A Pátria honrai que a Pátria vos contempla

 

«Manda Sua Majestade El-Rei declarar ao conselheiro inspector do arsenal da marinha, que sendo muito conveniente estimular por todos os modos os brios patrioticos e os nobres sentimentos, ha por bem ordenar que immediatamente faça apromtar e assentar nos navios que tenham tombadilho no vau d’este, e nos outros no ponto mais visível da tolda, a seguinte inscripção em letras de metal bem visíveis A PATRIA HONRAE QUE A PATRIA VOS CONTEMPLA».

Era este o teor da mensagem que José da Silva Mendes Leal, Ministro da Marinha e Ultramar do Rei D. Luís, fazia circular no século XIX.

Vivia-se uma época de nacionalismos espalhados um pouco por toda a Europa, uma onda que afectou também Portugal.

Século XXI e os nacionalismos espalham-se também um pouco por todo o Planeta.

Contrariando a globalização, a abolição de fronteiras, físicas e virtuais, uma onda nacionalista volta a varrer o Mundo.

A Oriente, e navegando a filosofia de Xi Jinping, essa tendência observa-se todos os dias.

O nacionalismo, sobretudo o orgulho nacional, não têm nada de negativo em si mesmos.

Os problemas surgem quando são aproveitados por criaturinhas sem coluna vertebral nem moral.

Criaturinhas que se colocam em bicos de pés para poderem ser bem observadas nos seus desvarios.

Não percebendo que são observadas não só pelo Poder a quem querem ser servis como pelo restante da população.

Que se diverte com o anedótico da opereta que esta gente pequenina e miudinha frequentemente monta.

A Pátria honrai que a Pátria vos contempla.

A ideia é honrar e servir a Pátria não é envergonhá-la e servir-se dela.

Será que algum dia vão perceber isso?