Nascer no local errado
Não gosto de determinismos, não sou nada adepto do faduncho de ter o destino marcado.
Dito isto, sou obrigado a reconhecer que há circunstâncias que nos são efectivamente impostas e que só a muito custo podemos alterar.
Uma delas é a geografia, o local onde nascemos.
Que não escolhemos e que eventualmente só poderemos voluntariamente abandonar muito mais tarde na nossa vida.
A Palestina.
Triste sorte ter nascido num local que se encontra pejado de assassinos.
E assassinos de dois poderes, de duas facções.
Entalados entre a ortodoxia genocida israelita e a voragem assassina do Hamas, os palestinianos vivem constantemente rodeados de horror.
Usados como escudos humanos pelo Hamas e Israel, abatidos impiedosamente pelo exército israelita, aos palestinianos resta a remota possibilidade de fuga da sua terra, do local onde nasceram.
Sem poderem falar, sem poderem mediar um conflito entre dois extremismos, os palestinianos são apenas vítimas de uma realidade que não criaram, para a qual não foram considerados.
Apenas porque nasceram no local errado.
Reivindicações conflituantes do território.
ResponderEliminarHá quantos anos?
Ninguém pode minimamente imaginar o que é nascer, viver e morrer sem conhecer momentos de paz e de bem-estar.
Sem dúvida, Catarina.
EliminarMas esse facto não legitima minimamente a carnificina.
Excesso de legítima defesa, é essa a figura jurídica.
A Alemanha deve se conter com conselhos públicos a Israel como nenhum outro país do mundo. Mas o governo israelita não deve fazer nada que o governo e a maioria do povo alemão não estejam mais dispostos a aceitar em algum momento.
ResponderEliminarIsrael, Bibi, está conscientemente a martirizar o povo palestiniano.
EliminarE uma guerra já perdeu, a guerra da informação, da opinião pública.
E andam nesta triste sina há dezenas de anos, com a agravante de ninguém os querer como imigrantes/refugiados.
ResponderEliminarUm povo à deriva num mar de ódio!
Abraço
Afinal qual é o povo sem terra?? 😞
EliminarAbraço
Uma situação antiga, muito antiga, que desconhece o 'day after, day by day'.
ResponderEliminarNinguém parece importar-se. As atenções sempre viradas para o conflito entre a Ucrânia e a Rússia, com a comunicação dita social a colaborar.
Abraço
Um é na Europa e outro não, António.
EliminarAbraço
Sim, mas antes disso ? A História não começou em 7/10/2023...
EliminarUm conflito sem fim, São 😞
EliminarChoca-me ver tanta miséria.
ResponderEliminarGente que morre todos os dias, sem que chegue ajuda humanitária.
Um horror!
Beijos
Grotesco, o que ali vemos é grotesco, Manu 😞
EliminarBeijos
Pobres pessoas que nada têm nesta guerra como em muitas outras e custa-me falar disto!
ResponderEliminarBeijos e um bom dia
Não há comida, não há medicamentos, não há nada.
EliminarSó pó e balas.
Beijos
A propaganda sionista dizia "uma terra sem povo para um povo sem terra" e a Declaração Balfour originou a imensa tragédia de quem vivia há séculos na região : árabes, judeus , cristãos. Com limpeza étnica , carnificinas , todo o género de pilhagens e grupos tão terroristas como o Hamas : Stern, Irgun, Haganah ( responsáveis pelo atentado no hotel Rei David e pelo massacre de Deir Yassin , por exemplo).
ResponderEliminar" Não existem palestinianos " e só esta afirmação diz tudo.
IsraHell deixou de ser uma democracia ( se é que alguma vez o foi, porque não é só fazer eleições que torna o país democrático ) e perdeu todo o apoio , respeito e consideração das pessoas decentes e com sentido de humanidade e respeito pelo Outro.
Neste momento tenho vergonha de ser europeia e de ter Rangel como ministro , um idiota sem vergonha nem coragem dizendo que é muito injusto acusar Israel de genocídio e não é possível reconhecer a Palestina porque não tem as fronteiras definidas.
Fico por aqui, porque já vou longa.
Israel já perdeu a opinião pública, São.
EliminarInterna e externa.
Mas Bibi está-se nas tintas para isso.
A vingança que jurou não conhece limites.
Assim como não escolhemos a família, também não podemos escolher o país ou o local.
ResponderEliminarSe há alguma coisa que podemos escolher e nos fica próximo, são os amigos.
Mesmo assim, às vezes também erramos.
Beijinhos
Estes desgraçados nem tiveram possibilidade de errar, Janita.
EliminarBeijinhos
Não sei se há destino como cantam e contam os fados. Mas de certeza que há gente com pouca e muita sorte. Há os azarados e os sortudos. No caso, o lugar de nascimento faz o destino e a má sorte. Pobres deles e outros como eles; e de nós que permitimos esta mortandade.
ResponderEliminarQue texto poderoso e necessário… Há dores que nos atravessam mesmo de longe, e esta é uma delas. Pensar que o lugar onde nascemos pode definir uma vida inteira de sofrimento, sem escolha, é profundamente comovente.
ResponderEliminarCom carinho,
Daniela Silva
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Nasci em Coimbra, com muita sorte vim parar a Macau.
EliminarE por aqui continuo trinta anos depois.
Uns mártires em vida, bea.
ResponderEliminarSobreviver e não viver.
Uma triste e bem antiga situação.
ResponderEliminarDói a alma ver tanta destruição, dor e morte.
É mesmo uma triste sorte nascer ali.
Beijinhos