A Europa sessenta anos após a assinatura dos Tratados de Roma
Completam-se no próximo sábado (25 de Março) sessenta anos desde a assinatura dos Tratados de Roma que instituíram a Comunidade Económica Europeia (CEE) e a Comunidade Europeia da Energia Atómica (Euratom).
Numa época de grande turbulência dentro da União Europeia, de dúvidas acerca da sua utilidade e do seu futuro, será bom recordar que foram os Tratados de Roma que iniciaram o maior período de paz e prosperidade que a Europa conheceu.
Uma Europa que proteje os direitos dos seus cidadãos, que preserva e reconhece direitos, liberdades, garantias, que confere uma protecção social aos seus cidadãos como nenhum outro espaço no Mundo.
A Europa dos valores, da cultura, da imensa e rica História.
A mesma Europa (não só a União Europeia, mas também) que vê uma substancial parte dos seus países no topo dos índices do Relatório Mundial da Felicidade.
Sábado, por entre os festejos, deverá haver tempo para repensar algumas questões que ensombram a União Europeia.
E olhar com outros olhos para outros espaços e modelos de integração a nível mundial.
Se a transferência de poderes associados à noção de soberania do espaço nacional para o supranacional é típica e essencial nesta aventura que é a União Europeia, não será de todo despiciendo discutir a extensão dessa transferência e pensar num processo de devolução de parte dos mesmos ao espaço nacional, nomeadamente aos parlamentos nacionais.
Até para afastar a ideia de monstro burocrático que anda associada à União Europeia.
Como deverão ser repensados os mecanismos de tomada de decisão (o menor denominador comum não é por natureza um defeito...), a vontade e medida de integração dos vários países que compõem o projecto, o alargamento a outros países que ainda não integram esse projecto, uma maior coordenação de políticas de segurança interna que não impliquem um fechar de fronteiras tão contrário ao ideal europeu.
Pensando, discutindo, questionando, mas festejando, porque há muitas razões para festejar, este sonho lindo que completa agora sessenta anos.
Foi ainda esta semana que vi no canal Arte um conjunto de três programas sobre este tema que nos é grato, chamado Europa, e que nos contava este sonho de ser Europeu. Com o decorrer dos anos durante a segunda metade do século xx, em que se cimentou a Europa, havia Estadistas. Hoje infelizmente não os encontro e bem necessitados estamos deles.
ResponderEliminarParabéns pelo blogue, irei passando por aqui.
Muito bom dia!
Esse é um dos grandes dramas da União Europeia hoje em dia, Mister Vertigo - a ausência de grandes figuras, de grandes referências.
EliminarGoste-se ou não quem mais se aproxima desse perfil é Angela Merkel.
À sua volta gravitam umas figurinhas que nem para figurantes servem.
Seja muito bem vindo a este espaço.
É realmente um sonho lindo esta da União Europeia, espero que se faça juízo nas cabeças destes nossos dirigentes europeus e que os ideais que deu origem à União sejam aplicados, para bem da Europa.
ResponderEliminarUm abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Francisco,
EliminarQuando se vive fora da Europa ainda se aprecia melhor o espaço extraordinário que a Europa é.
Com defeitos, como tudo, mas um espaço verdadeiramente extraordinário.
Aquele abraço
Penso que temos razões para comemorar e celebrar esta data! Muitos erros se cometeram, muitas coisas ficaram por fazer, mas penso que mesmo assim o balanço é positivo.
ResponderEliminarBeijinhos
Temos, sim senhor, Chic'Ana.
EliminarE são muitas.
Orgulho de ser europeus sem prejuízo do natural orgulho nacional.
Beijinhos
Mas infelizmente cada vez mais temos presidentes e governantes longe, bem longe desses ideais. Mas acredito que melhores tempos virão!
ResponderEliminarBeijocas e um bom dia
Essa ausência de lideranças fortes e carismáticas é um dos maiores desafios que a Europa actualmente enfrenta, Fatyly.
EliminarBeijocas, um bom dia para Portugal
Os grandes problemas da UE são de difícil solução. Parece-me.
ResponderEliminarNunca deixou de ser uma mera associação económica e financeira em que os interesses nacionais se sobrepõem aos comunitários.
Entretanto, engordou com a quimera da União; sem que se vissem resultados concretos, nomeadamente na segurança. Sempre debaixo do guarda-chuva dos EUA, enquanto houve URSS, vida doçura.
O alargamento a leste e a integração de países com uma história e cultura dificimente adaptáveis aos príncipios ocidentais. Ainda houve o devaneio da Turquia...
Parece-me que ao invés de festa deveriam concertar ideias para o futuro.
Abraço.
Dos três pilares constitutivos da UE claramente a união política e a política de segurança comum têm ficado para trás, Agostinho.
EliminarMas não nos podemos esquecer que o se procurava há 60 anos era a paz e a regulação do mercado do carvão e do aço.
Demos tempo ao tempo.
Aquele abraco
O sonho está a um passo de se desmoronar..e neste momento já tem demasiado de pesadelo.
ResponderEliminarEsperemos que sim, que se repense o projecto e a União Europeia se rejuvenesça
Gostei de encontrar Florbela e mais ainda do poema escolhido
Ainda acredito no ideal europeu e no sonho europeu, São.
EliminarUm projecto destes terá sempre grandes problemas.
Mas acredito que terá sempre capacidade para os enfrentar.
Este poema é quase a definição perfeita do que é e sente um poeta, São.
Vamos festejar enquanto estes arremedos de políticos que proliferam pela Europa, não transformam o sonho em pesadelo.
ResponderEliminarUm abraço e feliz dia da poesia, e de muitas coisas mais.
Não são umas figurinhas metidas a figurões que vão dar cabo de um sonho tão lindo, Elvira Carvalho.
EliminarNão posso nem quero acreditar nisso.
Um abraço
Os Tratados de Roma não previram a desorganização que entretanto se instalou na Europa. Mas, na altura, valeu o que valeu e foi muito.
ResponderEliminarUm abraço
Valeu e ainda vale, António.
EliminarAquele abraço.
Eu continuo a acreditar no "Ideal Europeu", Pedro, vale o que vale mas se a maioria acreditar poderemos construir uma Europa, um Mundo melhor.
ResponderEliminarAquele abraço, meu caro.
Eu também continuo a acreditar numa Europa unida e única nos seus valores e cultura.
EliminarMas é com cada tiro no pé!
Hoje voltamos ao tema e às figurinhas que pululam no espaço europeu.
Aquele abraço
Nunca a UE me disse tão pouco...
ResponderEliminarAgora deram para policiar a nossa justiça,
mas ajudar a CGD que vai colocar milhares no desemprego,
não lhes interessa...
Beijinhos.
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Olhe bem à volta, Majo.
EliminarOlhe para o resto do Planeta e veja bem o privilégio que é viver num espaço como é a União Europeia.
Vale a pena ainda que haja pelas instâncias europeias gentinha com a alma muito pequena.
Beijinhos
Pedro Parabéns pelo o post, eu amo esse tipo de postagem.
ResponderEliminarboa semana meu amigo, abraços
Hoje continuamos no tema, NinTudo.
EliminarDesta vez para falar de quem serve (ou se serve??) do projecto europeu.
Aquele abraço, boa semana
Infelizmente é cada vez mais um sonho a transformar-se em pesadelo, mas sobre isso estou a preparar um post que publicarei na segunda feira.
ResponderEliminarCá estarei para ler e comentar.
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