Soneto do século XVII
Este soneto, obra prima do trocadilho, foi escrito no século XVII por António Fonseca Soares (Frei António das Chagas).
CONTA E TEMPO
Deus pede estrita conta de meu tempo.
E eu vou, do meu tempo, dar-lhe conta.
Mas, como dar, sem tempo, tanta conta,
Eu, que gastei, sem conta, tanto tempo?
Para dar minha conta feita a tempo,
O tempo me foi dado, e não fiz conta.
Não quis, sobrando tempo, fazer conta.
Hoje, quero fazer conta, e não há tempo.
Oh, vós, que tendes tempo sem ter conta,
Não gasteis vosso tempo em passatempo.
Cuidai, enquanto é tempo, em fazer conta!
Pois, aqueles que, sem conta, gastam tempo,
Quando o tempo chegar, de prestar conta
Chorarão, como eu, o não ter tempo...
Conclusão: devemos viver cada dia na sua plenitude!
ResponderEliminarExactamente, Catarina.
EliminarUm dia de cada vez.
Sempre em pleno.
Lindíssimo.
ResponderEliminarAproveitemos pois, o dia.
Beijinho. :))
É isso mesmo, ana.
EliminarAproveitá-los todos.
Um a um.
Beijinhos
~
ResponderEliminar~ ~ Histórico, lendário ou brincadeira, é muito interessante!
~ ~ Fazer algumas continhas, não cansa ninguém e proporciona muita paz e sossego.
~ ~ Que as contas nunca nos pesem muito!
~ ~ ~ ~ ~ Beijinhos. ~ ~ ~ ~ ~
E sem fazer muitas contas, vivamos intensamente todos os dias, Majo.
EliminarBeijinhos
O tempo é a coisa mais preciosa que temos na vida mas, curiosamente, é aquela que mais desperdiçamos.
ResponderEliminarE que depois não recuperamos, Carlos.
EliminarBonito soneto. Antes que acabe o tempo ]e tempo de...
ResponderEliminarNão conhecia o autor nem o poema, Agostinho.
EliminarExcepcional!