De minimis non curat praetor


De minimis non curat praetor - o pretor não se preocupa com minudências.
Não sei se o significado deste brocardo latino é desconhecido em Macau.
Pelo que se vai vendo no julgamento que envolve o antigo Procurador parece não ser conhecido, muito menos aplicado.
A ideia perfeitamente descabida de serem os serviços dos Tribunais e do Ministério Público a preocupar-se com  despesas com a realização de obras e a aquisição de bens e serviços tinha tudo para ser um fracasso.
De minimis non curat praetor - o pretor não se preocupa com minudências.
Os Tribunais e o Ministério Público não podem perder tempo a fazer consultas e concursos para comprar toner para as impressoras ou a realizar obras no ar-condicionado que não funciona em condições.
Há outras estruturas dentro da Administração que podem e devem ter esse tipo de atribuições.
Como aliás acontecia há não muitos anos...
Os Tribunais e o Ministério Público devem preocupar-se apenas com a realização eficaz e atempada da Justiça, com a correcta aplicação do Direito.
E já terão imenso trabalho para conseguir levar a cabo tarefas tão complexas.
Sobretudo face à escassez de recursos humanos da qual tantas vezes se queixam (com razão, como todos sabemos).
De minimis non curat praetor - o pretor não se preocupa com minudências.
Seria muito bom que, ainda que fosse só isso, esta ideia se consolidasse na sequência do julgamento do antigo Procurador.
E levasse a repensar um sistema que está profundamente errado, não faz qualquer sentido, pode dar origem a abusos que devemos a todo custo evitar, pode resultar numa péssima imagem de Macau como agora está a acontecer.
De minimis non curat praetor - o pretor não se preocupa com minudências.
Vamos pôr este conceito em prática? 

Comentários

  1. Serão CHINESISES, Pedro Coimbra ?

    Um abraço.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Nunca percebi a ideia de ter o Ministério Público e os Tribunais a fazer trabalho administrativo, João Menéres.
      À conta disso estamos a passar pela vergonha de ver o antigo Procurador a ser julgado por mais de 1500 crimes.
      Será que se prende a lição e se deixa ao Ministério Público e aos Tribunais a tarefa bem complicada de realizar a Justiça?
      Aquele abraço

      Eliminar
  2. Provavelmente a ideia foi de alguém que tendo a cabeça do tamanho dum alfinete, por artes de escoramento, foi alcandorado a lugar que lhe é estranho.
    Abraço.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Está a dar um resultado brilhante, Agostinho.
      Aquele abraço

      Eliminar
  3. Um conceito que me parece urgente aplicar!
    Beijinhos

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Tenho poucas expectativas nesse sentido, confesso, Chic'Ana.
      Beijinhos

      Eliminar
  4. Não sei porquê, Pedro, veio-me à ideia o Simplex cá do sítio.
    Abraço

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Mas o Simplex, pelo que vou sabendo e vendo, funciona, António.
      Esta ideia peregrina não funciona e só se presta a abusos.
      Aquele abraço

      Eliminar
  5. Olha, gostei. Perdermos tempo com coisas pequenas, não nos leva a lado nenhum.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Isso é verdade para todos, Olivia.
      Do mais elementar.
      Então porque é que se fez esta asneira em Macau?
      E que lindos resultados está a dar!

      Eliminar
  6. À competência da Justiça... o que deveria ser da Justiça... senão... qualquer dia, corre-se o risco de se anularem julgamentos... porque o juiz se esqueceu trazer papel de casa... para os fins... diversos... que se tornem necessários... é ridículo!
    Enfim!... Esperemos que o bom senso seja retomado em breve...
    Abraço! Boa semana!
    Ana

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olá Ana,
      Esta ideia peregrina de colocar juízes e delegados do Ministério Público a fazer trabalhos de manga de alpaca está a dar resultados magníficos.
      Como seria fácil de prever.
      Há cada uma!!
      Um abraço, boa semana

      Eliminar
  7. Aqui também se passa o mesmo...
    Lembro-me do tempo em que o meu irmão ainda no ativo, como director geral, queixou-se de ter de preocupar-se com o ar condicionado...
    No entanto, sempre é uma tarefa mais fácil a um licenciado em economia e finanças do que a um juiz...
    Beijinhos
    ~~~~

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Um juiz é um delegado do Ministério Público não são treinados para lidar com estas situações, Majo.
      Mas esta rapaziada só se sente bem a mexer em dinheiro, está-lhes no sangue.
      Dá mau resultado.
      Beijinhos

      Eliminar
  8. Pedro, na mouche!
    O Blogger não gosta de mim... Comento como Mor mas não regista.
    Bom dia!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Devem ser os filtros, Mor.
      Tenho esse e outros problemas semelhantes com outras pessoas.

      Eliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares