Atingir Pequim através de Macau
Todos os anos a Comissão Europeia usa Macau para mandar uns recados e umas alfinetadas a Pequim (a means to an end).
Lá chegou mais uma vez o habitual relatório, com as habituais recomendações ao Executivo de Macau, as mesmas acerca das quais a Comissão Europeia sabe muitíssimo bem que o Executivo de Macau não tem autonomia para decidir.
Aprofundamento da democracia e evolução do regime político, no sentido de uma maior aproximação ao modelo Ocidental, são decisões que a Comissão Europeia sabe que só podem ser tomadas a Norte, são matéria reservada ao primeiro sistema.
Em vez de perder tempo com este tipo de recomendações espúrias, andaria melhor a Comissão Europeia se apontasse o dedo a problemas muito concretos, estes sim passíveis de resolução a nível do segundo sistema.
Maior inclusão e aprofundamento dos direitos das comunidades migrantes (curiosamente a Comissão Europeia aponta para melhorias nesta vertente, melhorias que confesso tenho dificuldade em vislumbrar), aprofundamento dos direitos laborais e regulamentação de direitos fundamentais, a título de exemplo.
A Comissão Europeia, que saúda o caminho percorrido na qualificação como crime público dos actos de violência doméstica, mas aponta para o facto de o projecto de lei não contemplar as ligações entre casais do mesmo sexo (facilmente se adivinha a fonte, a mesma que terá dado a dica para a hipotética auto-censura nos meios de comunicação social), mais uma vez utiliza o relatório anual sobre Macau para atingir Pequim e repetir as mesmas banalidades acerca da Região Administrativa Especial.
Citando uma frase recente de um conhecido treinador de futebol português - "siga para bingo".
No próximo ano haverá mais do mesmo.
No próximo ano haverá mais do mesmo.
Realmente não dá para entender...o actual modelo da UE está esgotado porque sim!
ResponderEliminarBeijos
Todos os anos lá vem o estupor do relatório, Fatyly.
EliminarQue até podia abordar assuntos com interesse, mas que se limita a bater a mesma tecla.
Que já está gasta e quem ninguém ouve.
Beijos
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ResponderEliminar~ Paninhos quentes e de veludo - uma diplomacia algo hipócrita...
~ Nem sempre foi assim, porém, presentemente, a China é um poderoso país emergente, que até teve poder de decisão na eleição de Christine Lagarde...
~ ~ ~ ~ Beijinhos. ~ ~ ~ ~
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Essa é a grande questão, Majo.
EliminarAtingir a China directamente?
E se Pequim se irrita e limita o número de vistos concedidos a nacionais chineses para visitarem a Europa?
Lá se vai o negócio.
Beijinhos
Pedro, posso fazer uma pergunta:
ResponderEliminarO que se espera de burocratas caducos?
Aquele abraço, meu caro amigo.
Todos os anos lá vem a mesma lenga-lenga, Ricardo.
EliminarEu até podia fazer já o do próximo ano.
Poupava-se tempo e trabalho.
Aquele abraço
Estas hipocrisias irritam-me... e fico por aqui
ResponderEliminarBom Dia do Sorriso
Hipocrisia e cobardia, São.
EliminarServidas no mesmo prato.
Tratar-se-á de uma Carta a Garcia que fica no apeadeiro mais próximo de Pequim.
ResponderEliminarA intenção deve ser dirigirem o recado ao governo central mas a europa- UE tem uma linguagem complicada.
Abraço.
Estes recados caem em saco roto, Agostinho.
EliminarPequim está a tremer por causa destes relatórios.
E Macau também.
Vamos lá sorrir!!
Aquele abraço
A CE gosta muito de se meter na vida dos outros, em vez de cuidar de limpar a porcaria que tem em casa.
ResponderEliminarBoa malha, Pedro
Todos os anos, sempre por esta altura (deve ser efeito das alergias ao pólen....) lá vem o famigerado relatório.
EliminarQue passa por cima de assuntos realmente importantes e a merecerem reparo para se concentrar no que Macau não pode fazer e Pequim não quer.
A UE em vez de se preocupar com os seus assuntos, vai agora mandar «bitaites» sobre uma coisa que pouco ou nada importa para os europeus. Vá-se lá saber porque?
ResponderEliminarA UE adora mandar uns bitaites sobre tudo e todos, Paulo Lisboa.
EliminarSobretudo para picar a China.
Como se a própria UE não tivesse suficiente sarna para se coçar....