Paz à bruta

O Mundo olha para a Ucrânia e revolta-se justamente com o que ali acontece.

Mas distrai-se do que vai acontecendo na Palestina.

Netanyahu massacrou mais uma vez umas centenas de desgraçados inocentes só porque estavam no local errado e à hora errada.

Gente cansada da guerra, cansada de ser constantemente deslocada do local onde vai sobrevivendo, que é martirizada para Netanyahu e o amigo americano poderem finalmente conseguir criar o paraíso à beira mar onde possam saborear em paz os seus Bloody Mary.

Não sei se Netanyahu é um genocida, se consciente e deliberadamente quer dizimar a população palestiniana.

Não tenho dúvidas que esse possível resultado não faz parte das suas preocupações imediatas, é-lhe perfeitamente indiferente.

O excesso de legítima defesa é óbvio.

Mas poderá ser bem mais que isso aquilo a que vamos assistindo.

E há uma outra interrogação que constantemente me atormenta - o Hamas teria assim tantos activos, e tanta capacidade de regeneração, ou é realmente indiferente quem as balas atingem? 

Na resposta a esta questão poderá estar a diferença entre um líder militar e um assassino.