Quando o telefone toca

Putin e Trump falaram ao telefone.

Uma conversa longa (mais de duas horas).

Uma conversa muito interessante mas cujo conteúdo foi mantido secreto.

Ou quase.

Não houve relatórios oficiais, não houve memorandos.

Mas há a sempre inevitável Truth Social. 

E foi nesta que Trump deixou algumas pistas para percebermos o que aconteceu e o que se segue.

Trump escreveu na sua rede social privativa, no seu diário online, que tinha falado longamente com Putin e conversado com Zelensky.

E que agora as duas partes, conhecedoras da realidade no terreno, iam continuar a conversar.

Talvez com um mediador.

E que o Vaticano se tinha oferecido para desempenhar essa função.

Ou seja, o homem que ia acabar a guerra em vinte e quatro horas, reconhece ao fim de três meses de presidência que nem sequer conhece a realidade no terreno; e que não só não mediou processo de paz nenhum como obstaculizou a possibilidade de a Europa o fazer; mais, reconhece-se incapaz de mediar um conflito que andou a dizer que não teria solução sem a sua intervenção.

É assim, desaustinado, que vive o seu dia-a-dia o imbecil americano.

No Kremlin, sentado no seu trono, o czar russo esboçou um sorriso trocista.