Falso piloto condenado a 16 anos de prisão por burlar mulheres
Conheciam este episódio rocambolesco, uma espécie de capitão Roby?
O homem que se fez passar por
comandante da TAP e ex-piloto militar e que burlou várias mulheres com posses,
recém-divorciadas e solitárias, subtraindo-lhes centenas de milhar de euros,
foi condenado a 16 anos de prisão, esta segunda-feira, pelo Tribunal de Júri de
Benavente. A ex-mulher do "comandante Perestrelo" e sua cúmplice foi
condenada a sete anos de cadeia.
José Perestrelo Nogueira, de 57 anos, natural de
Lisboa, foi condenado por seis crimes de burla qualificada - relativos a cada
uma das vítimas -, por um crime de falsificação de documentos, um de dano e um
de furto. Ao todo, o arguido foi condenado a 32 anos e dois meses de prisão,
tendo o coletivo de juízes e o tribunal de júri aplicado a pena única de 16
anos de prisão. Leonilde
Santos, que esteve casada 20 anos com o arguido e era sua cúmplice no esquema
engendrado pelo pai do seu filho, foi condenada a sete anos de prisão efetiva
por coautoria em três dos crimes de burla qualificada. O coletivo de
juízes deu como provada praticamente toda a acusação do Ministério Público.
Segundo os despachos de acusação e de pronúncia, a que agência Lusa teve acesso, o arguido, de 57 anos, após "selecionar" as vítimas, algumas que conheceu através de salas de conversação na Internet, apresentava-se como "piloto de companhias aéreas comerciais e ex-piloto militar", conseguindo "criar nas ofendidas a ilusão de uma relação amorosa, levando-as a entregar avultadas quantias em dinheiro e objetos valiosos".
Desde, pelo menos, 2008, o homem burlou seis mulheres, com recurso "a identidade, estilos de vida e documentos falsos", tendo contado com a cumplicidade da ex-companheira, acusada de coautoria nos seis crimes de burla, pela intervenção no esquema fraudulento e em toda a encenação criada.
Segundo a acusação, o arguido apresentava-se às mulheres "trajado a rigor, com fardamento típico de pilotos das linhas comerciais, respetiva mala de bordo, insígnias e outros acessórios relacionados com a aviação", dizendo que era de "boas famílias, com brasão".
Apresentava ainda documentos falsos, como a licença de tripulante de aeronaves e um diploma do curso de engenharia mecânica que, alegadamente, tirou no Brasil.
Assim, sustenta o MP, o arguido, através de um "embuste" e de uma forma "astuta, minuciosa e ardilosa, encarnando personagens com identidades e costumes de vida falsos", levou as mulheres a acreditarem que era piloto com posses, e que pretendia encetar uma relação amorosa com elas.
"Quando o arguido já tinha obtido o enriquecimento pretendido e não era possível manter a fraude por si criada, punha fim à relação amorosa de forma repentina e inesperada, e passava à vítima seguinte. Recorreu à pressão psicológica e, nalguns casos, a agressões físicas, para que as vítimas terminassem o relacionamento", explica a acusação.
A ex-companheira chegou a "encontrar-se socialmente com algumas das vítimas, apresentando-se como magistrada/juíza do Tribunal da Relação de Lisboa, facto que era confirmado pelo arguido junto das mulheres".
Quando foi detido, o arguido identificou-se aos inspetores da Polícia Judiciária como piloto de linha aérea comercial, conhecido por "Comandante Perestrelo". Durante as buscas foram apreendidos dois veículos e diversos objetos alusivos à aviação - nomeadamente fardamento diverso, capacetes de piloto, malas, fotos, crachás e coleções de aviões.
Segundo os despachos de acusação e de pronúncia, a que agência Lusa teve acesso, o arguido, de 57 anos, após "selecionar" as vítimas, algumas que conheceu através de salas de conversação na Internet, apresentava-se como "piloto de companhias aéreas comerciais e ex-piloto militar", conseguindo "criar nas ofendidas a ilusão de uma relação amorosa, levando-as a entregar avultadas quantias em dinheiro e objetos valiosos".
Desde, pelo menos, 2008, o homem burlou seis mulheres, com recurso "a identidade, estilos de vida e documentos falsos", tendo contado com a cumplicidade da ex-companheira, acusada de coautoria nos seis crimes de burla, pela intervenção no esquema fraudulento e em toda a encenação criada.
Segundo a acusação, o arguido apresentava-se às mulheres "trajado a rigor, com fardamento típico de pilotos das linhas comerciais, respetiva mala de bordo, insígnias e outros acessórios relacionados com a aviação", dizendo que era de "boas famílias, com brasão".
Apresentava ainda documentos falsos, como a licença de tripulante de aeronaves e um diploma do curso de engenharia mecânica que, alegadamente, tirou no Brasil.
Assim, sustenta o MP, o arguido, através de um "embuste" e de uma forma "astuta, minuciosa e ardilosa, encarnando personagens com identidades e costumes de vida falsos", levou as mulheres a acreditarem que era piloto com posses, e que pretendia encetar uma relação amorosa com elas.
"Quando o arguido já tinha obtido o enriquecimento pretendido e não era possível manter a fraude por si criada, punha fim à relação amorosa de forma repentina e inesperada, e passava à vítima seguinte. Recorreu à pressão psicológica e, nalguns casos, a agressões físicas, para que as vítimas terminassem o relacionamento", explica a acusação.
A ex-companheira chegou a "encontrar-se socialmente com algumas das vítimas, apresentando-se como magistrada/juíza do Tribunal da Relação de Lisboa, facto que era confirmado pelo arguido junto das mulheres".
Quando foi detido, o arguido identificou-se aos inspetores da Polícia Judiciária como piloto de linha aérea comercial, conhecido por "Comandante Perestrelo". Durante as buscas foram apreendidos dois veículos e diversos objetos alusivos à aviação - nomeadamente fardamento diverso, capacetes de piloto, malas, fotos, crachás e coleções de aviões.
Miguel Gonçalves aqui
Cuidado com os pilotos!
ResponderEliminarConhece a história do capitão Roby, Catarina?
EliminarEste burlão deve ter-se inspirado nele.
E agora, pergunto eu, onde estão aqueles que dizem que a Justiça não funciona em Portugal, Pedro!
ResponderEliminarAquele abraço
Ricardo,
EliminarVolto a perguntar - dê-me um exemplo de um país, que não seja uma Coreia do Norte, que ache que o sector da Justiça funciona bem.
Só 16 anos? Vá lá, ao menos sempre foi condenado...
ResponderEliminarNuma coisa estamos de acordo, FireHead - um escroque destes merece umas chibatadas!
EliminarPedro,
Eliminarpermita-me responder ao Fire:
Caro, consigo é sempre a "pocar" (partir o coco a rir), com efeito, para você ou é tudo ou é nada, você é um "eterno" insatisfeito e, sem rodeios, um maldizente de "profissão", diz mal de tudo e todos, é mais fundamentalista que os fundamentalistas islâmicos que você tanto mal fala, não existe em si um laivo de humor.
Desculpe-me a frontalidade mas já, de há algum tempo a esta parte, não há pachorra para as suas "taras e manias", aconselho-o a viver a vida da melhor maneira, sem amargura, pois assim dessa forma amarga você não cativa e aproxima ninguém, bem pelo contrário.
Pedro, desculpe-me o desabafo, mas aqui para o Fire-Head já não há pachorra que sobre para o aturar nas suas..."cruzadas"!!!
Caro Amigo Pedro Coimbra!
ResponderEliminarEstou cá estupefato com a audácia do fraudador.
Nossa amada língua portuguesa, com suas variações linguísticas, sempre deixa-me propenso a aprender mais.
Hoje aprendi que, no reino distante além-mar, o ato ilícito fraude é denominado como burla.
Caloroso abraço! Saudações aprendizes!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP
EliminarAmigo João Paulo de Oliveira,
Na linguagem corrente podem usar-se ambas.
Na linguagem jurídica, exprimem dois tipos de crime diferente.
Grande abraço!!
E, as mulheres que o ajudarm também não eram santas...coitadas das que se deixaram levar pelos encantos da farda!
ResponderEliminar:)
Tétisq,
EliminarEsta é das tais situações nas quais as vítimas também foram um bocadinho parvinhas, não é?
deixem que vos diga caros/as/amigos as mulheres que caiam na cantada tb eram burras,mesmo tapadinhas
EliminarHá com cada burlão, que ninguém imagina! ;)
ResponderEliminarBeijocas!
Gente com imaginação para fazer mal há imensa, Teté.
EliminarBeijocas!
Por acaso já conhecia e na altura pensei ao estilo da Ematejoca: a culpa é delas! :-)
ResponderEliminarTambém não podem apontar o dedo só ao tipo, Carlos.
EliminarSem dúvida.
Também já conhecia e penso tantas vezes...o que leva estas mulheres e noutros casos homens...a cairem nestes "velhos contos do vigário"? Que Deus mi guardi!
ResponderEliminarTambém faço essa pergunta, Fatyly
EliminarHá tempos ouvi falar num caso parecido mas não tenho a certeza se será o mesmo, no caso em questão o "Dom Juan" enganava juízas do MP para, além de as roubar aceder a informação privilegiada...
ResponderEliminarEstas histórias deixam-me a pensar, onde vai o desespero das mulheres, para caírem nestas patranhas... Mas este sim, foi condenado e bem condenado!
Há muitos, Catarina.
EliminarO mais famoso de todos foi o tal capitão Roby.
Acho que foi feita uma série televisiva à volta da vida do personagem.
Também ele foi condenado e cumpriu pena de prisão
Pedro,
ResponderEliminarpermita-me a observação, para esclarecer a Catarina de que não há Juízas no MP, mas sim Procuradoras!!!
Abraço aos dois!
Como sabe agradeço sempre esclarecimentos dessa natureza Ricardo. Encontrei a notícia relativa ao caso que já é de 2011:
Eliminarhttp://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/exclusivo-cm/falso-pj-seduz-e-burla-magistradas
Abraços*
ResponderEliminarA história do capitão Roby é sobejamente conhecida... até já houve uma série na televisão baseada na história verídica.
(salvo erro, o protagonista que fazia de Roby era o actor Vítor Norte)
Beijinhos sem burlas à mistura
(^^)
Foi o que li online, Afrodite.
EliminarVi, há muitos anos, uma entrevista com ele num programa do Herman.
Dizia-se muito arrependido.
Tá bem abelha!!