Trump being Trump
A NATO vai pagar as armas que Trump vai entregar à Ucrânia.
Foi Trump a dizê-lo, com o circo montado na Casa Branca como estivera no episódio Zelensky.
Desta vez no lugar de Zelensky estava Rutte.
E Trump não se irritou.
Falou com desenvoltura e desabafou.
Afinal Putin não é um cordeiro manso.
Muito menos amestrado e disposto a obedecer às ordens do suposto dono do mundo.
Trump está desiludido.
E a desilusão justifica a sua decisão de enviar armas para a Ucrânia.
O recado está dado.
Mas quem são os destinatários?
Obviamente desde logo Putin.
Trump já não confia no ditador russo.
Agora.
No futuro...estamos para ver.
O mais importante dos destinatários da mensagem não é no entanto Putin.
O mais importante é a base eleitoral de Trump.
Sobretudo a facção que pensa que os Estados Unidos já auxiliaram a Ucrânia em demasia.
Gente unida pelo slogan America First, a aversão à China e à Rússia.
É sobretudo para estes que Trump fala, são eles que lhe asseguram o poder.
E esses só conhecem a linguagem da força ou do dinheiro.
Trump justificou a sua decisão perante estes de forma muito simples - não estamos a auxiliar, estamos a vender.
E todos viveram felizes para sempre.
Que grande caos existe em todas as frentes!
ResponderEliminarEstou nesta altura mais atenta ao que se passa no meu segundo país que, suspeito, vai sentir o impacto de novas tarifas que, supostamente, serāo impostas a 1 de agosto.
E por falar em país... se eu já vivi muitos mais anos no Canadá do que em Portugal... qual é o meu primeiro país? :))
Estou quase no meio por meio, Catarina.
EliminarA nossa Pátria é Portugal.
Talvez a Mátria seja a terra que nos acolheu.
Todos vão sentir o impacto das tarifas do loiro.
A começar pelos americanos.
Mas para esses é muito bem feito.
Sim, faz sentido. Mátria. : )
EliminarEra assim que o Henrique Senna Fernandes se referia ao falar de Macau e Portugal
Eliminar: )) O Pedro menciona Henrique Senna Fernandes, como se eu o conhecesse. A única pessoa que “conheço” tem apenas um “n” em Sena. Jorge de Sena.
EliminarA Wikipédia elucidou-me. E fiquei mais rica em conhecimentos. : ))
Escritor macaense e pai de um bom amigo.
EliminarTrump aconselhou a Ucrânia a não atacar a Rússia.
ResponderEliminarNum dia diz, no outro desdiz.
Uma caixinha de surpresas, 'the animal'.
Abraço
Essa é a maneira de actuar dele, António.
EliminarNão lhe devemos dar muita importância.
Abraço
Sempre a contrafizer-se
ResponderEliminarÉ dificil saber o que vai fazer a seguir.
Bjs
O ziguezague com Trump é imagem de marca, Manu.
EliminarBjs
A actual fúria do Elo Perdido contra Putin é este não ter entrado no seu jogo e assim não poder " acabar a guerra em vinte e quatro horas " para ter mais oportunidades de ganhar o Nobel da Paz.
ResponderEliminarExactamente, São.
EliminarIsso é que o irritou.
Não foi o fim da guerra, as vidas perdidas.
Foi Putin gozar com ele e deixá-lo mais longe do Nobel.
«não estamos a auxiliar, estamos a vender»
ResponderEliminarO que não é mentira nenhuma. Graças a Trump, a Europa está finalmente a rearmar-se e, nesta fase, terá de comprar muito aos EUA.
Mas, mais importante, Trump tinha sido eleito sob a promessa de não começar mais guerras. Foi por isso que ele tentou negociar com o Putin. E era preciso que as negociações falhassem como falharam para ele poder dar finalmente armas pesadas à Ucrânia. Continuar a política de Biden logo desde o início do seu mandato teria sido desastroso para Donald Trump, porque ele tinha prometido cortar com ela.
O que o Pedro Coimbra e a maior parte dos que comentam neste espaço não parecem perceber é que a base eleitoral de Trump é, em grande parte, simpatizante da Rússia. Ou, na melhor das hipóteses, não quer que os EUA gastem o que quer que seja com a defesa da Europa. É uma tragédia e uma obscenidade… mas, infelizmente, é verdade. E Trump não pode contrariar esta gente sem primeiro esgotar as outras vias. Seria suicídio político, o Partido Republicano seria arrasado nas próximas eleições intercalares.
Donald Trump vende armamento à NATO, permitindo que nós, europeus, financiemos essa aquisição, enquanto a NATO posteriormente cede esse material à Ucrânia. Ou seja, o presidente americano desenvolve a sua economia às custas do conflito. É evidente que o senhor Mark Rutte, que aprecia bajular o presidente americano, manifesta-se com entusiasmo e concordância.
ResponderEliminarFriedrich Merz, por motivos que nos escapam, também apoia essa postura de forma absoluta.
E, assim, acabamos por ser nós a arcar com os custos dessa estratégia.