Paz no Médio Oriente
Uma celebração em tudo precipitada.
Porque se trata de celebrar o que está ainda muito longe de acontecer.
O que se conseguiu agora foi calar as armas, parar a guerra.
Conditio sine qua non para um dia se poder aspirar a existir paz entre os dois beligerantes.
Ouvia o Major General Arnaut Moreira explicar muito claramente o momento e o que possibilitou a sua existência.
O grande objectivo de Israel foi largamente conseguido.
O Hamas foi extraordinariamente debilitado nas suas estruturas e nos seus apoios externos e percebeu isso.
Não só a estrutura do movimento terrorista foi atingida brutalmente por Israel, como, e em simultâneo, o Irão, que era o grande aliado do Hamas, viu os seus proxis e essenciais aliados (Síria e Líbano) cair.
Conscientes dessa realidade, enfrentando opiniões públicas cansadas do morticínio, israelitas e palestinianos deram um primeiro e tímido passo no sentido da aproximação.
As armas calaram-se e alguns reféns irão ser libertados dos dois lados.
Mas não mais do que isto.
A profunda desconfiança mútua, com os dois lados do conflito a olharem para o inimigo que os quer destruir, continua (alguma vez desaparecerá?).
E os ódios também.
O tempo da guerra poderá ter terminado (até mesmo esta é só uma probabilidade).
O tempo da diplomacia, longo, moroso, ainda agora começou.
E é só esta realidade que se pode por enquanto celebrar.
O precário acordo de trégua em Gaza foi saudado por Joe Biden no seu discurso de despedida, mas nem ele nem Kamala Harris disseram que provavelmente foi a questão palestina que fez Donald Trump vencer.
ResponderEliminarOs muçulmanos americanos votaram no partido republicano ou no partido dos Verdes — que obteve 18%. E não perdoaram ao partido democrata por apoiar o governo israelita.
Se foram devem estar bem arrependidos, Teresa.
EliminarPorque o crápula Trump foi fundamental neste cessar fogo.
O no que muito provavelmente está para vir.
O silêncio das armas vai durar por alguns anos.
ResponderEliminarGostava de ter esse optimismo, Catarina.
EliminarO equilíbrio é tão frágil que pode desaparecer a qualquer momento.
Concordo com a sua análise.
ResponderEliminarEstamos somente num período de tréguas e nem se sabe qual a sua duração.
Não sabemos o que foi dado em troca aos judeus para a troca de reféns de ambos os lados e creio que , logo que todos os reféns estejam em Israel, o genocídio em Gaza recomeçará . Porque na Cisjordânia , os colonatos e os crimes nunca pararam, antes pelo contrário.
Trump dará carta branca aos sionistas para fazerem o que bem entenderem. Começou logo por nomear um embaixador que não reconhece a Cisjordânia.
Nos discursos de ontem, a megalomania, a agressividade e o isolacionismo do idiota oxigenado transbordaram.
Não, o futuro não será fácil.
O que terá Israel recebido em troca?
EliminarCarta branca para atacar o Irão?
Provavelmente.
EliminarHoje foi anunciado o fim das sanções aos colonatos, por exemplo.
Pobres palestinianos...
O povo, São, o povo.
EliminarPorque os terroristas do Hamas estão a mais neste Mundo.
Repare que o atentado que deu origem a este morticínio matou mais gente que o 11 de Setembro.
Gente que cometeu dois pecados - nascer judeu e estar a divertir-se num concerto.
O ataque do Hamas foi brutal e condenável , fora de questão e que fique bem claro.
EliminarNo entanto, não mais do que os ataques dos grupos judeus Irgun, do Hagannah e do Stern. Lembremo-nos do atentado do hotel Rei David e do massacre de Deir Yassin, só para exemplificar.
A tragédia de tudo isto, é que a História não começou com os crimes do Hamas em 7/10/2023. "Palestina, uma Biografia" , de Rashid Khalidi, é um daqueles livros que deveria ser de leitura obrigatória, porque está muitissimo bem documentado.
Infelizmente , a História repete-se e parece que nada se aprende.
Pobre gente sacrificada tanto de um lado como de outro a fanáticos.
Aconteça o que acontecer, ( mesmo que as armas se calassem definitivamente ) as vidas perdidas e a destruição que a imagem mostra, já não têm forma de retroceder no tempo e no espaço...E mais tragédias se anteveem de futuro, com a tragicomédia que vimos acontecer ontem...
ResponderEliminarBeijinhos
Os ódios mútuos são profundos, Janita.
EliminarE não desaparecem com tratados.
Beijinhos
Desde há muito tempo que aquela zona do globo nascem,crescem e morrem debaixo da poeira.
ResponderEliminarSubscrevo o que dizes!
Abraço e um bom dia
Israel vive rodeado por uma série de Estados que anseiam o seu fim.
EliminarNão imagino o que possa ser viver assim.
Abraço
É mais um recuar para reorganizar...
ResponderEliminarNinguém acredita -- ver para crer.
Beijinhos
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Dos dois lados, Majo.
EliminarBeijinhos
Espero que a paz seja para durar. Que nenhuma das partes se lembre de continuar a mandar bombas.
ResponderEliminarBjs
Não acredito que seja.
EliminarEsta é só uma primeira fase.
E ainda muito periclitante.
Bjs
Que foi aquilo? discurso desrespeitoso , infame ,zero empatia , abuso de poder ,parecia o dono do mundo ,o mais rico ,o único capaz de acabar uma guerra, e tudo em nome de Deus rs E a plateia aplaudiu ! Foi bizarro ! Aguardemos o que virá .
ResponderEliminarabraços,Pedro
Conte as vezes que ele disse eu.
EliminarTRINTA E QUATRO!!!
Abraços
Praying and hoping that this peace lasts forever dear Pedro.
ResponderEliminarWar is no solution but inventor of endless problems sadly 😔
Como sempre uma excelente análise.
ResponderEliminarPelo menos por agora as armas calaram-se, mas infelizmente, a paz parece-me ainda muito ténue de alcançar.
Beijinhos