Um Espírito Santo altamente politizado

Os católicos acreditam que os Cardeais, reunidos em absoluta reclusão, escolhem um novo Papa iluminados pelo Espírito Santo.

A fé não se discute.

Mas é curioso verificar que essa luz divina anda muitas vezes a par com o que se passa no Mundo.

Foi assim com João Paulo II, absolutamente instrumental na implosão dos regimes comunistas no Leste da Europa, parece ser assim novamente com Leão XIV.

Um Papa americano não pode ser, neste momento histórico, pura coincidência.

Quando os conflitos se multiplicam e os caminhos para a paz passam invariavelmente por Washington; quando em Washington se senta um Presidente que põe em causa a ordem mundial saída da II Guerra; escolher um Papa americano, este Papa, crítico de Donald Trump e J.D. Vance, não pode ser coincidência.

Os católicos dirão que é mais uma obra do Espírito Santo na sua infinita sabedoria.

Os agnósticos dirão que os Cardeais, antes de se fechar a porta à chave (con clave), têm acesso a todas as notícias e têm noção do poder da Igreja Católica no Mundo.

Stalin perguntava acintosamente quantas Divisões (armadas) tinha o Papa.

Até perceber que o exército dos Papas não precisa de ter Divisões para ser tremendamente poderoso.