Discriminação positiva?
A recente proposta de diferenciar as tarifas de autocarros para os residentes permanentes e os não residentes foi apresentada como uma medida que teria como finalidade discriminar positivamente os residentes permanentes.
A definição mais comum de discriminação positiva ensina-nos que discriminação positiva é um tipo de discriminação que tem como finalidade seleccionar pessoas que estejam em situação de desvantagem tratando-as desigualmente e favorecendo-as com alguma medida que as tornem menos desiguais. É um processo que tem como objectivo tornar a sociedade mais igualitária diminuindo os desequilíbrios que existem em certos grupos sociais.
A proposta apresentada pelo Conselho Consultivo do Trânsito, aparentemente com a concordância do Executivo, parece caminhar em sentido rigorosamente oposto.
Não são os residentes permanentes, com melhores condições de vida e mais protecção social, que devem ser discriminados positivamente.
Se for essa a ratio legis então a proposta terá que ser toda reformulada e apresentar tarifas mais elevadas para os residentes permanentes e não para os residentes não - permanentes.
Uma proposta que não se entende, que está muito mal explicada, que não faz sentido nenhum.
Que tal parar um pouco para pensar?
Valerá a pena apresentar semelhante proposta?
Se for, e tenho sérias dúvidas que seja, terão que ser aduzidas razões muito concretas e ponderosas para o fazer.
Nunca, mas mesmo nunca, nos moldes agora dados a conhecer, discriminação positiva.
Pelo que tenho lido aqui, essa governação é muito desiquilibrada, caótica, confusa. Há algum sector que funcione bem?
ResponderEliminarO mais extraordinário é que Macau vai funcionando bem mesmo no meio de tanto disparate, de tanta asneira.
EliminarDeve ser mesmo a confluência da Deusa A-Ma e de Nossa Senhora :))
Só pode!! 😁😁
EliminarSenão aqui influência divina já não sei o que pensar, Catarina :))
Eliminar"Funciona bem" é como quem diz. A porta abre às 9 e fecha às 5, é o melhor que se pode dizer.
EliminarVai funcionando, Leocardo.
EliminarCom tanto disparate acredito que, para quem olhe de fora, pense como a Catarina que haja para aqui grandes caos e confusão.
E não há.
Vai tudo correndo mais ou menos bem.
Podia e devia correr melhor?
Sem sombra de dúvida.
Um abraço
Inacreditavel!
ResponderEliminarQualquer dia os TNR andam de banda ao braço para melhor serem identificados... A lembrar outros tempos e outras formas de discriminação.
Defender o salario minimo para todos menos para as domésticas é também mais uma forma de discriminar.
No que Macau se está a tornar!
Infelizmente cada vez mais vemos manifestações deste tipo.
EliminarAinda para mais a ostracizarem um fatia da população que é absolutamente essencial para que Macau tenha viabilidade.
Entristece-me imenso que se pense (mesmo só pensar!!) numa aberração destas.
Não percebo porque o Governo está tão preocupado com esta questão das tarifas, sinceramente. Deviam preocupar-se mais com a qualidade do serviço prestado pelos transportes públicos! A condução dos motoristas (especialmente os autocarros verdes) é péssima e perigosa, já para não falar dos taxistas - uns verdadeiros mafiosos. E porque é que não se preocupam com os autocarros eléctricos?! Parece impossível. A agenda do Governo tem as prioridades viradas do avesso!
ResponderEliminarConcretamente quanto a esta proposta, acho que, a haver discriminação (positiva), devia abranger todos os cidadãos de Macau, em detrimento dos turistas, ou então devia visar os residentes mais desfavorecidos.
Aquele abraço, Pedro!
Hoje alguém me perguntava numa outra plataforma quem é que ganhava com esta proposta.
EliminarE eu não consegui responder.
É uma boa pergunta - quem é que ganha com este disparate?
Não podia estar mais de acordo com o comentário.
Preocupar-se com a qualidade dos serviços prestados, especialmente quando se apregoa constantemente que se quer promover a utilização dos transportes públicos em detrimento do transporte particular, faria todo o sentido.
Fazer o turista pagar um preço mais elevado em relação ao residente, seja ele permanente ou não?
Faz-se isso um pouco por todo o Mundo.
Penalizar as classes mais desfavorecidas e ainda falar em discriminação positiva?
Que coisa mais descabelada.
Aquele abraço
Não será melhor deixar tudo como está? A "coisa" lá vai, por essas bandas, funcionando, mesmo com atrapalhações, portanto, quietos (rs)!
ResponderEliminarBeijinhos, Pedro!
Como eu julgo que há muita gente a interrogar-se de onde raio veio agora esta ideia peregrina, CÉU.
EliminarÉ um bocado o que a minha avó dizia - procurar sarna para se coçar.
E esta prevejo que ainda vá dar muita comichão.
Beijinhos
Acredito que a proposta teve como base boas intenções só que estes políticos têm que pensar melhor antes de apresentar as suas propostas para não correr o risco de efeitos contrários.
ResponderEliminarUm abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Eu confesso que não consigo perceber o que se pretende, Francisco.
EliminarSer agradável para os residentes porque as consciências ainda pesam depois do que aconteceu com o tufão??
Aquele abraço
Discriminação positiva?
ResponderEliminarDiscriminação é uma palavra que automaticamente coloca de parte a igualdade de direitos.
Por certo, escolheram uma palavra errada ou o nome para uma medida social ainda pouco aprofundada.
Digo eu, Pedro que este mundo não é perfeito e os políticos também não!
Beijinhos
Discriminação positiva seria precisamente o oposto do que agora é proposto, mz.
EliminarOs residentes permanentes (é essa a designação legal) que gozam de muito mais regalias sociais, que auferem salários mais elevados na esmagadora maioria dos casos, deferiram pagar mais que os residentes não permanentes.
Esta proposta é o oposto do que apregoa.
Não faz sentido nenhum.
Beijinhos
Por cá, a toda a hora se fazem "leis" que a seguir são corrigidas !
ResponderEliminarPor enquanto estamos só perante uma proposta, que nem proposta de lei é, João Menéres.
EliminarE que cheira muito a apalpar o pulso para ver como é que a rua reage.
Espero que reaja muito mal e não se passe destas intenções.
Caro Amigo Pedro Coimbra.
ResponderEliminarDiscordo - como veemência - desta proposta absurda e discriminatório.
Aqui, quem tem mais de de 60 anos está isento de tarifa nos transportes públicos.Caloroso abraço. Saudações discriminatórias.
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Um ser vivente em busca do conhecimento e do bem viver, sem véus, sem ranços, com muita imaginação, autenticidade e gozo.
Aqui os residentes com mais de 60 anos também não pagam, Amigo João Paulo de Oliveira.
EliminarSabe que mais?
Se verdadeiramente se quer incentivar a utilização do transporte público, numa terra com tanto dinheiro, que tal investir na qualidade desses transportes públicos e alargar o leque de pessoas que não precisam de pagar para utilizar os mesmos?
Elevar os custos para as classes mais desfavorecidas é de bradar aos céus.
E é tudo menos discriminação positiva.
Aquele abraço
Nesse aspecto dos transportes públicos citadinos, em Portugal ainda não há vantagens em ser residente ou ter mais de 60 anos para os bilhetes avulso. O preço é o mesmo para todos.
ResponderEliminarSe bilhete comprado antecipadamente em quiosque, o preço é bem melhor que o pago já a bordo.
Já nos comboios, há 50% de desconto para quem tem mais de 60.
Abraço, Pedro
Se se quer promover a utilização dos transportes públicos em detrimento dos veículos privados é esse caminho que se deve trilhar.
EliminarMelhoria da qualidade dos serviços e benefícios sociais.
Singapura faz isso há muitos anos.
E com muito bons resultados.
Aquele abraço
Olá amigo!!
ResponderEliminarO que eu entendi no texto foi que irão diferenciar os custos e pra que isso? Esses políticos inventam cada coisa.
Achei que fosse só no Brasil que existia políticos sem noção!
Beijinhosss ;*
Blog Resenhas da Pâm
Sensatez é uma qualidade que parece não ter chegado à maioria da classe política, Pamela.
EliminarPor toda a parte.
Beijinhos
a ideia base é positiva e visa a igualdade e inclusão social. no entanto, parece-me óbvio que a medida só fará sentido em determinado local/cidade se o flagelo social se verificar
ResponderEliminarPois, o problema é que, como é apresentada, agrava as desigualdades.
EliminarEle há cada uma!
Verdade
ResponderEliminarSinceramente espero e desejo que não se passe deste foguetório, desta proposta sem sentido, Amigo João Paulo de Oliveira.
EliminarPensar é uma coisa que dá muito trabalho, Pedro....
ResponderEliminarBoa semana
E há muita gente preguiçosa, São.
EliminarGente a mais.
Boa semana também
Cada país k, com os seus cada qual k.
ResponderEliminarCada uma que se lê...
Boa continuação de semana.
Nós, portugueses, costumamos dizer que é cada tiro cada melro, cada cavadela cada minhoca, A Casa Madeira.
EliminarConcordo com o espírito a sua ideia.
ResponderEliminarPor cá, há passes sociais, com grandes descontos
para estudantes e pessoal de serviço precário.
Beijos
~~~
Isso é discriminação positiva, Majo.
EliminarO oposto do que aqui está a ser proposto.
Beijos
Mais uma vez um texto muito bem escrito e fundamentado com que naturalmente concordo.
ResponderEliminarlevando-me como tal a dizer que quiçá os mentores da proposta não saibam verdadeiramente o que é descriminação positiva _ parecendo para os mesmos ser apenas descriminar uns sobre outros, independentemente de quem sobre quem, pior se coincidindo (in)justamente no sentido inverso a verdadeira descriminação positiva.
Abraço e boa sorte por aí, também no relativo à correcção do sentido da proposta em causa
Oxalá não passemos desta fase de proposta, Victor Barão, de um apalpar de pulso que origine muito má reacção da rua.
EliminarAquele abraço