Concordar com a prosa de um gato
Não é nada vulgar concordar com a prosa de um gato.
E é ainda menos vulgar a existência de um gato com (boa) prosa.
Mas este gato, muito conhecido da comunidade que fala português em Macau, é um gato com a língua tão ou mais afiada que as unhas.
Estou obviamente a referir-me ao célebre Pu Yi, o gato que alcançou fama e proveito nas páginas do diário Hoje Macau.
Desta vez o felino jornalista resolveu olhar para os parquímetros em Macau.
Sim, esses mesmo, os tais que não dão recibos aos seus utilizadores, nem qualquer outro comprovativo que substitua o recibo, os mesmos que se entretêm apenas a papar moedas com um apetite cada vez mais voraz, numa operação que deixa sérias dúvidas em termos de legalidade.
Agora com uma peculiaridade que arriscaria afirmar única a nível global - a obrigatoriedade de indemnizar a empresa concessionária nos dias em que decorrerem as Festas Populares na zona de São Lázaro e os parquímetros, e os parques de estacionamento, não esquecer estes, os tais que constituem o objecto do serviço prestado, não puderem ser utilizados.
Não sei, não quero saber, se esta bizarria está contratualmente prevista, se existe alguma razão obscura que fundamente tão estranho pedido.
Fico-me apenas pela incredulidade de assistir a tamanha mesquinhez, de mais uma vez verificar que, quando alguém quer avançar com uma iniciativa dirigida à comunidade, haver sempre umas vozes de burro que em Macau chegam ao céu.
Os parquímetros não funcionam naqueles dias e a empresa concessionária merece uma indemnização?
A que título??
Tão bizarro e idiota que até um gato percebe!
Tudo isso é muito estranho mas aqui acontece o mesmo.
ResponderEliminarAs famosas parcerias público-privadas.
Lucro é deles e os débitos são dos contribuintes.
Não me dou ao trabalho de verificar se esta possibilidade está prevista no contrato.
EliminarPorque, mesmo que o esteja, é tão estapafúrdia que não merece atenção.
Recebem sem prestar o serviço???
Sou decididamente contra este tipo de exploração medieval.
ResponderEliminarO espaço público deixou de o ser para alimentar negociatas e as qualificações invocadas, politicamente correctas, não passam de falácias.
Abraço.
O que é mais curioso é cobrar por um serviço que não se presta, Agostinho.
EliminarÉ preciso muita lata!
Aquele abraço
Pois é assim é fácil gerir uma empresa.
ResponderEliminarUm abraço e boa semana.
Andarilhar
Quando os lucros nos são garantidos é muito fácil ser um bom gestor, Francisco.
EliminarAquele abraço, continuação de boa semana
O quê?! Que coisa mais surreal!
ResponderEliminarBeijinhos
Infelizmente muito real, Chic'Ana:(
EliminarBeijinhos
Caso para dizer, aqui há gato, Pedro.
ResponderEliminarAquele abraço.
Nem está escondido e tem o rabo todo de fora, Ricardo :(
EliminarAquele abraço
Ai, Pedro, entrei numa de "santidade", penso mesmo que vou ser beatificada, em que já nada me espanta!:(
ResponderEliminarApenas uma palavrinha: isso é roubo ou terá qualquer outra classificação?
Abraço.
Eu ainda fico de cara à banda com estas coisas, GL
EliminarNão há vergonha :(
Abraço
Até os gatos topam as irregularidades, Pedro.
ResponderEliminarIsso está assim, entregue aos bichos?
Abraço
Às vezes dá essa impressão, António:(
EliminarAquele abraço
~~~
ResponderEliminarMuito bem exposto, Pedro.
Haja pachorra e sentido de humor!
~~~ Beijinho ~~~
Quando a coisa desliza para a aproveita o melhor é ser aparvalhado também, Majo.
EliminarBeijinhos
Não entendi: se os parquímetros só papam as moedas como é que se sabe que todos pagaram o estacionamento?
ResponderEliminarQuanto à dita indemnização, no mínimo é ridícula!
Beijocas
Os parquímetros só têm o tempo de estacionamento autorizado no mostrador.
EliminarMas não dão prova nenhuma de se terem metido lá moedas e quantas, Teté.
No mínimo legalmente duvidoso.
A indemnização é de bradar aos céus!
Beijocas
E tem razão para ter dúvidas a respeito da legalidade! Como muitas outras também serão os contribuintes a pagar a factura da estranha indemnização.
ResponderEliminarBeijinho Pedro
Vai ser a organização das Festas, Adélia.
EliminarFaz um sentido do caraças!! :(
Beijinhos
Que horror, pensava que isso só acontecia por aqui. O mundo enlouqueceu. Todos querem tirar proveito de alguém. Tenha uma ótimas ferias.
ResponderEliminarAbraços.
Macau também destas tolices, Anajá.
EliminarE não são poucas.
Partimos amanhã e ficamos quase um mês de férias.
Abraços
A vida aí em Macau pode ser muito boa, a cidade linda e as pessoas afáveis(?), mas a nível de obtusidade governamental é igual à daqui, ou pior, não Pedro?
ResponderEliminarSe os parquímetros não derem um ticket com o comprovativo de quanto se pagou e por quanto tempo, como é que se faz a prova?
A indemnização, parece pior a emenda que o soneto.
Chinesices!!
Beijinhos
Chama-se a isso as especificidades de Macau, Janita.
EliminarDisseram-me, pouco depois de aqui chegar, que não é de bom tom falar nisso.
Rebelde, falo na mesma.
Beijinhos
Espero que por cá ninguém leia isso, caso contrário, a moda talvez pegue.
ResponderEliminarE esta moda é das tais que se dispensam, Carlos.
EliminarÒh meu amigo, toda a situação que descreves parece-se mais uma invenção do "Tio Patinhas" ainda que eu pense que nem ele se lembraria de tais coisas.
ResponderEliminarQuem detém o poder acredita que tudo pode. E muitas vezes pode...
Um grande abraço pah (e uma grande dose de paciência).
É de deitar as mãos à cabeça, Kok.
EliminarQuando apetece deitar as mãos ao pescoço de algumas luminárias.
Aquele abraço (a paciência a gente vai aprendendo com os orientais)
O menino não está com certeza a chamar burritos aos gatos, pois não?! É que os gatos, ou melhor, as gatas cá de casa entendem perfeitamente a minha prosa e respondem... eh eh eh...
ResponderEliminarBeijinhos e miaus...
Pelo contrário, Graça.
EliminarO único com bom senso parece ser o gato.
Beijinhos
Caro Amigo Pedro Coimbra.
ResponderEliminarPeço-te escusas, porque estou na Região Nordeste brasileira a mais de 2000 km de casa e não tenho acessado diariamente seu imperdível blog, como habitualmente faço.
Retorno a São Paulo no dia 30 vindouro.
Caloroso abraço. Saudações turísticas.
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Um ser vivente em busca do conhecimento e do bem viver, sem véus, sem ranços, com muita imaginação, autenticidade e gozo.
Amanhã vou eu de férias, Amigo João Paulo de Oliveira.
EliminarUm mês, mais coisa, menos coisa.
Aquele abraço, boas férias.
Oi. Já tinha lido o teu post no telemóvel, mas não gosto de comentar pelo mesmo, já que faço sempre asneira...kkkkk
ResponderEliminarFicou uma dúvida, que se mantém, como é que sabes quanto tempo podes estacionar se não tens recibo??!!