Occupy Macau?


Os moradores do Edifício Sin Fong Garden poderão ter sido, com a iniciativa que protagonizaram ao acampar na rua em frente ao prédio, os percursores do Movimento Occupy em Macau.
As várias facetas do Movimento Occupy, espalhadas um pouco pelo Mundo, têm um denominador comum - a procura de respostas concretas para questões também concretas colocadas às respectivas entidades governamentais.
Tenham um cariz mais revolucionário - de mudança de regime político; ou financeiro - de maior justiça distributiva; as várias nuances do Movimento Occupy têm sempre subjacente esse denominador comum - a busca de respostas.
E era isso que queriam também os moradores do Edifício Sin Fong Garden.
Tanto assim  era que, com a presença e as respostas muito claras, muito simples, dadas por Alexis Tam, os moradores imediatamente desmobilizaram e abandonaram os seus protestos.
Mas poderão ter deixado, ainda que inconscientemente, a semente para posteriormente germinar.
Doravante é bem possível que, quando a sociedade civil se sentir injustiçada, se assista a fenómenos semelhantes ao agora acontecido junto ao Edifício Sin Fong Garden.
E é bom que as autoridades governamentais tenham consciência desse facto - do facto de o Movimento Occupy ter chegado a Macau.
Via Sin Fong Garden.

Comentários

  1. ~ Olá Pedro!

    ~ Nós, por cá, bem precisávamos, há muito, de um movimento desses que obrigasse o governo a explicar o critério de equidade que gere a repartição dos sacrifícios pelos portugueses.

    ~ Uma tarde muito agradável. ~

    ~ ~ ~ ~ ~ ~ Beijinhos ~ ~ ~ ~ ~ ~

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    1. Só me questiono como e porque é que ainda não aconteceu, Majo.
      Os governos, onde quer que seja, excepto numa Coreia do Norte, ou algo semelhante, têm que se habituar a ser transparentes, a não ocultar aos seus cidadãos aquilo que eles têm o direito de saber.
      Quando assim não acontece, é bom que preparem para movimentos como este.
      Em Macau, ainda que de forma inconsciente, essa realidade chegou.
      Beijinhos

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  2. Esperemos que sim que as autoridades aí e no resto dos países tomem consciência de que há um limite!

    Embora aqui em Portugal, com a passividade das pessoas , o bando do Poder - com o total apoio do reformado vagueando por Belém e a conivência de uma comunicação social domesticada- já tenha passado há muito os limktes e esteja a conseguir dividir para reinar.

    Tudo de bom, Pedro

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    1. Acho que não andarei longe da verdade se afirmar que este movimento foi uma surpresa para as autoridades governamentais locais, São.
      E reafirmo que este pode bem ter sido o rastilho, o primeiro de muitos.
      A ver vamos.

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  3. Em Portugal, temos um anão que é a caixa de ressonância do Governo na TV do Partido, todo o debate que se necessita está a cargo de políticos inaptos, Pedro.

    Grande abraço e bom resto de dia, meu caro!

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    1. Já hoje afirmei o que vou agora repetir, Ricardo - a chegada da nossa geração ao poder foi uma tragédia.
      Se já havia erros vindos de trás, a nossa geração rebentou com tudo.
      Aquele abraço!!

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    1. Quando as pessoas desesperam chegam a estes pontos, Rosa dos Ventos.
      Mesmo em Macau que não tem nada estas tradições
      Abraço

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  5. Olá,
    esse movimentos sempre tem um resultado positivo, as vezes ao longo prazo. Por aqui há esse movimentos e eles conseguiram muitas coisas, mas políticos infiltraram pessoas criminosas no meio para desestruturar o movimento Uma pena.
    Obrigada pelas felicitações. Minha filha ficou curiosa a respeito de uma coisa. Aqui para o profissional poder atuar no mercado de trabalho há uma prova dificílima, além do alto custo para fazer. É o exame da OAB para ter a carteira profissional. Estudantes fazem este teste inúmeras vezes para conseguir aprovação. Ai em seu país tem este exame?
    Abraços da família Schmitz, tenha uma ótima semana.

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    1. Minha vida de campo,
      Aqui, e em Portugal, é necessário um estágio e um exame final se aceder à profissão de advogado.
      Faz sentido.
      Porque, como dizia um professor meu, o diploma de licenciatura é só uma licença para continuar a aprender.
      Uma óptima semana para si e família também.

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  6. Os Okupas chegaram a todo o Mundo, mas por aqui apenas estiveram de passagem. Nem para eles esta porcaria serve!

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    1. Quando menos se esperar é bem capaz de aparecer um fenómeno semelhante em Portugal, Carlos.
      É só preciso alguém dar o primeiro passo.

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  7. Esta geração de gente vinda da ditadura, tem dificuldade em ter consciência do "com conta, peso e medida". Dessa forma, não educou as gerações posteriores que se vêm desprovidas de ambição e esperança. Atravessamos (em Portugal) uma fase estranha de um "“Laissez faire, laissez passer, le monde va de lui même” . Curiosamente esta postura não tem apenas a ver com o pensamento económico mas também com os aspectos cultural e político.
    Beijinho

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    1. Ao longe, é muito isso que constato, Maria do Sol - muito ruído, muito barulho, muita indignação, mas sem quaisquer consequências.
      E é uma pena que assim seja.
      É preciso dar uns murros na mesa para que quem governa perceba que tem que ser transparente, dar todas as informações a quem é governado.

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  8. A notícia desse edifício Sin Fong Garden deve-me ter passado ao lado, já que não ouvi nada sobre o assunto.

    Já um movimento que dê respostas concretas a problemas concretos, por cá, era muito bem-vindo!

    Beijocas

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    1. Eu explico, Teté:
      O Sin Fong Garden supostamente estava em risco de ruína.
      E, como é normal, os moradores foram evacuados.
      Já lá vão quase dois anos!
      Entretanto, entre estudos e reflexões, o Governo não deu respostas concretas a quem teve que abandonar as suas casas.
      E as pessoas, fartas de esperar, resolveram acampar à porta do prédio.
      E conseguiram as tais respostas que queriam.
      O caso ainda não está resolvido.
      Mas está a caminho disso.
      Até porque, com esta atitude de força, os moradores mostraram que já chega de paleio vazio.
      Beijocas!

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  9. Democracia que incomoda muito os "democratas eleitorais".

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    1. Quando os cidadãos resolvem dar um murro na mesa, os governantes ouvem, Agostinho.
      Só não é assim em regimes totalitários.

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