me falam dos cheiros de África, e alguns até os conheço, razoavelmente, eu respondo: mto bem, fique o senhor com os cheiros, que eu fico com a Europa. Qdo exacerbam Nova York, a cidade k nunca dorme, lembro-me logo de filmes k vejo na televisão com polícias e ladrões e aqueles carros enormes, bizarros, enfim, americanos, e está tudo dito. Que sociedade esquisita!
Os chineses estão a comprar tudo, estão, e têm mto dinheiro? Então, continuem, k apesar de tudo isso, não deixam, nunca deixarão de ser chineses. EU SOU EUROPEIA, de alma e coração, como sou de direita, e não de centro, politicamente e não há de que... e não gosto de mares, ilhas e ilhotas. Enfim, sou toda TERRA e com os pés bem assentes nela.
Beijos e bom week-end!
Beijos, Bfds, CÉU.
EliminarOra bem, estas estão ultrapassadas, venham as próximas, as de França que nos colocam em sentido!
ResponderEliminarBeijinhos
Em França o susto já é bem maior, Chic'Ana.
EliminarUm dos pilares da União Europeia ser de repente retirado ia fazer desmoronar o edifício todo.
Beijinhos
Pedro, julgo que não serão situações comparáveis, França junta-se sempre na 2ª volta para derrotar a xenofobia e o nacionalismo exacerbado da Frente Nacional.
ResponderEliminarPor outro lado, sendo eu um homem de inclinação centro-direita choca-me ler comentários como os da sua leitora Céu, faz-me confusão com se pode imaginar que isto endireite com um a fórmula que teve resultados desastrosos há tão 70 anos.
Aquele abraço, meu caro.
Também acredito que mesmo que Marine Le Pen vença à primeira volta, e esta é ainda uma grande dúvida, à segunda volta será claramente derrotada.
EliminarA Europa, apesar de fenómenos isolados, não está disposta a mais aventuras extremistas.
Isso só poderá acontecer em países próximos do totalitarismo.
O que não é o caso de nenhum dos países que integram a União Europeia.
Os nacionalismos e os totalitarismos deram tão bom resultado que seria mesmo óptima ideia seguir esse caminho outra vez!!
Aquele abraço
Eu estava otimista em relação às eleições na Holanda. Mas confesso que estou mais preocupada com os resultados das eleições em França.
ResponderEliminarUm beijinho, Pedro
E há razões para isso, Miss Smile.
EliminarPorque Marine Le Pen tem muito maior implantação quando comparada com Geert Wilders e porque França tem muito mais peso do que a Holanda dentro da União Europeia.
Beijinho
É preciso esperar que as coisas corram bem lá.
ResponderEliminarTenho essa esperança, Diana Fonseca.
EliminarNão quero acreditar que a União Europeia esteja disposta a mais aventuras.
Subscrevo na íntegra.
ResponderEliminarE em França as cisas estão piores, porque a Esquerda está comatosa...
A França, goste-se ou não, tem outro peso que a Holanda não tem.
EliminarEssa é a realidade, São.
Vamos aguardar. E e tretsnto em França um adolescente atirou sobre a comunidade educativa da és Olá que frequenta
ResponderEliminarCrise de valores... É isso
Kis :=}
Um adolescente atirou sobre a comunidade educativa e uma carta armadilhada explodiu, AvoGi.
EliminarSão estes desafios que devem ser enfrentados enquanto comunidade e não isoladamente.
Bjs
Eu festejo a derrota de Wilders e do partido do Djisselboem e o segundo lugar dos verdes, não a vitória dos liberais.
ResponderEliminarQuanto ao resto, já sabe a minha opinião há muito tempo, Pedro
E, no meio dos festejos, atenção ao que se passa noutros países.
EliminarUm olho no burro e outro no cigano.
Meu amigo também não vejo razões para tanta euforia
ResponderEliminarcom os resultados eleitorais na Hollanda. O 1º. partido
perdeu votos e deputados. Geert Wilders do PVV teve mais
votos e deputados. Esta a realidade. Também não entendo porque na Holanda há antos partidos.E pouco falam nos Verdes que foram os que mais subiram.
Haverá um governo de grande coligação.
E ainda acredito que Maria Le Pen perca à segunda volta.
Mas que a Europa precisa de repensar "a sério" toda a sua estratégia, precisa.
Abraço
e bom fim de semana.
Irene Alves
Não posso acreditar que Marine Le Pen venha alguma vez a governar em França, Irene Alves.
EliminarNem ela nem ninguém como ela.
Seria uma grande desilusão.
Um abraço
Vou visitar o seu blogue NinTudo.
ResponderEliminarEstou seguindo vc Pedro, boa semana abraços...
ResponderEliminarBfds, NinTudo. Aquele abraço
EliminarEnquanto a União Europeia continuar a titubear, sem aparente rumo, empatando aqui e ali, o populismo não parará de crescer. Infelizmente.
ResponderEliminarAbraço, Pedro