O dinheiro não gosta da incerteza

 



Sempre me ensinaram que o dinheiro não gosta da incerteza.
Da incerteza e da pressa, dizem os mais conhecedores.
O que se passou em Macau na passada semana parece confirmar ambos os axiomas.
Uma simples conferência de imprensa, um documento de consulta pública, fizeram as operadoras de jogos de fortuna e azar mergulhar a pique e em apneia nas Bolsas.
Pânico injustificado, gritaram alguns especialistas.
A justificação é muito simples, digo eu.
Demasiada incerteza, demasiadas perguntas, muito poucas respostas.
Tudo de repente.
E a confirmação que efectivamente a pressa e a incerteza não casam com o dinheiro.
Quando se fala de dinheiro, para mais de muito dinheiro, é necessário ter todas as respostas para todas as possíveis perguntas.
Sobretudo para as mais óbvias.
Ensinaram-me também há muitos anos a fazer uma sabatina antes de cada intervenção pública.
Um ensinamento sempre válido.
Sobretudo quando se vai falar de muito dinheiro.

Comentários

  1. Há os que são muito aventureiros, que arriscam e, por vezes, saem-se muito bem e outras vezes menos bem.
    A incerteza não é para todos. Não é para mim. A minha consultora financeira chama-me “conservadora”. E à medida que os anos vão passando, mais conservadora me sinto.

    A situação que é tópico do seu texto, em termos de $$$$$$$$$$, não tem nada a ver com a do meu comentário $$.... : )

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    1. Também sou MUITO conservador, Catarina.
      Especialmente com dinheiro.
      Jogo, risco, não é para mim.
      Tenho duas filhas, não tenho o direito de ser aventureiro e colocar o bem-estar delas em risco.

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  2. O mundo do jogo é muito arriscado são mais os que perdem do que os que ganham. Para muitos é viciante e acaba por ceda uma doença dificil de controlar.
    Isabel Sá
    Brilhos da Moda

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    1. Eu sou pago com os impostos do Jogo.
      Mas não gasto rigorosamente um cêntimo em Jogo.

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  3. oh your reply to this comment is so sweet dear Pedro !

    i am not person for money nor in my entire life i wanted to have it for myself ( personal saving ,i mean) and at fifty i am still that foolish .

    if i know i have to leave this house tomorrow i will leave it with dress i am wearing ,this is a stupid faith or dangerous attitude i don't know whatever you call it :)

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    1. Me and my wife always had our two daughters in our mind and in our hearts, baili.
      Catarina, the older one, is finishing her Master and starts working in October.
      Mariana, the younger one, is starting her graduation (Pharmacology) the end of the month.
      Both in London.
      Is my major responsibility and joy in life.

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  4. Bom dia
    Quando se fala em jogo , é claro que está na linha da frente "lucro".
    Ninguém vai a jogo com a intenção de perder, mas quem organiza os jogos , sejam eles de que teor forem , fazem-no com a intenção de obter lucros , assim como qualquer empresa .
    Se a lei permite os jogos do azar , não há muito a fazer, só joga quem quer .

    JR

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    1. Mas neste caso os problemas foram criados em Bolsa, na cotação das empresas.
      Outro tipo de jogo.

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  5. A única certeza que tenho amigo Pedro é que ele me foge a toda a velocidade.
    Um abraço e boa semana.

    Andarilhar
    Dedais de Francisco e Idalisa
    O prazer dos livros

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    1. Num dia perderam-se muitos milhões.
      Muito cuidado com o que se transmite publicamente quando de fala de dinheiro.
      Um abraço

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  6. Não jogo nada , mas nada mesmo porque o pai da minhas era viciado no jogo.
    Beijocas e um bom dia

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  7. Que bom não ter dinheiro e nem pensar a longo prazo um 😘🥰

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    1. Tenho de pensar sempre a longo prazo por causa das minhas filhas, SARA.
      São o meu tesouro mais precioso.
      Beijos

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  8. Sou super conservadora no que toca a dinheiro, nunca arrisco.
    O seguro morreu de velho.

    Beijos

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  9. Coisas básicas , que muitas pessoas com responsabilidade parecem esquecer ou, pior, desconhecer.

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    1. Neste caso parece-me que é mais o sapateiro a tocar rabecão…

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  10. Nunca joguei mas gostava de vêr. É fascinante vêr o comportamento dos jogadores, ficam completamente alienados, isto em jogos de mesa, tipo roleta, etc., agora quando passamos para a Bolsa, aí Pedro, e como diz o povo, aí "fia mais fino". É que quando as coisas correm mal há muitos lesados, muitos deles, penso que sem culpa ou responsabilidade.
    Em síntese: ganham-se e perdem-se fortunas num abrir e fechar de olhos.:(
    Beijinho amigo, Familia.

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    1. Sou funcionário público.
      Os funcionários públicos não só não podem jogar como não podem sequer frequentar espaços de jogos de fortuna e azar.
      Excepto nos três primeiros dias do Ano Novo Lunar.
      Fui duas vezes nestes vinte e seis anos.
      Muito pouco tempo.
      Mais que suficiente para me saturar.
      Não faz o meu género.
      Beijinho

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    2. Pensei que essa "lei" já não existia. Quando estive aí um mês em serviço oficial, nós não podíamos entrar no casino por sermos funcionários públicos. Com um jeito, lá nos deixaram deambular. Foi uma experiência nunca antes vivida! Quantias astronómicas em jogo!
      De qualquer modo, este post não tinha que ver o vício individual do jogo, mas, pelo menos foi o que percebi, com a fragilidade da estrutura em que assenta os negócios do dinheiro e que basta uma palavra, uma ideia que se solta, mesmo inadvertidamente, para que todo o edifício desmorone.
      Abraço, Pedro

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  11. Sempre ouvi dizer que 'o seguro morreu de velho'.
    Abraço

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    1. Nunca me dei mal com esse lema, António.
      E com o oposto já.
      Abraço

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  12. Quem vicio nem se importa do dinheiro nem que não o tenham-
    Eu só vejo sair. Sem vícios! :)
    .
    Sinto o outono em meu redor
    .
    Beijo, e uma excelente tarde!:)

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  13. Ora aí está um assunto que me passa completamente ao lado, o jogo, nem no Euromilhões, aposto.
    Apenas sei que em Macau é uma grande indústria.

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  14. Oi Pedro também não jogo nada. Mais acho que cada um faz o que quiser com o seu dinheiro, menos prejuízos para os outros.

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    1. Nem mais, Luiz Gomes - cada um gere o seu dinheiro e a sua vida como quer.
      Respeitando os outros.

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  15. Tema interesante que da para falar. Tudos /as temos alguma ma experencia co dinheiro.
    Eu tivem etapas de arriscar. Saím escaldada e voltei ao mais seguro, se é que existe, e o que menos rendimento proporciona.
    Gostei saber.

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    1. Não gosto do risco, Beatriz.
      E se há algum risco tem de ser muito calculado e informado.
      O problema nesta situação - pouca informação e muitas dúvidas.

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  16. Olá, Pedro, nunca será demais dar realce a esse provérbio :
    o dinheiro não aceita incerteza e nem pressa.
    Uma boa quinta feira, com saúde.
    Um abraço.

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  17. O Zucherberg que o diga, quando ontem o mundo digital crashou!...
    Um perfeito exemplo, da temática deste post...
    Beijinhos
    Ana

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