I will survive






Eleições autárquicas findas, ouviu-se em fundo uma música em todas as intervenções.
Era I will survive, o clássico de Gloria Gaynor, agora na versão Rui Rio.
Podem fazer-se inúmeras leituras dos resultados eleitorais.
Mas há uma que julgo ser óbvia e consensual - a crónica da morte anunciada de Rui Rio foi precipitada.
Se é verdade que o PS teve mais votos e mais autarquias, Rui Rio foi quem apareceu com ar mais triunfante.
Deve-o às vitórias eleitorais em Lisboa, Coimbra e Funchal, três Câmaras em três grandes cidades que o PSD conquistou ao PS.
E que permitem a Rui Rio manter a liderança no partido e ganhar algum fôlego e alguma latitude para enfrentar o PS e António Costa.
Rui Rio era o primeiro a saber que jogava muito do seu presente e futuro político imediato nestas eleições.
Jogou alto, jogou forte, ganhou esta batalha e continuará a comandar as tropas nas que se seguem.
Mas continua a sentir-se que falta afinar a estratégia e dar mais poder de fogo aos seus comandados.
Se quer ferir o inimigo, ainda para mais combalido por alguns golpes inesperados, precisa antes tudo de tocar a reunir.
Para já pode cantarolar mais alguns dias, pode por mais alguns dias ser cigarra antes de voltar a ser formiga.
E pode mudar a balada e procurar descobrir o segredo do flautista de Hamlin  para encantar uma parte da enorme abstenção e levar esses abstencionistas a segui-lo. 

Comentários

  1. Oi Pedro!!
    Em questões políticas, ouvir Sobrevivire de Gloria Gaynor é uma grande metáfora. Vejo que são tempos de eleições, muita luz para esses candidatos.
    Eu te envio um grande abraço e sucesso!

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    1. Eleições em Portugal no último domingo, Gra.
      Um grande abraço de volta

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  2. A abstenção continua a ser a grande vencedora. O povo já não acredita nos políticos.
    Isabel Sá
    Brilhos da Moda

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  3. Os tempos vão estranhos, mas parece-me que, nas autárquicas, mais do que votar em partidos, os votos são gritos de protesto e forma de penalizar pessoas concretas. Nos casos apontados, o lema terá sido "venha o seguinte que deste estamos fartos".

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    1. O Medina disse isso, bea.
      A derrota era pessoal, era dele, não do PS.

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  4. Bom dia
    As eleições autárquicas são tão importantes como as legislativas , no entanto continua a haver muita abstenção , porque há uma guerra partidária onde não haveria de existir , pois muitas vezes sofrem as pequenas freguesias , por não serem do mesmo partido da câmara em questão , onde o poder central pode quer e manda .

    JR

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    1. As autárquicas até têm um impacto mais directo e imediato na vida das populações, Joaquim Rosario

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  5. Muito bem dito e digo-te que não gosto nada de Rui Rio, assim como não gosto de ouvir o Moedas. Depois das eleições cujas campanhas foi tão vergonhoso dizem todos sem excepção que venceram. Aqui nada se alterou e a abstenção para mim trás água no bico.
    Se foram pelos Censos2020 a maioria são emigrantes por todo o país. Perguntei a três vizinhos se iam votar ao que responderam que não porque não podem, não podem? Pois, mas como o Censos são números não faço a mínima ideia e também actualizaram os mortos? Não há ninguém até hoje que me explicou o que envolve os cadernos eleitorais e perguntar na junta é como ir à pesca e não trazer nada.
    Olga sabes que mais amigo já me desliguei de tudo isso porque tenho mais com que me preocupar.
    Beijocas

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    1. Desinteresse, cadernos eleitorais desactualizados, desleixo, um pouco de tudo.
      Beijocas

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  6. Apesar da "vitória" de Rui Rio penso que só se aguenta até ao próximo congresso do partido.
    Um abraço e boa semana.

    Andarilhar
    Dedais de Francisco e Idalisa
    Livros-Autografados

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    1. Para já não caiu, Francisco.
      E não acredito que caia antes de Legislativas.
      Um abraço

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  7. Como todos os cidadâos no seu lugar, os eleitos devem é arregaçar as mangas e fazer o eu trabalho para melhorar a vida das populaçôes e tornar o ambiente mais limpo e mais organizado

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    1. Mais que partidos, nas autárquicas vota-se em pessoas, em rostos, Angela.

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  8. Rui Rio canta vitória, mas penso ser sol de pouca dura. Tem um discurso desgastado e falta de estratégias.
    Beijos

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    1. Pode cantar porque não caiu, Manu.
      Pelo menos para já.
      Beijos

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  9. Não foi propriamente o PSD a ganhar, mas sim as coligações que liderou.

    Espero bem que Rui Rio se mantenha, pois é um político que pensa mais no país do que no Partido , coisa que Paulo Rangel , na linha de Miguel Relvas, Luis Montenegro e Passos Coelho, não faz.

    Respeitei sempre Sá Carneiro e a linha social-democrata do PSD até à deriva direitista de Passos, que prejudicou quem mais necessitava de apoio e disse que iria além da troika, como se não fossem já suficientes as exigências desta.

    Mudando de assunto. enviou-me mensagem pelo mensenger ? É que recebi em seu nome um link enorme.

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    1. O link era uma piada ao PAN que publiquei no Facebook, São

      E estamos de acordo.
      Nas autárquicas vota-se muito mais em pessoas que em partidos.
      Fernando Medina deixou isso muito claro.

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  10. O importante é que o poder com que eles ficam, depois de ganharem, seja utlizado no desenvolvimento das cidades, vilas, lugares, porque é para isso que votamos neles.

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    1. No poder autárquico há pelo menos uma grande vantagem - é fulanizado, sabemos a quem apontar o dedo, Ricardo

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  11. Se Medina deixou claro que a derrota nestas Autárquicas era pessoal e não do seu Partido, foi um assumir de que o seu mandato foi uma cagada em três actos...e foi!
    Por aqui, + ou - tudo se manteve igual. É óbvio que nestas eleições estão mais em causa as pessoas e o seu desempenho nas autarquias, do que os Partidos, será essa a causa do elevado índice abstencionista? Eu não deixo os meus créditos por mãos alheias e voto sempre.

    Beijinhos.

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    1. Medina ficou inevitavelmente chamuscado com aquele caso russo, Janita.
      Daí para cá nada foi igual.
      Beijinhos

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  12. Algumas vitórias do PSD nestas eleições foram um balão de oxigénio para a sobrevivência politica de Rui Rio, cujos detratores internos começaram já, entretanto, com jogos palacianos. Penso que com Rio na liderança do PSD a vida de António Costa estará facilitada.
    Quanto às eleições autárquicas, continuo a ter dificuldade em perceber os altos níveis de abstenção, traduzindo-se estas eleições em politicas de aproximação, onde os eleitores conhecem, na sua maioria, os candidatos. Por experiência, considero que o exercício da política local é muito gratificante.

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    1. Sempre fui favorável à gestão autárquica, Célia, à gestão de proximidade que só as autarquias permitem.

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    2. Estive 4 mandatos na Assembleia Municipal, ora presidente ora primeira secretária e gostei imenso da experiência.

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  13. Boa tarde Pedro. Acho que a abstenção nas eleições brasileiras ano que vem serão históricas.

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    1. Infelizmente é um fenómeno que se vem repetindo um pouco por toda a parte, Luiz Gomes

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  14. O povo anda farto de aldrabices!
    Cumpri minha missão...
    .
    A ousadia dos sonhos...
    .
    Beijos, e uma boa noite! :)

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    1. O mínimo que podemos fazer, Cidália.
      Cumprir o nosso dever cívico.
      Beijos

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  15. O Medina mereceu a derrota. Trabalhou para ela.
    O Moedas mostrou ser corajoso, e isso eu gosto.
    Rio, Rio... para onde corres tu?
    Beijo.

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  16. Uma figura pouco consensual, que não consegue reunir simpatias, nem no seu próprio partido...
    Acho que será por dizer bastantes verdades... doa a quem doer... e não alinhar em estratégias de grupo... que têm sempre as suas contrapartidas... enfim... política e seriedade... sempre se ligaram tão bem, como a água e o azeite... até ver... Rio não parece muito preocupado... não deve precisar assim tanto da política, com o mesmo desespero de muitos outros...
    Beijinhos
    Ana

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