As profundas divisões que abalam a sociedade de Hong Kong
Na passada semana tinha aqui previsto o princípio do fim dos protestos em Hong Kong.
Mantenho essa ideia, agora reforçada pelos sinais públicos de uma profunda divisão no seio dos três principais grupos de manifestantes e na própria sociedade de Hong Kong.
No dia em que os três fundadores do movimento Occupy Central se entregavam à polícia (saíram em liberdade depois de identificados) na tentativa de colocar um ponto final nos protestos e de pacificação da sociedade de Hong Kong, rendição acompanhada por um misto de gritos de apoio e de protesto à porta da esquadra, o líder do movimento Scholarism (Joshua Wong), acompanhado por outras duas estudantes, mantinha-se em greve de fome e apelava a um regresso à mesa das negociações com o Executivo de CY Leung.
Observando estes desenvolvimentos, respeitando estas duas posições, mas não apoiando nenhuma, a Federação de Estudantes de Hong Kong ficava numa posição de quase terceira via.
Em Hong Kong, David importunou Golias, ousou fazer-lhe frente, aborreceu-o, mas não houve, não haverá, uma repetição do episódio bíblico.
No dia 20 de Dezembro Xi Jinping estará em Macau para celebrar o décimo quinto aniversário da Região Administrativa Especial e dar posse ao quarto governo pós-transição.
Até lá Pequim tudo fará para ter as ruas de Hong Kong desocupadas, os movimentos de protesto silenciados.
O jogo de paciência continua.
Mas avolumam-se os sinais de que estará a chegar ao fim.
~ Lamento pelo triste desfecho. Tinha que haver um fim e pensar dobrar Pequim era utópico. Deveriam ter pensado em prosseguir o protesto numa forma menos agressiva, com impacto nos media e exequível a longo prazo.
ResponderEliminar~ ~ Que soprem ventos de progresso sociopolítico em Macau.
~ ~ ~ Beijinhos. ~ ~ ~
Em Macau é tudo mais pacífico, Majo.
EliminarDe tal forma que foi um responsável político chinês a falar ontem na possibilidade de alterações das leis eleitorais.
Não será já, não será depressa, mas a porta está aberta
Beijinhos
Anda tudo sobre um barril de pólvora e incomoda-me muito que quem governa não veja que existe por todo o mundo uma geração de jovens em busca dos seus direitos.
ResponderEliminarEstes garotos em Hong Kong demonstraram uma força de vontade, uma força nas suas convicções, que impressionou, Fatyly
EliminarQue tudo se resolva sem conflitos de maior. O mundo precisa de paz.
ResponderEliminarUm abraço e bom fim de semana
Já houve alguns conflitos, Elvira Carvalho.
EliminarMas acredito que não passará muito mais daquilo que já aconteceu.
Um abraço e votos de bfds também
É bom saber a opinião de alguém que vive por perto os acontecimentos, pois aqui - como sempre - fica-se pelo fogo fátuo do que se passa....
ResponderEliminarTudo de bom, Pedro
Ver garotos de 17 anos com esta força é impressionante, São.
EliminarUm deles, Joshua Wong, cara de menino que é, está em greve de fome.
E não vira a cara.
Tudo de bom para si também
O que se tem visto na televisão é preocupante!
ResponderEliminarHouve problemas, Rosa dos Ventos.
EliminarNão sei se não terá havido algum empolamento nos meios de comunicação social no Ocidente.
Fiquei com essa impressão