O ANÍBAL


O Aníbal, o tal que foi aluno bem comportado, numa destas noites, já depois da Maria ter ido para a cama fez, uma vez mais, contas à vida.

E depressa concluiu que o dinheiro das reformas não iria chegar para todas as despesas. Já cansado, triste, preocupado, foi para a cama.
Adormeceu e teve pesadelos.

Acontece a todos. Também ao Aníbal.
Coitado do Aníbal.
Sentado na cama aos gritos, disse:
- "Estou teso, estou teso...!"


A Maria acordou, ouviu, sorriu, suspirou e, suavemente, muito devagar, devagarinho, apalpou e disse:
- Até a dormir és mentiroso.

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