Clinton e Trump a caminho da nomeação
Não houve surpresas nos resultados da chamada "Super terça-feira" nos Estados Unidos.
Hillary Clinton, entre os Democratas, Donald Trump, entre os Republicanos, parecem cada vez mais perto da nomeação.
Ainda há um longo caminho a percorrer, mas já se afigura como muito difícil que não venham a ser estes os dois candidatos à presidência americana.
Do lado Democrata, Hillary Clinton tem feito valer a sua experiência, o seu tacto e o seu currículo políticos, o peso que o apelido Clinton ainda tem dentro do partido e na sociedade americana.
Muito mais do que a bonomia de Bernie Sanders, a ala Democrata aposta no peso e na experiência de Clinton para não arriscar a hipótese de alternância de poder nos Estados Unidos.
E também, ainda que num nível totalmente diferente, na possibilidade de, depois de um negro, a América ter finalmente na presidência uma mulher.
Ambos vindos do lado Democrata.
Estas apostas fazem todo o sentido quando parece quase inevitável que do lado Republicano se apresente a sufrágio o temível Donald Trump.
Trump que tem apostado tudo num discurso nacionalista, xenófobo, de profundo desrespeito por todos os oponentes, na mais reles sátira, na busca de conquista da chamada "América profunda".
Uma América que sonha com heróis e vilões, com um presidente cowboy e conquistador, um presidente armamentista, que transmite segurança, que fecha fronteiras, que ameaça os inimigos, que usa e abusa da grandeza americana como slogan, em contraposto aos inimigos externos - um novo eixo do mal, em termos de segurança, encabeçado pelo mundo muçulmano e pela Coreia do Norte; um inimigo comercial a Oriente, personificado pela China, obviamente.
A eleição de Obama representou uma nova esperança.
A nível interno, pelas postura e personalidade diametralmente opostas às do inenarrável George W. Bush.
A nível internacional, pela promessa (algo frustrada...) de uma nova política externa, de um maior respeito pela diferença, pela santidade do respeito pelos direitos humanos.
Clinton e Trump não serão, nem de perto nem de longe, a pedrada no charco que Obama foi.
Com o receio de Trump ser uma versão megalómana de George W. Bush, cavalgando os medos e complexos da tal "América profunda".
A princípio, parecia quase uma anedota a candidatura de Trump, mas agora parece cada dia mais evidente que não só ele será o candidato dos republicanos, como até pode acontecer surpresa, como até o mundo pode ser surpreendido com a sua eleição. Uma grande parte da América está desejosa de um presidente vingador, e desde logo aos fabricantes de armas, interessa um presidente assim.
ResponderEliminarUm abraço
Um cenário assustador, Elvira Carvalho.
EliminarComparado com Trump, George W. Bush, aquela luminária, é um santo.
Tenho muito medo dos americanos e da possibilidade de substituírem Obama por Trump, ou, para parafrasear Artur Boal, a Mona Lisa por um mono liso.
Deus nos livre do sinistro Trump!
Um abraço
O que diz é bem verdade. Começo a assustar-me...
EliminarSou mais democrata... mas pelo que leio nos comentários das pessoas, existe um gigante preconceito para com o democrata, que é visto como um liberal e, como tal, não saberá fazer-se valer. Os EUA parece estar cheio de pessoas extremistas, que apreciam esse presidente «vingador», geralmente vindos do partido republicano/conservador. :P
Mais que um Republicano, Trump é um cowboy, Angela.
EliminarO representante da América mais conservadora, xenófoba, racista, profundamente irritante.
Tenho má opinião sobre a sociedade estado-unidense, que tem laivos profundos de insanidade. Muito particularmente essa dita "América profunda", cuja tacanhez e ignorância apavora.
ResponderEliminarAbraço.
Se Trump chegar à Casa Branca será uma tragédia a nível planetário e ainda fará parecer aquele grupo temível de Bush e cúmplices pessoas mais ou menos decentes.
Trump é o único capaz de fazer a trupe de Bush passar por gente decente, São.
EliminarEra o que faltava agora era uma América governada por um cretino perigoso com Trump! :(
Abraço
Que Deus nos livre de uma América governada por um Trump completamente doido, mas isto realmente é a América no seu "melhor".
ResponderEliminarUm abraço e continuação de uma boa semana.
É disso que eu tenho medo, Francisco, da tal "América profunda" capaz de coisas que não lembram ao diabo.
EliminarAquele abraço
E no frente a frente final, vitória para Clinton.
ResponderEliminarApesar de tudo, o efeito Tramp não cola.
Abraço
Que assim seja, António.
EliminarMas não nos vamos esquecer que estamos a falar da mesma América que elegeu e reelegeu Bush.
Aquele abraço
~~~
ResponderEliminarVai ser desta vez que Hillary vai conseguir.
Uma lutadora resistente!
~~~ Beijinhos. ~~~
Hillary não tem a inteligência e as capacidades do marido, Majo.
EliminarMas, entre ela e Trump, nem é preciso reflectir.
Livra!!!
Beijinhos
Um louco de temer.
ResponderEliminarMundo este incrédulo!
Um louco, cheio de dinheiro, que levou casinos à falência!!!, que é imprevisível se se vir dotado de poder, cantinhodacasa
EliminarUm terrorista, cowboy, louco americano.
EliminarDeus nos livre desta criatura, cantinhodacasa!!
EliminarMas como é que isto é possivel! Eu continuo incrédula!!
ResponderEliminarBeijinhos
Na América estas coisas são perfeitamente possíveis, Chic' Ana.
EliminarForam os americanos a eleger e reeleger Bush.
Beijinhos
O Trampa faz lembrar o Coelho daqui da urbe. A última foi despir-me na Assembleia. Loucos
ResponderEliminarKis:=)
Já vi essa bizarria, AvoGi.
EliminarEsse também já nem passa pela ala dos loucos.
Vai direitinho para a dos furiosos! :))
Bjs
Pedro, excelente análise à "super-terça-feira" e dizer que desde há longos anos a América não ameaçava tanto o mundo, nem com o inócuo George W., nem com a inenarrável Governadora Palin.
ResponderEliminarO Sr. Trump não conhece a vida, isto é, a vida sem dinheiro, a vida que custa a ganhar para colocar um prato de comida na mesa, dar estudos aos filhos, emigrar para conseguirmos algo de melhor para nós e para os nossos, enfim, desconhece as agruras da vida.
Como ignorante que é desconhece a curta história do seu país, de quanto o mesmo deve aos emigrantes, de quanto do sangue derramado pela sua bandeira foi-o por soldados com nomes tão americanos como Silva, Medeiros, González,Kim,Dan,Ngoc, entre muitos outros.
Temo muito, tal como você, pela votação daquela América conservadora e ignorante, mas o que não entendo é a popularidade de Trump entre a comunidade de Miami (Flórida) e daí talvez até compreenda...
Meu caro, parabéns pela análise, gostava de estar em forma para poder fazer o mesmo no meu espaço e no meu mural.
Aquele abraço.
Mas está em grande forma nos comentários, Ricardo.
EliminarCinco estrelas!!
Aquele abraço
Será que o povo vai enlouquecer e eleger Trump, seria terrível.
ResponderEliminarBeijinho Pedro
Tenho esse receio, Adélia.
EliminarHá uma parte da América que é capaz de tudo.
Até de eleger Trump.
Beijinhos
Deus nos livre de um Trump!! Ou mesmo de um Passos Coelho se alguma vez tivesse o poder que o super-Trump (brincadeirinha...) possa vir a ter...
ResponderEliminarSuper-beijinhos
Seria terrível, Graça.
EliminarEste tipo é mesmo perigoso.
Ao pé dele Bush e a sua camarilha são aprendizes de feiticeiro.
Beijinhos
Assustador e para mim, confesso, com este grau de expressividade e adesão que tem mostrado, surpreendente. Não pensei que passasse da fase da piada (de muito mau gosto). Nem mesmo o Bush chegava a este nível e foi perigoso quanto baste.
ResponderEliminarSendo uma sociedade democrática, é à própria democracia que se deve esta possibilidade. O que só vem reforçar a imperiosa necessidade da educação / cultura para a existência pacífica de uma nação.
Há uma parte da América “profunda” que escapa ao entendimento europeu e que é tanto América como o resto… Bom resto de semana!
Sinceramente dessa América que fala eu espero tudo, M Campos.
EliminarLembre-se que elegeram, e reelegeram!!!, Bush.
Uma luminária que seria quase irrelevante se comparado com Trump.
Bom resto de semana também
Gosto muito de ler as análises políticas que o Pedro escreve.
ResponderEliminarObjectivo e de um raciocínio claro, desempoeirado e isento, vê e analisa o que acontece sem se deixar tomar por animosidades, coisa que não vejo em muitos blogues, que se dedicam à análise política.
Tenho aprendido muito por aqui, mas, como não me sinto muito à vontade nesta matéria, leio e nem sempre comento, já que não estou muito por dentro dos acontecimentos políticos internacionais.
Beijinhos! :)
Antes de mais, obrigado pelos elogios, Janita.
EliminarGosto de ler e escrever, gosto de me pronunciar acerca do que se passa à minha volta.
E tento dominar a emotividade quando se trata de análise.
Podemos manifestar as nossas preferências, não devemos deixar toldar o raciocínio com essas preferências.
Já não é assim quando estamos perante casos que realmente ofendem a nossa moral, a nossa sensibilidade (v.g. a questão daquele antigo Procurador).
Neste caso tenho mesmo que me dominar.
Porque confesso que tenho muito medo do que poderia ser um futuro com uma América dirigida por Donald Trump.
Beijinhos
Uma boa análise.
ResponderEliminarO Obama, para mim, foi dos melhores presidentes que a América teve, percebendo que muitas vezes lhe atavam as mãos, os pés e sei lá que mais!
Medo! Medo é o que tenho sempre que imagino o Trump (ou trampa, como "simpaticamente" lhe chamo) à frente da América! Oxalá esse dia NUNCA chegue!
Golimix,
EliminarImagine o que seria a transição de Obama para Trump.
Só a hipótese é aterradora!
Gostei e gosto muito de Obama. De Hilary nem tanto mas prefiro-a do que esse "tresloucado endinheirado" que só de pensar...mete-me nojo e repugnância de tão seboso que é!
ResponderEliminarOs norte americanos que se aprumem porque se elegem o Trump, irão mergulhar na trampa...ó se vão!
O pior é que, se caem nessa asneira, levam todos nós atrás, Fatyly
EliminarJá tinha saudades de uma crónica vinda de Macau, mesclada de um saber de experiência feita em dois continentes de cultura e história tão diferente.
ResponderEliminarAqui, li de fio a pavio.
Sem ter visto os comentários anteriores atrevo-me a ser repetitivo:
1. Os americanos não merecem/ram o presidente Obama.
2. O perú, fanfarrão é o agregador da estupidez que o dinheiro e a miséria acelera não vai ganhar, penso eu, pois o bom senso da maioria da população irá ser determinante; será um aviso para os europeus que têm no seu seio o vírus do populismo da direita bem activo?
3. Hillary será a presidente por procuração, sem estatura que o lugar exige.
Abraço .
Obama é um político completamente diferente do habitual cinzentismo, Agostinho.
EliminarHillary não será nada de semelhante.
Mas, entre ela e aquela coisa que se chama Trump, mas que realmente tinha como apelido familiar Drumpf (não é anedota, é verdade!!) não há que hesitar um momento que seja.
Nem quero pensar o que será o mundo se Trump ganhar!
ResponderEliminarNão pode acontecer, Carlos, este troglodita não pode ficar à frente da nação mais poderosa do mundo!
EliminarSe é mesmo entre esses dois... (não ando a acompanhar as eleições americanas porque as considero cheias de «desinformação» e de uma violência extrema)
ResponderEliminarÉ uma questão de se perceber para que lado a américa pende mais. Pela primeira vez quer uma mulher no poder ou um Trump?
Eu cá não sei. Ambos recebem tanto preconceito...
Mas maior que o preconceito com o Trump deve ser o preconceito para com a mulher. Por isso não me surpreenderia se Hilary, mais uma vez... ficasse de fora.
Ela tenta tanto, nunca desiste. Mas o povo não pretende dar-lhe uma chance. Parece-me.
Repito o que já comentei, Angela - Deus nos livre desta criatura tresloucada!!
EliminarE seria óptimo ver a América, depois de ter um Presidente negro, passar a ter uma mulher na presidência.