A França na aurora e no ocaso da Europa?
O dia 7 de Maio de 2017 poderá ser um dia tristemente célebre para a União Europeia.
Porque essa é a data da mais que provável segunda volta das eleições presidenciais em França.
E é a data em que, a verificar-se uma vitória da Frente Nacional nessas eleições, se começará a contar o prazo para o fim da União Europeia.
Acompanho os muitos analistas e comentadores que vêem numa possível vitória da Frente Nacional nas eleições francesas o estertor da União Europeia.
Depois do Brexit, agora já com o beneplácito do Parlamento britânico, um abandono da França do clube europeu significaria por certo o fim de um sonho.
Um sonho que se poderá dizer começou com a Declaração Shuman no dia 9 de Maio de 1950, que continuou em Paris no ano de 1951 com a criação da Europa dos Seis (Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, que agrupava a Alemanha, França, Bélgica, Itália, Luxembrugo e Países Baixos), e que foi evoluindo de uma Comunidade Económica Europeia (Roma, 1957) para uma União Europeia, de uma união estritamente económica para um projecto de integração política em todas as suas dimensões.
Desde o início desta aventura a França sempre esteve na linha da frente, sempre se apresentou como um dos fundadores e maiores impulsionadores do sonho europeu.
A mesma França que não estará agora à frente na hipotética destruição desse sonho porque a eurocéptica Grã-Bretanha se antecipou nesse papel.
Mas que poderá ditar a sentença final nesse possível processo de auto-destruição do sonho europeu.
Decepada de dois dos seus membros mais influentes e mais poderosos (França e Grã-Bretanha), não se afigura verosímil a manutenção de um projecto europeu com a Alemanha como grande (único?) motor económico e político.
Paris, que esteve na aurora do sonho europeu, poderá muito bem aprestar-se para assumir papel primordial no seu ocaso.
The domino effect.
ResponderEliminarÉ muito isso, Catarina.
EliminarEsperemos por Maio para ver se restará União Europeia e com que futuro.
Não é preciso ser bruxo, para adivinhar tempos conturbados para esta união europeia.
ResponderEliminarUm abraço
Esses tempos conturbados já estão aí, Elvira Carvalho.
EliminarSó têm tendência a piorar.
Um abraço
dizem que o dinheiro manda nas decisões Pedro!
ResponderEliminarhaverá por agora mais dinheiro a ganhar com a destruição da Europa do que com a continuação da mesma ?!
não percebo onde, poderá ser com a desvalorização das moedas ou algo do género ? haverá alguma publicação sobre o assunto ?
Não vejo qualquer vantagem económica na destruição da UE, a primeira economia mundial (não, não são os Estados Unidos ao contrário do que se pensa e diz), Angela.
EliminarA explicação para essa destruição não passará por questões económicas.
Muito mais políticas - nacionalismo e fecho de fronteiras no topo.
Triste realidade esta que estamos a viver na Europa Desunida.
ResponderEliminarUm abraço e boa semana.
Andarilhar || Dedais de Francisco e Idalisa || Livros-Autografados
Sou um europeísta, Francisco.
EliminarMas um europeísta muito desiludido com os desvarios políticos e burocráticos que a União Europeia tem sofrido.
Ainda quero acreditar no sonho dos pais fundadores.
Mas confesso que está cada vez mais difícil e parece cada vez mais distante.
Aquele abraço
Um cenário, cada vez mais, real atento aos "tiros nos pés" que os candidatos à Presidência de França teimam em dar.
ResponderEliminarAquele abraço, Pedro.
Não tenho dúvidas que Marine Le Pen passará à segunda volta das presidenciais em França, Ricardo.
EliminarTremo só de pensar numa possível vitória dela e no que isso iria desencadear noutros países e na União Europeia.
Aquele abraço
Não quero acreditar nessa possibilidade, mas com o que se tem visto ultimamente... :(
ResponderEliminarEu também não quero acreditar que isto aconteça.
EliminarMas lá que é possível, lá isso é.
Muito cuidado para não apanharmos outra surpresa desagradável...
Estou a ver que o pessoal anda a escolher os revolucionários todos.
ResponderEliminarNão são revolucionários, Olivia.
EliminarSão nacionalistas, racistas, xenófobos, e estão a crescer como cogumelos.
Mas não tem sido a Alemanha a verdadeira beneficiada da UE ?
ResponderEliminarEssa é a eterna discussão, João Menéres.
EliminarSerá a Alemanha o motor ou o grande beneficiado pela existência da União Europeia?
Em termos económicos, obviamente.
Se formos pensar em política, em cultura, em valores humanistas, a conversa é outra.
Motor ou beneficiado?
Nunca ninguém pensou aqui também numa espécie de terceira via?
Não será a Alemanha as duas coisas???
Repito que estou só a referir a vertente económica.
Depois do Trump ter ganho, só espero que a Marine Le Pen não vá pelo mesmo caminho...
ResponderEliminarBeijinhos
Se fosse só Trum e Marine Le Pen, Chic'Ana...
EliminarOlha para a Holanda, a Hungria, a Turquia, a Itália, isto na Europa.
Olhe aqui para o lado para as Filipinas.
E vê esses mesmos nacionalismos, esses mesmos tiques autoritários, essa tentação do orgulhosamente sós na perspectiva século XXI - eu, eu, eu, depois eu, no fim ainda eu.
Beijinhos
Vitória de Marine Le Pen, um cenário que a meu ver é improvável. O universo de votantes não será favorável a uma conjuntura de extrema direita.
ResponderEliminarEmbora sem confiança na tal Europa Unida, acredito que atempadamente os políticos com mais influência saberão 'dar a volta'.
Estarei enganado? Quero acreditar que não.
Um abraço, Pedro.
As sondagens, com todas as surpresas que nos têm dado, apontam todas no sentido de uma grande derrota de Marine Le Pen na segunda volta, António.
EliminarMas, cautelas e caldos de galinha...
Aquele abraço
O BREXIT e o DONALD TRUMP são um caldo de galinha muito quente.
EliminarUma mistura explosiva, Teresa :(
EliminarUma Europa que se desmorona
ResponderEliminarKis:=}
Em risco de desmoronamento, AvoGi.
EliminarEsperemos que ainda esteja em condições de ser salva.
Bjs
É altura de reflectir, porque os populistas da Direita (também há populistas da Esquerda) estão a ganhar terreno.
ResponderEliminarUm pouco por toda a parte, Teresa, não é só nos Estados Unidos e na Europa.
EliminarE o que é mais assustador é que têm muitos apoios.
Diz-se que a história não de inventa: repete-se!
ResponderEliminarTomara que não aconteça tal e que a Europa não se torne num exemplo a repetir por esse mundo, e que Trump se "embrulhe" nas suas próprias idiotices(muito embora este tipo de idiotas tenha sempre uma porta de serviço por onde sempre se escapam).
Akele abraço pah!
Confesso a minha tristeza (é mais do que decepção, é tristeza) de ver o sonho europeu, que tanto acarinho, esboroar-se a pouco e pouco, Kok.
EliminarAquele abraço
Um "parto" muito difícil o desta Europa idealizada há quase 70 anos e de que poderá resultar em aborto ! :(
ResponderEliminarNo entanto, ainda tenho esperanças que isso não venha a acontecer ! Não consigo imaginar uma Europa como antigamente e Portugal de novo isolado e "orgulhosamente só" ! :(((
Abraço, Pedro. :)
Eu confesso que não consigo imaginar uma Europa novamente fechada nas suas fronteiras, longe das liberdades que se foram conquistando e consolidando ao longo destes anos, Rui.
EliminarAquele abraço
Amigo também estou profundamente preocupada.
ResponderEliminarE as coisas em Portugal também não estão nada bem.
Estamos(temos que estar) lucidamente preocupados.
Abraço,amigo.
Irene Alves
É mesmo esse o espírito, Irene Alves - lucidamente preocupados, descreveu muito o sentimento que nos deve mover.
EliminarUm abraço
Quem acompanhou o sonho que presidiu ao surgimento deste novo mundo, dos Homens que tanto lutaram por ele, só pode sentir uma mágoa imensa, uma revolta sem nome.
ResponderEliminarApetece perguntar: vale a pena lutar por ideais? Muitos afirmarão sem hesitar, que sim, temos disso provas inequívocas, mas que tipo de ideais?
Pois, desgraçadamente o problema reside aí.:(
Bjs
Ainda acredito que vale a pena lutar por ideais e que o sonho europeu vai sobreviver a mais esta tormenta, GL.
EliminarSem os ingleses?
Pois que seja.
Estiveram sempre com um pé dentro e outro fora...
Bjs
Também não acredito que a UE sobreviva se a França sair. Mas é esperar para ver... ;)
ResponderEliminarBeijocas
A minha grande esperança é uma derrota estrondosa de Marine Le Pen, Teté
EliminarSeria desastroso se essa figura sinistra ganhasse as eleições em França.
Beijocas
Mais uma vez estamos em sintonia, Pedro
ResponderEliminarNeste a em muitas outras situações, Carlos.
EliminarAquele abraço!
É muito preocupante o que se está a passar.
ResponderEliminarVamos ver o lado positivo das coisas, Gábi?
EliminarTalvez assim acabemos por dar mais valor ao que temos e que tantas vezes temos desdenhado.
A União Europeia é a Nova União Soviética:
ResponderEliminarhttp://historiamaximus.blogspot.pt/2016/06/a-uniao-europeia-e-nova-uniao-sovietica.html
Abaixo com a União Europeia!
Viva Marine Le Pen!
Viva a Frente Nacional!
Viva a França livre!